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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 37


                        Rede Mãe Paranaense - percepção das gestantes antendidas
                        em ponto de atenção secundário ambulatorial


                        AUTOR PRINCIPAL: Verônica Francisqueti  |  AUTORES: Maria Antônia Ramos Costa  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Paraná-
                        Campus Paranavaí  |  Paranavaí-PR  |  E-mail: veronicafrancisqueti@hotmail.com

                          Introdução: A Rede Mãe Paranaense foi implantada pela secretaria de estado da saúde do Paraná, que tem como um dos objetivos avaliar
                          gestantes no início do pré- natal, estratificando-as em baixo risco, risco intermediário e alto risco, levando em consideração a presença ou não de
                          fatores de risco, os serviços de saúde utilizam a estratificação para ordenar o atendimento das gestantes e acompanhá-las em todos os pontos de
                          atenção que se fizer necessário, as estratificadas como de alto risco necessitam realizar cinco atendimentos multiprofissionais durante a gestação
                          e as de risco intermediário um atendimento multiprofissional que deve ser realizado por uma equipe composta de médicos obstetras, enfermeiros,
                          assistentes sociais e outros (PARANÁ, 2014). Objetivos: Analisar a percepção das gestantes sobre a qualidade do atendimento prestado pela
                          equipe multiprofissional no serviço de referência, identificar características sócio-demográficas e culturais das gestantes atendidas. Método:
                          Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, pesquisa- ação, a coleta de dados foi por meio da técnica do grupo focal (THIOLLENT, 2011).
                          Desenvolvida em um ponto de atenção secundário de um município da região Noroeste do Paraná, com gestantes de alto risco e risco intermediário
                          (n=50). Os dados foram coletados em 2015, apresentou os objetivos do estudo e as gestantes que aceitaram participar assinaram o TCLE. Foi
                          utilizado questionário de coleta de dados, com questões sócio-demográficos e abertas, gravadas em áudio e transcritas as falas, preservando o
                          sigilo e confidencialidade das mesmas e executadas ações educativas. Os dados quantitativos foram analisados por estatísticas descritivas e as
                          questões qualitativas submetidas à técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2011). A pesquisa foi aprovada parecer nº 1.243.866, de acordo com
                          a Resolução nº466/12. Resultado: Na percepção das gestantes, o atendimento multiprofissional, não está acontecendo, pois o único profissional
                          que atendeu 100% foi o médico obstetra, os demais atendimentos recebidos foram inferiores a 32%. Somente 14,89% das gestantes conheciam a
                          Rede Mãe Paranaense, 76,59% declararam ter recebido um bom atendimento no serviço pesquisado. Conclusão: O atendimento multiprofissional
                          não está sendo realizado com êxito. A maioria das gestantes relatou ter recebido um bom atendimento, mas devido ao fato de não conhecerem
                          as diretrizes da Rede Mãe Paranaense, podem não ter subsídios para avaliar concretamente o serviço. Palavras-chave: Rede mãe paranaense.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Qualidade do atendimento. Gestantes.
                          Referências bibliográficas: BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011. PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Linha
                          Guia –Rede Mãe Paranaense, 2014. THIOLLENT M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez; 2011.


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                        Depressão em idosos institucionalizados: uma revisão integrativa

                        AUTOR PRINCIPAL: Taise Signorini  |  AUTORES: Angelica Barili, Janaina Strapazzon, Clodoaldo Antônio de Sá, Fátima Ferretti  |
                        INSTITUIÇÃO: Unochapecó  |  Chapecó-SC  |  E-mail: taise@unipar.br
                          Introdução:  O  crescimento  da  população  idosa  é  um  fenômeno  caracterizado  na  literatura  (VERAS,  2009).  Sendo  reflexo  de  melhorias  em
                          diferentes aspectos porém, traz desafios para a saúde pública. O aumento na expectativa de vida, aliado a diminuição das condições das famílias
                          prestarem cuidado, tem gerado maior demanda por instituições de longa permanência (PINTO; SIMSON, 2012). A institucionalização traz consigo
                          diversas consequências que podem ser positivas, ou negativas, como o afastamento do convívio familiar e isolamento (PORCU et al., 2002).
                          Essas condições podem potencializar alguns transtornos psicológicos, entre eles, a depressão. Objetivo: Realizar um levantamento da produção
                          científica brasileira referente à depressão em idosos institucionalizados. Metodologia: Revisão integrativa, com coleta dos dados realizada em
                          outubro de 2015 na BVS, utilizando descritores e seus sinônimos. Os critérios de inclusão previam a seleção de artigos científicos; em português;
                          disponíveis online e completos, e para exclusão, título sem relação com o tema e duplicidade. Ao final foram incluídos 11 artigos para análise.
                          Resultados: Na maioria dos estudos o instrumento utilizado foi a Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Nove artigos evidenciaram que os fatores
                          sociodemográficos tiveram associação positiva com quadros depressivos. O sexo feminino foi mais associado à depressão em sete artigos, esse
                          dado se assemelha a outros estudos já realizados no Brasil (PORCU et al., 2002). Referente à variável idade, a faixa etária entre 70 a 80 anos foi a
                          mais predominante, podendo relacionar-se a uma piora do estado de saúde geral em concomitância ao avanço da idade, caracterizando um maior
                          risco de desenvolvimento de sintomas depressivos (XAVIER, et al., 2001). Quanto ao estado civil, a associação com a depressão é relevante em se
                          tratando de idosos solteiros ou viúvos. Estes índices relacionam-se a ideários de solidão, indicando propensão a quadros depressivos (PORCU et
                          al., 2002). A baixa escolaridade também aparece evidenciada (GAZALLE, et al., 2004). Conclusão: Estas produções demonstraram que os fatores
                          sexo feminino, idade entre 70 e 80 anos, baixa escolaridade e solteiros ou viúvos, relacionaram-se positivamente com a presença de depressão em
                          idosos institucionalizados. A atividade física mostrou-se como fator benéfico na melhora dos sintomas depressivos. Palavras-chave: Depressão.
                          idosos. instituição de longa permanência.
                          Referências bibliográficas: GAZALLE, F. K. et al. Sintomas depressivos e fatores associados em população idosa no Sul do Brasil. Rev. Saúde
                          Pública. v. 38, nº 3, p.365-371, 2004. PINTO, S. P. L. de C.; SIMSON, O. R. de M. V. Instituições de Longa Permanência para Idosos no Brasil.
                          Rev. Brasileira de Geriatria e Gerontologia. v. 15, nº 1, p.169-174, 2012. PORCU, M. et al. Estudo comparativo sobre a prevalência de sintomas
                          depressivos em idosos hospitalizados, institucionalizados e residentes na comunidade. Rev. Acta Scientiarum. v. 24, nº. 3, p.713-717, 2002.
                          VERAS, R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev. Saúde Pública. v. 43, nº 03, p. 548-554, 2009.
                          XAVIER, F. M. F. et al. Episódio depressivo maior, prevalência e impacto sobre a qualidade de vida, sono e cognição em octogenários. Rev. Brasileira
                          Psiquiatria. v. 23, nº 2, p.62-70, 2001.



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