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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 130

                        Projeto de Vida: Ressignificação Social


                        AUTOR PRINCIPAL: Priscila dos Santos Brasil  |  AUTORES: Não há  |  INSTITUIÇÃO: Hospital Colônia Adauto Botelho  |  Pinhais-PR  |
                        E-mail: pri.santosbrasil@gmail.com

                          Caracterização do problema: Relato de prática desenvolvida a partir de março de 2015, em um serviço de alta complexidade, voltado ao
                          atendimento de mulheres dependentes químicas, maiores de 18 anos, residentes no Paraná, com ênfase no trabalho desenvolvido pelo Setor de
                          Serviço Social. Fundamentação teórica: A Organização Mundial de Saúde trata o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente,
                          constituindo um fenômeno de saúde pública, que vêm ultrapassando todas as fronteiras sociais, emocionais, políticas e nacionais, Conforme
                          subsídios do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid, 2010), muitos são os fatores que podem motivar o uso de
                          drogas, em virtude do contexto social complexo, deve-se entender a dependência química como sendo uma doença biopsicossocial-espiritual.
                          Descrição da experiência: Nessa realidade o Serviço Social juntamente com a equipe interdisciplinar constrói o projeto terapêutico singular com
                          a participação da família e a pessoa em tratamento, realiza escuta qualificada das usuárias do serviço e dos seus familiares, utilizando todos os
                          recursos disponíveis para fortalecer o vínculo familiar, possibilitando contatos telefônicos semanais e articulando com os municípios transporte
                          para as famílias participarem das visitas e atendimentos, com o objetivo de implicar essa família no tratamento e focar a codependência. O
                          Serviço Social realiza grupos socioeducativos com as usuárias, com os temas: prevenção à recaída, dependência química, habilidades sociais,
                          violência doméstica e familiar, projeto de vida e benefícios sociais, focando a autonomia, estimulando a adesão ao tratamento e propiciando o
                          empoderamento dessa mulher como sujeito de direitos. No final do tratamento identifica o CAPS, informa a alta, relata a evolução, promovendo
                          a adesão ao tratamento e articulando a construção da rede de proteção social, bem como mapeando o perfil das usuárias do serviço. Efeitos
                          alcançados: Atendimento humanizado e construção de um trabalho interdisciplinar, no qual atende todas as demandas das usuárias, bem como
                          fortalecimento de seus vínculos familiares e construção de um projeto de vida, qual ressignifica o objetivo dessas mulheres, facilitando a adesão
                          ao tratamento. Recomendações: A prática desenvolvida representa um ensaio que pode favorecer ações em saúde direcionadas a mulheres
                          em situação de dependência química, considerando suas particularidades à luz da interdisciplinaridade e intersetorialidade. Palavras-chave:
                          Dependência química. Projeto de vida. Serviço social.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Referências bibliográficas: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, & Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. (Orgs.).
                          (2010). VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública
                          e Privada de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras. São Paulo, SP: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. BRASIL, P. S.. Serviço Social: um olhar
                          humanizado no atendimento de mulheres com dependência química. In: Congresso de Humanização 2014, 2014, Curitiba. Anais do Congresso
                          de Humanização, 2014. Paulino, Denise; BRAGAGNOLO, E. M.; Pinto. Lauren Machado; BRASIL, P. S.. Projeto Terapêutico Singular: Ferramenta para
                          efetivação da humanização no tratamento de mulheres dependentes químicas. In: Congresso de Humanização 2014, 2014, Curitiba. Anais do
                          Congresso de Humanização, 2014.



                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 132

                        Percepção de enfermeiros sobre apoio matricial

                        AUTOR PRINCIPAL: Ana Lucia de Grandi  |  AUTORES: Dyena Santos, Elisangela Pinafo, Marla Fabiula de Barros Hatisuka  |
                        INSTITUIÇÃO: UENP  |  Bandeirantes-PR  |  E-mail: analudegrandi@yahoo.com.br

                          Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF), tomada enquanto diretriz para reorganização da Atenção Básica (AB) no contexto do Sistema
                          Único de Saúde (SUS), tornou-se fundamental para a atenção das pessoas com transtornos mentais e seus familiares. O apoio matricial visa
                          acolher pessoas com transtornos mentais nos espaços sociais onde circulam, através de uma construção coletiva de saberes junto às equipes de
                          saúde da família e o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), pois estes são serviços que ocupam lugar central na proposta da Reforma Psiquiátrica.
                          Objetivos: Analisar a percepção dos profissionais enfermeiros que atuam nas ESF sobre o conhecimento do Apoio Matricial em Saúde Mental.
                          Método: Estudo qualitativo de caráter descritivo, realizado com os profissionais enfermeiros das equipes de ESF, de um município no norte do
                          Paraná. A coleta de dados se deu no período de quatro meses por meio de entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados de forma
                          horizontal vertical e descritiva. Resultado: O estudo identificou que atualmente a assistência prestada pela AB para a pessoa com transtorno
                          mental se resume a contenção durante o período de crise e transferência de responsabilidade para centros especializados. Verifica-se que os
                          enfermeiros das ESF possuem pouco conhecimento sobre apoio matricial. O município pesquisado, apesar de ter um conjunto de serviços de saúde
                          mental, não conseguiu ainda efetivamente desenvolver a Rede de Apoio Psicossocial (RAP) e construir uma rede de cuidados que consiga interagir
                          com outros serviços, sem que ocorra as delegações para apenas um determinado serviço, como acontece no caso do CAPS, em que apenas este
                          serviço é o responsável pela demanda de todos os pacientes com transtorno mental. Conclusão: Verifica-se que os enfermeiros possuem pouco
                          conhecimento ou conhecimento inadequado sobre apoio matricial, sendo a medicalização o serviço que impulsiona os usuários e suas famílias a
                          procurá-los. Existe a necessidade de capacitar estes profissionais tanto para atuação na assistência às pessoas com transtornos mentais quanto
                          para o cuidado aos usuários de álcool e outras drogas. Palavras-chave: Saúde da Família. Saúde Mental. Atenção Básica.
                          Referências: BERTAUX, Daniel. Los relatos de vida. Barcelona (ESP): Bellaterra; 2005. BRASIL. RAPS: Rede de Atenção Psicossocial. Brasília – DF,
                          2013. BRASIL. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília, DF, 2004.
                          BRASIL. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília – DF, 2009. BRASIL. Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção
                          Psicossocial. Brasília – DF, 2004.



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