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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 184

                        Perfil dos usuários atendidos no Modelo de Atenção às Condições
                        Crônicas (MACC) no Consórcio Público Intermunicipal de Saúde
                        do Setentrião Paranaense (CISAMUSEP)

                        AUTOR PRINCIPAL: Lais Cristine Pilger  |  AUTORES: Francielle Renata Danielli Martins Marques, Beatriz Helena Catto Gomes, André
                        Juliano Sacchi, Carolina Borges Capristo  |  INSTITUIÇÃO: CISAMUSEP  |  Maringá-PR  |  E-mail: producaomedica@cisamusep.org.br
                          As doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 68% de óbitos no mundo em 2012 (WHO, 2012). Portadores de condições
                          crônicas de menor risco são assistidos por tecnologias de autocuidado com foco na Atenção Primária em Saúde (APS), enquanto os portadores de
                          condições de alto ou muito alto risco têm a coparticipação da atenção especializada. Ante esses dados, busca-se um modelo de atendimento que
                          contemple a integração dos sistemas de atenção à saúde, a estratificação da população por riscos e o seu manejo por meio de tecnologias de
                          gestão da clínica, a ênfase no autocuidado apoiado, o alinhamento da atenção com as necessidades de saúde das pessoas, o fortalecimento da
                          APS e a integração entre a APS e a atenção especializada (MENDES, 2012). As diretrizes clínicas devem considerar as necessidades da população
                          de acordo com o perfil dos indivíduos (TORRES, 2010). Dessa forma, a experiência apresentada neste trabalho corresponde às atividades do MACC
                          no CISAMUSEP, que iniciaram em outubro de 2014 com atendimento multiprofissional aos usuários com Diabetes mellitus (DM) e Hipertensão
                          Arterial Sistêmica (HAS) estratificados como alto ou muito alto risco pela APS. O atendimento do MACC é disponibilizado para dez UBSs de Maringá
                          e região, em sistema integrado buscando eficácia, eficiência, segurança, qualidade e equidade na assistência. O atendimento é contínuo na
                          atenção especializada, que também é responsável pela elaboração do plano de cuidado, acompanhamento do trabalho e educação permanente
                          para a APS. O perfil dos usuários atendidos no período de 1º de outubro de 2014 a 24 de fevereiro de 2016 é de idosos na maioria (68%). Dos
                          336 usuários atendidos, 59% foram mulheres e 41% homens. Do total atendido, 40% dos pacientes são alto ou muito alto risco para HAS, 23%
                          possuem controle metabólico ruim para o DM e 37% apresentam alto ou muito alto risco para ambas as patologias. Os efeitos alcançados após
                          a implantação do MACC foram: mudanças no atendimento prestado no SUS e readaptação da equipe no trato ao portador de condição crônica,
                          com uma terapêutica que contempla suas necessidades. Diante disso, recomenda-se uma atenção diferenciada dos profissionais de saúde no
                          atendimento prestado e a elaboração de planos de cuidado adequados ao perfil social e clínico de cada indivíduo, para a adesão ao tratamento
                          visando ao eficiente controle metabólico e pressórico. Palavras-chave: Absenteísmo. Estratificação. Atenção especializada.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Referências bibliográficas:  MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da
                          consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. TORRES, Heloisa Carvalho; PACE, Ana Emilia;
                          STRADIOTO, Mayra Alves. Análise sociodemográfica e clínica de indivíduos com diabetes tipo 2 e sua relação com o autocuidado. Cogitare enferm.,
                          Curitiba, v. 15, n. 1, março 2010. Disponível em . Acesso em: 14 abr. 2016. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). 65th World Health Assembly
                          closes with new global health measures. World Health Organization, 2012. Disponível em: . Acesso em: 21 abr. 2016


                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 185

                         Absenteísmo dos usuários atendidos pelo Modelo de Atenção às
                         Condições Crônicas (MACC) no Consórcio Público Intermunicipal
                         de Saúde do Setentrião Paranaense (CISAMUSEP)

                         AUTOR PRINCIPAL: Lais Cristine Pilger  |  AUTORES: Francielle Renata Danielli Martins Marques, Beatriz Helena Catto Gomes, André
                         Juliano Sacchi, Carolina Borges Capristo  |  INSTITUIÇÃO: CISAMUSEP  |  Maringá-PR  |  E-mail: producaomedica@cisamusep.org.br

                           O absenteísmo dos usuários em consultas especializadas tem comprometido o atendimento à demanda (SANTOS, 2008). Diante disso, este
                           trabalho apresenta o percentual de faltosos nas consultas especializadas do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no CISAMUSEP
                           desde a implantação da rede em 1º de outubro de 2014 até 20 de abril de 2016. Sabe-se que o absenteísmo possui taxas que variam entre
                           22 a 30%, o que limita a garantia da atenção aos diversos níveis de assistência acarretando insatisfação do usuário pela dificuldade de acesso
                           (SÁ, 2012). Na busca de resolver este fenômeno, o MACC reformula o atendimento baseando-se na estratificação de risco da população com
                           atendimento especializado e equipe multiprofissional para usuários com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM) de alto ou
                           muito alto risco, organizando seu acesso às consultas especializadas (MENDES, 2012). Os usuários encaminhados para consulta especializada
                           no MACC passam em um único dia por atendimento com equipe multiprofissional e consulta médica, fato este que facilita o acesso e reforça o
                           interesse do usuário em comparecer na consulta. O agendamento dos atendimentos fica a cargo da Atenção Primária em Saúde, já que possui
                           relação mais próxima com o usuário, podendo o lembrar da data da consulta. As equipes primária e secundária mantém contato direto, seja por
                           telefone, rede social ou e-mail, visando sempre diminuir o índice dos absenteísmos. Desde o inicio foram agendados no programa 1398 consultas,
                           nas quais 1178 (84%) usuários compareceram e 220 (16%) não compareceram. Na sequência, aponta-se o índice de absenteísmo de cada
                           município inserido no programa: Atalaia-4%; Munhoz de Mello-12%; Maringá-15%; Astorga-16%; Iguaraçu-20%; Floresta-21%; Mandaguari-21%;
                           Ângulo-33%. Ao analisar o percentual geral de absenteísmo dos usuários do MACC, percebe-se a relevância de integrar os serviços de saúde por
                           meio de redes assistenciais e comunicacionais permitindo que os profissionais de saúde exerçam função regulatória assegurando o compromisso
                           de realizar a assistência aos usuários, diminuindo assim os índices de absenteísmos. Palavras-chave: Absenteísmo. Condições crônicas. Atenção
                           especializada.
                           Referências bibliográficas: MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
                           da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. SÁ, M. V. H. M. Plano de Intervenção para reduzir
                           as faltas dos usuários ao atendimento especializado. Recife, 2012. Monografia (Curso de Especialização de Sistema e Serviços de Saúde) -
                           Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2012. SANTOS, J. S. Absenteísmo dos usuários em consultas e procedimentos
                           especializados agendados no SUS: um estudo em um município baiano. Mestrado. Universidade Federal da Bahia - UFBA - Instituto de Saúde
                           Coletiva. Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva, Vitória da Conquista - BA. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6759.
                           Acesso em: 26/04/2016.
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