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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 60
Dificuldades para a implantação do trabalho interdisciplinar
na atenção básica
AUTOR PRINCIPAL: Luana Bernardi | AUTORES: Altair Justus Neto, Patrícia Chiconatto, Vania Schmitt, Daiana Novello |
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Centro Oeste | Guarapuava-PR | E-mail: luana_bernardi@yahoo.com.br
A atenção primária está inserida nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no primeiro nível do sistema municipal de saúde. O atendimento em
nível primário respeita os limites de conhecimento e atuação de cada profissional, porém deve ocorrer de forma interdisciplinar (SANTOS;
CUTOLO, 2003). Entretanto, em muitos serviços de saúde, é possível observar que os profissionais ainda permanecem com práticas individuais
(MEIRELLES, 2003), o que ocasiona uma baixa qualidade no atendimento. O objetivo foi avaliar os desafios para implantação do trabalho
interdisciplinar em equipes de saúde dos municípios de Irati, PR e Guarapuava, PR. As ações foram desenvolvidas com os trabalhadores
das UBS (n=196), ocorrendo em 2 etapas. Etapa 1 - diagnóstico da interdisciplinaridade entre os profissionais da saúde, fazendo o uso de
materiais como questionários adaptados (COSTA, 2007; MIRA, 2010). Etapa 2 - promoção da interdisciplinaridade dentro das equipes de
saúde, por meio do uso de materiais coletados na etapa 1, ilustração de estudo de caso interdisciplinar (MADEIRA, 2009), gravador e folder
ilustrativo sobre a temática. Os 2 primeiros materiais foram utilizados para promover um debate a cerca do trabalho interdisciplinar dentro
de cada UBS. O grupo de pesquisa foi formado por 3 Nutricionistas e 1 Enfermeiro. As dificuldades foram divididas em 4 categorias: (1)
relacionadas à equipe; (2) relacionadas à estrutura; (3) relacionadas ao trabalho e; (3) externas à UBS. Algumas dificuldades foram: “falta de
diálogo”; “A supervalorização de alguns cargos”; “Falta de estrutura física e equipamentos para se realizar as ações planejadas”; “ Demanda
excessiva de atendimento curativo, às vezes dificulta o tempo para ações conjuntas”; “Falta de integração entre os vários profissionais e
secretaria de saúde”, dentre outras. Embora as equipes de saúde observem muitos empecilhos para o trabalho interdisciplinar, durante os
encontros, os profissionais deixaram claro que têm consciência dos problemas, mas que todos sabem da importância em se trabalhar de forma
conjunta. Em geral, foram observadas dificuldades muito semelhantes nas UBS avaliadas. Entretanto, mesmo existindo diversos obstáculos
para seu desenvolvimento, a prática interdisciplinar se faz presente dentro das equipes, mesmo que em pequena escala. Além disso, as ações
foram efetivas, pois proporcionaram debates entre os profissionais sobre os enfrentamentos diários, colaborando para a ampliação de um
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
ambiente de diálogo. Palavras-chave: Atenção Básica, Interdisciplinaridade, Equipe de Saúde da Família.
Referências bibliográficas: COSTA, R.P. Interdisciplinaridade e equipes de saúde: concepções. Revista Mental, v.5, n.8, p.107-124, 2007.
MEIRELLES, B.H.S. Viver saudável em tempos de AIDS: a complexidade e a interdisciplinaridade no contexto de prevenção da infecção pelo
HIV. Texto Contexto Enfermagem, v.14, n.1, p.131-132, 2005. MIRA, V.L. Avaliação de programas de treinamento e desenvolvimento da
equipe de enfermagem de dois hospitais do município de São Paulo. 2010. 226 p. Tese Livre-docência, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2010. MADEIRA, K.H. Práticas do trabalho interdisciplinar na saúde da família: um estudo de caso. 2009. 148 p. Dissertação de Mestrado,
Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2009.
EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 68
Equipe de reabilitação e matriciamento do programa Estratégia
de Saúde da Família em Paranaguá: projeto piloto
AUTOR PRINCIPAL: Taina Ribas Melo | AUTORES: Thalita Staszko Fialho; Leonice Ilek Aurelio Rei; Jéssica Teixeira Gonçalves;
Rafaela Carvalho de Amorim | INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Paranaguá | Paranaguá-PR | E-mail: ribasmelo@gmail.com
Ao considerar o conceito ampliado de saúde que considera o indivíduo em sua relação com o plano coletivo família, domicílio, micro área, bairro,
município, região, país, continente etc., e que o Estratégia de Saúde da Família (ESF) realiza atividades nas Unidades Básicas (UBS) com atenção
voltada à prevenção e promoção de saúde, pensou-se em reorganizar a atenção primária do município de Paranaguá. OBJETIVO: com o objetivo de
inserção dos profissionais de reabilitação (nutricionista, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicóloga e fisioterapeuta) na UBS Serraria do Rocha
(projeto piloto). Metodologia: Assim a proposta foi organizada em etapas: familiarização da equipe, levantamento das demandas dos principais
grupos (hipertensos, diabéticos e gestantes), tabulação e conferência de dados (ao que denominamos matriciamento), capacitação da equipe e
grupo de palestras temáticas (Hipertensão-HAS, Diabetes-DIA, Gestantes e Puerpério) e visitas domiciliares. Todas as iniciativas forma pensadas
coletivamente pela equipe com base no que prevêm as ações do ESF em articulação com os saberes de cada profissional. A cada nova demanda
as necessidades foram repensadas e articuladas às ações do médico, enfermeiro e agente comunitário de saúde (ACS). Resultados: Como
resultados iniciais observou-se que para os grupos trabalhados e eleitos no momento como prioritários HAS e DIA, o número de casos conhecidos
sobre HAS ainda não perfazem a estimativa do SUS, o que demonstra que apesar do serviço ser ofertado na região, maneiras alternativas de busca
ativa precisam ser reformuladas. Por esse motivo a capacitação e o trabalho junto com os ACS foi um dos pontos principais. Por meio dos ACS
foram estabelecidas dinâmicas e relatórios indicativos para busca ativa, atualização cadastral. Conclusão: Com a equipe médica e da enfermagem
percebeu-se demanda da atuação da equipe em casos específicos que puderam ser melhor contempladas com a existência dos profissionais
no posto de saúde, auxiliando na busca ativa dos ACS, especialmente nos casos de HAS e DIA assim como foram levantadas novas demandas,
possibilitando melhor resolutividade dos casos. Esses são apenas dados iniciais que continuarão a ser trabalhados pela equipe. Palavras-chave:
Estratégia de saúde da família, reabilitação, matriciamento.
Referências bibliográficas: DEMARZO MMP, KOLCHRAIBER FC, OTAVIANO J, DE OLIVEIRA GC, VASCONCELOS E. Gestão da prática clínica dos
profissionais na Atenção Primária à Saúde. Módulo Político Gestor: 2011. Disponível em: < http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/
modulo_politico_gestor/Unidade_10.pdf>
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