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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NASCIDOS VIVOS E DE MORTALIDADE MATERNA E FETAL
ENTRE ADOLESCENTES DE 10 A 19 ANOS EM REGIÕES BRASILEIRAS (2015–2019)
Autores: MAIARA BORDIGNON | Natália Caroline Gottschalk, Ana Maria Cisotto Weihermann, Lucimare Ferraz.
Instituição: Universidade Federal do Paraná (UFPR)
PALAVRAS-CHAVE: Adolescência; Gravidez; Parto; Puerpério; Morbidade; Mortalidade.
Introdução: a saúde da população adolescente está entre as preocupações no âmbito da saúde pública e políticas de saúde e,
neste contexto, inclui-se a temática da gravidez no ciclo de vida da adolescência. Objetivo: apresentar o perfil epidemiológico
de nascidos vivos e de mortalidade materna e fetal entre adolescentes de 10 a 19 anos de idade no Brasil, no período de 2015
a 2019. Método: estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir de dados secundários, de domínio público
e disponíveis mediante acesso ao TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Os dados
de nascidos vivos são oriundos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos-SINASC e os de mortalidade do Sistema de
Informações sobre Mortalidade-SIM. Resultados / discussão: 2.405.248 registros de nascidos vivos entre adolescentes de 10
a 19 anos foram analisados e representam 16,5% do total de nascimentos. Em 4,7% dos casos as adolescentes possuíam de
10 a 14 anos. Houve predominância de nascimentos entre adolescentes solteiras. 57% das adolescentes haviam realizado 7 ou
mais consultas de pré-natal. Em 12,5% dos casos o tempo de gestação foi de até 36 semanas. Houve diminuição no número de
nascimentos em todas as regiões brasileiras, no entanto, a variação percentual indicou aumento no Estado de Roraima (+15,6).
Houveram 25.008 óbitos fetais (16,3%) e 1.075 óbitos maternos (12,9%). Sobre os óbitos fetais, nos estados do Amapá (+3,0),
Roraima (+26,7) e Tocantins (+13,3) identificou-se aumento. As principais causas de mortalidade fetal: feto e recém-nascido
afetados por fatores maternos (39,7%), restante das afecções perinatais (25,9%) e hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer
(24,2%). Quanto aos óbitos maternos, nas regiões Centro-oeste (+20,0) e Norte (+2,6) houve aumento no número de óbitos
e, com relação aos estados, o aumento foi identificado no Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas Gerais, Goiás e
Distrito Federal. Nos óbitos maternos houve predominância das causas: outras afecções obstétricas não classificadas em outra
parte (27,6%), edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério (22,7%), e complicações
relacionadas predominantemente com o puerpério (16,8%). Conclusão: evidencia-se a importância da continuidade de ações
voltadas à promoção da saúde, abrangendo a população na faixa etária de 10 a 19 anos, que compreende a adolescência
conforme definição da Organização Mundial da Saúde.
CARACTERIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ATENDIDAS NO CENTRO DE
ESPECIALIDADES EM REABILITAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU-PR
Autores: GABRIELA DOMINICCI DE MELO CASACIO | Fátima Moustafa Issa, Douglas Fernando Dias, Rosane
Meire Munhak da Silva, Adriana Zilly. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; Acesso; Centro Especializado em Reabilitação.
Introdução: O município de Foz do Iguaçu, inserido na tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina, apresenta uma população
de 256.081 habitantes e uma estimativa de 60.691 Pessoas com Deficiência (PCD). Em 2018, Foz do Iguaçu foi contemplada com
um Centro de Especialidades em Reabilitação – CER IV, o qual atende quatro modalidades de reabilitação: auditiva, motora ou
física, intelectual e visual. A instituição do CER IV no município teve por base a portaria ministerial nº 793/2012, que se refere
à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) no âmbito do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Caracterizar as PCDs
usuárias dos serviços do CER IV desde sua implantação. Método: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados
foram coletados em 2021, a partir do prontuário eletrônico, envolvendo as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, cor de pele/
raça e modalidade de reabilitação. A estatística descritiva foi realizada por meio da distribuição de frequências absoluta e
relativa. Resultados e Discussão: De 2018 a 2021 foram prestados atendimentos a 125.857 usuários. Foram atendidos 51.232
(59,3%) pacientes do sexo masculino, 59.884 (47,6%) com até 18 anos de idade, 37.391 (29,7%) autodeclarados brancos, contudo,
para 75.743 (60,2%), essa informação não foi coletada. Sobre a modalidade de reabilitação, 12.831 (10,2%) pacientes receberam
atendimento devido a deficiência auditiva, 18.983 (15,1%) fizeram reabilitação física, 4.693 (3,7%) e 1.720 (1,4%) precisaram
de reabilitação intelectual e visual, respectivamente. Outros 87.630 (69,6%) pacientes necessitaram de mais de um tipo de
reabilitação. Conclusão: Conhecer o perfil dos pacientes atendidos pode contribuir para incrementar melhorias nos serviços
da rede de cuidados à saúde, sobretudo em regiões de fronteira, onde há insuficiência de recursos para o atendimento a este
segmento populacional.
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