Page 69 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
P. 69

69




                     SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO LGBTQIA+: CONHECER PARA ACOLHER

                     Autores: CAROLINE BERTAN LOMBARDI | MARINA GORGATO DE CARVALHO, BEATRIZ
                     ZAMPAR,  RUBYA  GUIMARÃES  DE  OLIVEIRA,  ALICE  RUHOFF  BALDISSARELLI.
                     Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina

                     Palavras-chave: Minorias Sexuais e de Gênero; Educação Continuada; Atenção Primária à
                     Saúde
                     Anualmente os dados do relatório do Grupo Gay da Bahia e da ANTRA (Associação Nacional
                     de  Travestis  e  Transexuais)  sobre  vítimas  LGBTQIA+  de  homicídio  demonstram  a
                     vulnerabilidade social dessa população. As normas sociais cisheteronormativas e machistas
                     colocam essas pessoas como fora do padrão e invisibilizam amplamente suas existências
                     nos  espaços,  inclusive  no  acesso  à  saúde  integral  ao  terem  suas  especificidades
                     negligenciadas  e  demandas  preconcebidas.  Diante  desta  realidade  e  com  objetivo  de
                     conscientizar e capacitar profissionais e estudantes da saúde acerca da saúde LGBTQIA+,
                     foi  realizado  um  curso  online,  com  4  encontros,  totalizando  40  horas,  para  discussão  de
                     conceitos básicos, sexualidade, direitos e legislação, hormonioterapia, cirurgias e práticas de
                     afirmação de gênero. As palestras foram de responsabilidade de residentes, preceptores e
                     graduandos envolvidos, embasadas em artigos, protocolos e cartilhas, motivando os debates
                     subsequentes,  juntamente  com  relatos  de  vivências  de  participantes  e  de  pessoas  trans
                     convidadas,  possibilitando  a  reflexão  acerca  da  negligência  sobre  a  saúde  da  população
                     LGBTQIA+,  principalmente  de  travestis,  transexuais  e  transgêneros,  que  torna  a  sua
                     existência  um  determinante  social  para  o  processo  saúde-doença.  Uma  vez  que  ao
                     encontrarem  constantes  barreiras  de  acesso  à  saúde  por  divergirem  dos  roteiros
                     apresentados durante a formação dos profissionais da saúde, seguem tendo seus direitos
                     humanos  não  garantidos,  apesar  de  previstos  na  Constituição  Federal  Brasileira.  Isso
                     acontece, por exemplo, quando não têm seu nome social respeitado ao chegarem à Unidade
                     Básica de Saúde. A informação, escuta e integração das vivências, educação, criação de
                     protocolos adequados e práticas sociais sobre o tema permitem que essas existências se
                     tornem  visíveis  e  respeitadas  por  todos,  retirando  assim  o  preconceito  do  ambiente  que
                     deveria ser a porta de acesso ao Sistema Único de Saúde. Logo, a preparação, capacitação
                     e adequação dos serviços, servidores e protocolos representam a quebra dessa violência, o
                     respeito à autonomia e a ampliação do acesso à saúde das pessoas LGTQIA+. Dessa forma,
                     em âmbito nacional, são necessários espaços de educação continuada de profissionais, a
                     inclusão  desses  temas  na  graduação  e  em  cursos  profissionalizantes,  a  criação  de  leis
                     regulamentadoras  do  acesso  à  saúde  dessa  população  e  de  protocolos  orientadores  do
                     atendimento adequado da mesma.


                     COVID-19 E BURNOUT: QUAL O IMPACTO EM ESTUDANTES DE MEDICINA?

                     Autores: ELAINE ROSSI RIBEIRO | ANIELI FAGIANI PRODRÓSSIMO, RAFAELA CESCHIN
                     FERNANDES. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe

                     Palavras-chave: Burnout, covid-19, Estudantes, Medicina
                     Introdução: A pandemia causada pelo coronavírus (COVID-19) trouxe consigo um grande
                     impacto psicossocial aos estudantes de medicina. Essa população já apresenta altas taxas
                     de ansiedade, depressão e esgotamento pelo grande volume de informações, falta de tempo
                     para atividades sociais e exigência de alto rendimento. Com a situação atual, estressores
                     adicionais corroboram para o desenvolvimento do Burnout. Objetivos: Analisar o impacto da
                     pandemia  do  COVID-19  sobre  estudantes  de  medicina  e  o  desenvolvimento  do  Burnout.
                     Método: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de 2019 a 2021, nas bases
                     de  dados  PUBMED  e  BVS,  com  os  descritores  “burnout”,  “COVID-19”,  “medicine”  e
                     “students”.  Resultado/Discussão:  Na  amostra final,  foram  incluídos  10  artigos  e,  destes,
                     elencaram-se temas prioritários para fins de apresentação. O Burnout é uma síndrome de
                     estresse  crônico  formada  por  três  dimensões:  exaustão  emocional,  despersonalização  e
   64   65   66   67   68   69   70   71   72   73   74