Page 56 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde

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aplicação de entrevistas semiestruturadas e submetidos a análise de conteúdo de Bardin, na
modalidade análise temática. Os resultados demonstram que estas práticas assumem
características definidas pela natureza dos partícipes, sendo predominantemente voltadas à
assistência médica. Estão sujeitas às demandas emergentes do cotidiano dos serviços e
condicionam-se mais pelo alinhamento de interesses e necessidades da academia do que
pelas necessidades dos serviços ou pela perspectiva de cooperação para o alcance de
objetivos comuns. São condicionadas pelas contrapartidas ofertadas/demandadas pelos
entes envolvidos e influenciadas por paradoxos comuns às redes gestoras de política.
Fracamente institucionalizada, possuem caráter pontual, baseiam-se em relações pessoais,
estão distantes das agendas prioritárias dos gestores e por vezes ocorrem sem previsão
contratual. As conclusões indicam que a IES no território pesquisado não apresenta
processos de gestão que suportem a complexidade dessas relações interorganizacionais.
Disso resultam práticas inadequadas que inviabilizam o aprimoramento dos sistemas
avaliativos, comprometem a formação consentânea e sobrecarregam em demasia o sistema
de saúde. Os novos requisitos da formação médica, para além dos aspectos regulatórios,
exigem uma formação que transcenda o aparato escolar e repouse sobre todo sistema de
saúde, reclamando novos e complexos arranjos de governança entre escolas e serviços, para
os quais o entendimento das redes gestoras de política é indispensável.

CENÁRIO DA PANDEMIA DO COVID-19: POSSIBILIDADES CONCRETAS DA
INTERAÇÃO ENSINO E SERVIÇO

Autores: UDELYSSES JANETE VELTRINI FONZAR | SOLANGE MUNHOZ ARROYO
LOPES , ANA MARIA SILVEIRA MACHADO DE MORAES, EDUARDO ALCÂNTARA
RIBEIRO, ROBSMEIRE CALVO MELO ZURITA, EDUARDO HENRIQUE WENTZ RIBEIRO.
Instituição: UniCesumar

Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde; Inserção; Vigilância em Saúde
O relato é a experiência de docência em assessorar a Secretaria de Saúde de Maringá ao
Comitê de Operações Emergências COE nas decisões ao enfrentamento do COVID-19.Em
março de 2020 a Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde /Coordenação do
Curso de Medicina da UniCesumar, por solicitação do gestor da Secretaria de Saúde,
disponibilizou uma docente da Medicina, com experiência em saúde coletiva/vigilância
epidemiológica, para assessorar a Gestão da Secretaria de Saúde representada pelo COE,
Gerência de Epidemiologia e CIEVS nas ações estratégicas da COVID-19. A inserção da
assessoria no serviço culminou na estruturação do CIEVS, teve como produtos a elaboração
de 25 Boletins Epidemiológicos da COVID-19 entre abril de 2020 a maio de 2021, que
subsidiaram o município na tomada de decisão às medidas restritivas ou de flexibilização. Foi
oportunizado o estágio de alunos voluntários do internato no CIEVS, totalizando 65 alunos
em escalas de plantões de 24 horas nos três turnos e finais de semana, resultando em 4.418
horas/atividades e 9.118 ligações telefônicas para os pacientes. Além de realizar o
encerramento da dengue por critério clínico epidemiológico de 13.745 fichas epidemiológicas
e inclusão no SINAN e a realização de cheklist nas 34 Unidades Básicas de Saúde para
checar as normatizações sanitárias do momento vigente. A IES conquistou o campo de
estágio na Vigilância Epidemiológica e no CIEVS para os internos do 5º ano na grade
curricular da disciplina de Medicina de Saúde da Família e Comunidade I, realizada entre
maio de 2020 a abril de 2021 e para o 6º ano na Saúde Coletiva com início em abril de 2021.O
Parecer nº 274/2020-Saúde, referente a Descentralização dos casos de COVID-19 de 08 de
setembro de 2020, endossou ao CIEVS a descentralização do monitoramento às UBSs, aos
pacientes estratificados como casos leves e seus contatos, e os egressos de hospitalizações.
Foi realizado treinamento para as equipes da Estratégia da Saúde da Família e outros
profissionais da 34 UBS, participando alunos e médico residente da Medicina de Família e
Comunidade da IES, para o nivelamento conceitual dos protocolos clínicos e sanitários. Com
o êxito da inserção do ensino no serviço com vivências pedagógicas, a IES conquistou o
espaço fixo de estágio na Vigilância Epidemiológica para o 6º ano. Com isto visualizou-se a