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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 164

                 Rastreamento de neuropatia diabética em usuários atendidos no
                 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no Consórcio Público
                 Intermunicipal de Saúde do Setentrião Paranaense (CISAMUSEP)

                 AUTOR PRINCIPAL: Francielle Renata Danielli Martins Marques  |  AUTORES: Beatriz Helena Catto Gomes, André Juliano Sacchi, Carolina
                 Borges Capristo, Paula Kojina Meneghetti  |  INSTITUIÇÃO: CISAMUSEP  |  Maringá-PR  |  E-mail: enfermagemassistencial@cisamusep.org.br
                  A neuropatia diabética (ND) é definida como "presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos periféricos em pessoas com diabetes,
                  após a exclusão de outras causas" (Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, 2001). Afeta 30% dos pacientes em atendimento clínico
                  hospitalar e 20-25% dos pacientes na atenção básica (PEDROSA, 2011). A perda da sensibilidade protetora confere um risco sete vezes maior de
                  ulcerações e traumas (PEDROSA, 2014). Aproximadamente 40 a 60% das amputações não traumáticas de membros inferiores são realizadas em
                  pacientes com diabetes. (Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, 2001). Ante esses dados, busca-se avaliar os pés de todos diabéticos
                  de alto ou muito alto risco inseridos no MACC atendidos no CISAMUSEP. O atendimento do MACC é disponibilizado para 10 Unidades Básicas de
                  Saúde de Maringá e região. Usuários diabéticos passam por uma avaliação para rastreamento de neuropatia diabética com a enfermeira. Após
                  anamnese, são avaliadas as sensibilidades tátil, térmica, dolorosa, vibratória e neurológica. Durante o período de 01/10/2014 a 31/03/2016
                  foram realizadas 187 avaliações com os seguintes achados: ausência de alterações nas avaliações em 51%; presença de ND em 7%; presença
                  de amputação em 1%; presença pé diabético em 2%. O percentual de pés sem alterações é considerado baixo quando comparado com resultado
                  de publicação paranaense que apresenta 79,5% de avaliações normais (BORTOLETTO, 2009). Tendo em vista que todos os profissionais de saúde
                  que trabalham com pessoas com diabetes devem estar habilitados a fazer avaliação neurológica (American Diabetes Association, 2002), realizou-
                  se capacitação sobre esta avaliação para enfermeiros das dez UBSs participantes do MACC com o objetivo de detecção precoce e consequente
                  agilidade no encaminhamento para fisioterapia e/ou atendimento vascular. Dado o alto custo das úlceras e amputações, e custos relativamente
                  baixos da aplicação da avaliação e orientações de cuidados com os pés, percebe-se a necessidade de replicação de capacitação para profissionais
                  de saúde em rastreamento de ND para melhor relação de custo e benefício. Identificar e localizar os indivíduos com alto risco de complicações nos
                  pés pode prevenir o aparecimento de futuras úlceras, minimizando gastos públicos com hospitalização prolongada e reabilitação, além de evitar
                  transtornos emocionais aos diabéticos de risco. Palavras-chave: Diabetes. Neuropatia Diabética. Rastreamento.
                  Referências bibliográficas: American Diabetes Association. Preventive Foot Care in People with Diabetes. Diabetes Care, v. 25, n.1, p. 569-
                  570. jan. 2002. BORTOLETTO, M. S. S.; HADDAD, M. C. L.; KARINO, M. E. Pé diabético, uma avaliação sistematizada. Arq. Ciênc. Saúde Unipar,
                  Umuarama, v. 13, n. 1, p. 37-43 jan./abr. 2009. Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético. Consenso Internacional sobre Pé Diabético.
                  Brasília: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, 2001. PEDROSA, Hermelinda Cordeiro. Neuropatia Diabética. Sociedade Brasileira de
                  Diabetes, 2011. Disponível em: . Acesso em 27 de abril de 2016. PEDROSA, Hermelinda Cordeiro; VILAR, Lucio; BOULTON, Andrew. Neuropatias e
                  pé diabético. 1. Ed. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014.


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                Tratamento Conservador da Incontinência Urinária com apoio
                de Equipe Multiprofissional

                AUTOR PRINCIPAL: Helen Rejane Dorneles Rautmann  |  AUTORES: Caroline Cherpinski Zibetti; Jhulie Rissato; Simone Araújo  |
                INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Curitiba  |  Curitiba-PR  |  E-mail: helen.rautmann@hotmail.com
                  A IU em mulheres é um evento comum e não necessariamente patológico, não comentam o fato por acharem normal com o envelhecimento
                  e  desconhecem  opções  não  cirúrgicas  para  tratar.  A  qualidade  de  vida  destas mulheres  sofre  um  impacto  negativo  devido  a  possível
                  marginalização em seu convívio social, podendo trazer consequências psicossociais . O tratamento cirúrgico é indicado aos casos que não
                  respondem ao tratamento conservador. O tratamento conservador requer adesão, engajamento e disposição para realizar o método. Iniciou-se
                  um grupo pioneiro de fisioterapia em 2013 na UMS Sabará, das 16 (100%) que iniciaram 12 (75%) obtiveram cura ou melhora. O principal
                  objetivo era realizar uma tentativa não cirúrgica, sabendo que o tratamento mais apropriado para a paciente é o tratamento menos invasivo ou
                  perigoso, tendo desta forma uma escolha através da fisioterapia conservadora. Ampliamos a atividade para outras 2 Unidades Municipais de
                  Saúde e após esta primeira experiência com o resultado muito positivo pudemos perceber a necessidade da inclusão de outros profissionais do
                  NASF para que a ação fosse ainda mais resolutiva. A nutricionista apresenta papel fundamental nas orientações alimentares e de modificação
                  de comportamento. A farmacêutica é fundamental também na avaliação e orientação da medicação que as pacientes acompanhadas
                  consomem, alguns deles como os benzodiazipínicos causam incontinência. O psicólogo contribui muito com as questões relacionadas a
                  auto estima e consequências psicossociais. O profissional de educação física contribui muito, incluindo em seus grupos de atividade físicas
                  as orientações de exercícios específicos para períneo de forma preventiva. A meta através do tratamento conservador é a melhor avaliação
                  pré operatória, sendo uma opção e uma complementação no tratamento cirúrgico, reduzindo com isso número de pacientes para cirurgia e
                  melhorando qualidade de vida das mesmas. Conclui-se através deste estudo que o tratamento fisioterapêutico para incontinência urinária
                  associada  a  uma  equipe  multiprofissional  é  uma  alternativa  substancial  na  melhora  da  paciente  atingindo  taxas  de  cura  e  de  melhora
                  surpreendentes , esta melhora tem impacto decisivo na fila de espera para cirurgia e evitando que outras sejam incluídas. Palavras-chave:
                  Incontinência Urinária. Tratamento conservador. Fisioterapia.
                  Referências: CHIARAPA, Telma Regina; CACHO, Doriane Perez; ALVES, Adria Fabiola Deiss. Incontinência Urinária Feminina: Assistência
                  Fisioterapêutica e Multidisciplinar. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2007.



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