Page 71 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     medicina. Objetivos: Reconhecer os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde mental de
                     docentes de medicina, em um panorama global. Métodos: Revisão integrativa de literaturas
                     indexadas nas bases de dados BVS e PubMed, utilizando-se os descritores mental health,
                     COVID-19  e  faculty,  medical.  Dos  479  artigos  encontrados,  7  atenderam  aos  critérios  de
                     inclusão  e  foram  analisados.  DISCUSSÃO:  Aos  docentes  médicos,  durante  a  pandemia,
                     foram apresentados desafios na educação médica e na atuação hospitalar. Essa abrange
                     diversos fatores: alterações nos métodos de estudo, maior exposição a telas, medo constante
                     de contaminação pessoal e de entes queridos e o próprio distanciamento social. O aumento
                     da frequência do uso de telas resulta em elevações nos níveis de estresse, podendo causar
                     distúrbios, que vão desde problemas no sono a sintomas depressivos, alterando a qualidade
                     de vida dos docentes de medicina. Com relação ao medo constante de contaminação, sua
                     interferência  está  presente  no  âmbito  educacional,  no  atendimento  ao  paciente,  no
                     profissionalismo e no autocuidado do profissional. Ademais, o próprio distanciamento social
                     aumentou sentimentos como tédio, ansiedade de separação e a frequência de pensamentos
                     suicidas, além de ter distanciado fisicamente alunos e professores, enfraquecendo o vínculo
                     criado dentro das faculdades. Devido ao estresse, emergem sentimentos que podem culminar
                     na síndrome de Burnout ocupacional, que é causada pela exaustão extrema relacionada ao
                     ambiente de trabalho, sendo agravada pois, além das mudanças no modelo educacional, que
                     se tornou majoritariamente online, os educadores médicos também passaram por mudanças
                     dentro de suas próprias equipes de trabalho, muitas vezes não tendo tempo para estabelecer
                     conexões, gerando uma perda de autonomia e de controle geral. Não obstante, os docentes
                     médicos têm dificuldade de pedir ajuda quando se encontram em situações estressoras, o
                     que  permite  que  a  pandemia  potencialize  esse  estado  e  afete  sua  vida  como  um  todo.
                     Conclusão: Identificarem-se queixas acerca do distanciamento social e da dificuldade  de
                     adaptação ao ensino remoto, como sentimentos de tédio, incapacidade e falta de vínculo, o
                     que afetou negativamente a saúde mental dos docentes médicos os quais, não obstante,
                     evitam buscar ajuda para melhoraria emocional.


                     A  ADAPTAÇÃO  DA  EQUIPE  MULTIPROFISSIONAL  DE  UM  CENTRO  DE  TERAPIA
                     INTENSIVA  NA  PANDEMIA  COVID-19,  EM  UM  HOSPITAL  DE  CURITIBA  –  PR,  UM
                     RELATO DE EXPERIÊNCIA.

                     Autores: ROSANE KRAUS | VIVIAN MARIA BUSATTO, CINTIA MARA RIBEIRO, VIVIANE
                     GISELE  DE  SOUZA.  Instituição:  Hospital  Municipal  do  Idoso  Zilda  Arns-  Secretaria
                     Municipal de Saúde  de Curitiba.

                     Palavras-chave: COVID-19; Equipe multiprofissional; Pandemia
                     O primeiro caso confirmado no Brasil da COVID-19 foi divulgado pelo Ministério da Saúde em
                     fevereiro/2020, e em Curitiba, em março. A Secretaria Municipal da Saúde definiu instituições
                     de  referência  para  atendimento  exclusivo  da  COVID-19,  dentre  eles  o  Centro  de  Terapia
                     Intensiva (CTI) do Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA). Justificativa: O índice de
                     casos de COVID-19 aumentou rapidamente. No início o HMIZA contava com 10 leitos de UTI,
                     com a evolução da doença a instituição precisou reformular o dimensionamento no cuidado,
                     assim disponibilizando 73 leitos de UTI, 06 de estabilização e 38 de enfermaria. Objetivos:
                     Descrever a experiência de 04 enfermeiras do CTI do HMIZA, referente à adaptação do setor
                     a pandemia. Descrição da experiência: Fez-se necessário aprender e replicar protocolos
                     padronizados, entendendo a patologia, transmissão, métodos de proteção e assistência ao
                     paciente crítico. Existiram inúmeros desafios, devido as constantes mudanças nos protocolos.
                     Com o objetivo de proteção dos profissionais, adotaram-se protocolos que demandavam a
                     utilização  de  equipamentos  de  proteção  individual  (EPIs),  o  que  causou  um  aumento  no
                     consumo de insumos hospitalares. Frente a isso, educar os profissionais para o uso racional
                     de EPIs foi imprescindível. Outro fato de impacto foi o primeiro caso confirmado de COVID-
                     19  entre  os  profissionais  de  enfermagem  do  setor.  Em  seguida,  membros  da  equipe
                     multiprofissional  testaram  positivo  para  COVID-19.  Tal  fato  resultou  em  uma  série  de
                     dificuldades em manter o dimensionamento de equipe nas escalas de trabalho, assim como
                     o  abalo  emocional  pelo  colega  de  trabalho  que  foi  afastado.  Foram  intensificados  os
                     treinamentos internos, e diariamente replicados para que assim a segurança e confiança de
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