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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 118


                 Matriciamento em saúde do trabalhador como processo de trabalho na
                 Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no
                 Paraná: a experiência do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador

                 AUTOR PRINCIPAL: Amanda de Paula Boni Navarro  |  AUTORES: Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque; Marcos Claudio Signorelli  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná; Centro Estadual de Saúde do Trabalhador  |  Curitiba-PR |  E-mail: amanda_boni@hotmail.com
                  Introdução: Este resumo apresenta dados parciais da pesquisa de Mestrado em Saúde Coletiva da UFPR. A RENAST, dentro da lógica da RAS (Rede
                  de Atenção à Saúde), pode ser considerada uma sub-rede temática responsável pela atenção integral à Saúde dos Trabalhadores (ST), por meio dos
                  Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) (SILVEIRA et. al., 2013). Para garantir a integralidade da atenção a ST, a Política Nacional
                  de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) recomenda a utilização do Matriciamento na assistência e nas estratégias e dispositivos de
                  organização e fluxos da rede (BRASIL, 2012). Objetivo: Compreender as ações de Matriciamento em ST no Âmbito da Secretaria Estadual de
                  Saúde do Paraná (SESA), sob a perspectiva de quem apoia, de quem é apoiado e do gestor, refletindo sobre os desafios e potencialidades desta
                  estratégia de trabalho para a efetivação da PNSTT e das Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador do Paraná (PEST). Método:
                  Estudo quali-quantitativo, de natureza exploratória, por meio de pesquisa de campo (aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas)
                  com profissionais atuantes no CEST e nos 8 CEREST Macro Regionais do Paraná. Resultados: A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em
                  Pesquisa da UFPR e da SESA e no momento encontra-se na fase de coleta de dados. Por meio da revisão integrativa da literatura realizada para
                  iluminar o objeto de estudo destaca-se o papel de apoio técnico e político pedagógico do Matriciamento como principal potencialidade para o
                  fortalecimento das ações de ST, desenvolvido pelos profissionais dos CEREST e dos NASF (Núcleos de Apoio a Saúde da Família). Os desafios que
                  se apresentam até o atual decurso da pesquisa dizem respeito, principalmente, aos profissionais de saúde da APS que reconhecem os efeitos do
                  trabalho no processo saúde-doença dos pacientes/trabalhadores atendidos, mas que pouco governam os fluxos de atendimento do SUS e que
                  sofrem com a demanda e cumprimento de metas. Conclusão: Espera-se ao longo do estudo, com a análise dos dados de campo, refletir sobre
                  processo de apoio matricial em ST, sinalizando êxitos e desafios da proposta, visando o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Palavras-
                  chave: Redes de Atenção a Saúde; Saúde do Trabalhador; Matriciamento.
                  Referências bibliográficas: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 1.823, de 23 de Agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde
                  do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da União, Brasília, DF, nº 165, p. 46, 24 de agosto de 2012. SILVEIRA, A. M. et. al. Compassos e
                  descompassos na trajetória do Serviço Especial de Saúde dos Trabalhadores vinculado ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
                  Gerais: 30 anos. Rev. bras. Saúde Ocup., São Paulo, nº 38, vol. 128, p. 216-229. 2013.


                EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde
                                                                                          TRABALHO 119
                 Trabalho, gênero e saúde: uma análise a partir da Política Nacional de
                 Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) e da Política Nacional
                 de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

                 AUTOR PRINCIPAL: Amanda de Paula Boni Navarro  |  AUTORES: Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque; Marcos Claudio Signorelli  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná; Centro Estadual de Saúde do Trabalhador  |  Curitiba-PR |  E-mail: amanda_boni@hotmail.com
                  Caracterização do problema: Os homens se acidentam mais que as mulheres no trabalho e pouco se discute sobre isso. Dados de acidentes
                  de trabalho registrados pelo Ministério da Previdência Social (2016) entre os anos de 1999 a 2013 revelam que 74% deles acometeram homens.
                  Buscou-se identificar na PNAISH e na PNSTT subsídios para a discussão das questões de gênero. Fundamentação Teórica: As recentes questões
                  de gênero em torno dos homens envolvem o conceito de masculinidade hegemônica e o conceito de patriarcado. Também, os homens são
                  as maiores vítimas e perpetradores de violências devido ao "ambiente cultural que consagra e reproduz a supremacia masculina [...] e a negar
                  riscos frente a qualquer falha na função de provedor" (MINAYO et.al., 2012, p. 2666). Dados de morbimortalidade do Ministério da Saúde (MS)
                  demonstram que as causas externas são a primeira causa de óbito em homens entre 20 a 59 anos (BRASIL, 2016). A Organização Internacional
                  do Trabalho (OIT) explica que há mais homens exercendo funções em ramos produtivos de risco (como a construção civil, por exemplo) e expostos
                  a substâncias que são cancerígenas ou causadoras de doenças circulatórias e respiratórias. Descrição da experiência: A saúde do homem
                  oficializa-se no Brasil a partir de 2009 com a PNAISH e a Saúde do Trabalhador é fortalecida a partir da PNSTT em 2012, a qual propõe as
                  diretrizes para atenção integral a saúde do trabalhador com foco nas ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador e na incorporação da categoria
                  trabalho como determinante do processo saúde-doença (BRASIL, 2012). Ao se analisar as duas políticas, percebe-se que o MS reconhece os
                  acidentes de trabalho na saúde dos homens como uma das principais causas de morbimortalidade dos mesmos, tangenciando, apenas,  a
                  centralidade do trabalho na saúde dos mesmos. Schraiber (2012) afirma que há uma certa invisibilidade das questões de gênero nas práticas
                  profissionais e inscreve esta reflexão na relação entre as políticas públicas e as práticas de saúde no interior dos serviços que nem sempre são
                  convergentes. Efeitos alcançados: Ampliação do olhar da VISAT para as questões de gênero na saúde do trabalhador. Recomendações: Há uma
                  interface entre a morbimortalidade dos homens e os acidentes de trabalho que demandam maiores estudos relacionados as questões de gênero,
                  principalmente no que tange as políticas públicas com vistas a direcionar ações de VISAT no SUS. Palavras-chave: Gênero. Trabalho. Saúde.
                  Referências bibliográficas: BRASIL. MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. AEAT Infologo. Base histórica de acidentes de trabalho. Disponível em:
                  http://www3.dataprev.gov.br/AEAT/greg/reg04/reg04.PHP. Acesso em 25/04/2016. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 1.823, de 23
                  de Agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da União, Brasília, DF, nº 165, p. 46, 24
                  de agosto de 2012. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde do Homem. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/
                  principal/secretarias/805-sas-raiz/daet-raiz/saude-do-homem/l1-saude-do-homem/12329-publicacoes-saude-homem. Acesso em 23 de Abril de
                  2016. MINAYO, M. C. S.; MENEGHEL, S. N.; CAVALCANTE, F. G. Suicídio de homens idosos no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 17, nº 10, p.
                  2665-2687, 2012. SCHRAIBER, L. B. Necessidades de saúde, políticas públicas e gênero: a perspectiva das práticas profissionais. Ciência & Saúde
                  Coletiva, vol. 17, nº 10, p. 2635-2644, 2012. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Segurança e saúde no trabalho para homens e
                  mulheres. Disponível em: http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/gender_april.pdf. Acesso em 26/04/2016.
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