Page 175 - ANAIS_3º Congresso
P. 175

EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 211

                 Estado nutricional de gestantes no inicio da gravidez
                 em um município do norte do Paraná

                 AUTOR PRINCIPAL: Flávia Teixeira Ribeiro da Silva  |  AUTORES: Juliana Oliveira Duarte Guerra , Aline Balandis Costa,
                 Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo  |  INSTITUIÇÃO: UENP  |  Bandeirantes-PR  |  E-mail: flavia@uenp.edu.br
                  Introdução: O estado nutricional no inicio da gravidez ou pré-gestacional pode influenciar no ganho de peso ponderal na gestação. A
                  situação de sobrepeso ou obesidade pré-gestacional tem forte ligação no ganho excessivo de peso no decorrer da gravidez, que pode
                  acarretar restrição de crescimento intra-uterino, parto prematuro, baixo peso ao nascer e aumento das taxas de morbimortalidade perinatal.
                  Objetivo: Verificar o estado nutricional de gestantes no inicio da gravidez. Metodologia: Estudo descritivo de caráter quantitativo. A
                  população do estudo foi as gestantes cadastradas no SIS pré-natal do município de Bandeirantes - Pr, totalizando 179 gestantes. Foram
                  anotados o peso e altura destas por meio da ficha de acompanhamento do pré-natal. Após foi realizado o Índice de massa corporal (IMC),
                  e lançado no gráfico de acompanhamento de ganho ponderal na gravidez. Resultados: Observou-se que a idade média foi de 25,8 anos,
                  a idade mínima foi de 12 anos, a máxima de 43 anos, e 17,3% eram adolescentes. Verificou que 20,7% eram obesas, 28% sobre peso,
                  39,6% peso adequado e 11,7% baixo peso. Das 17,3% (31) adolescentes identificou-se que 35,5% eram sobre peso/obesas e 29% eram
                  baixo peso. Conclusão: A expressiva quantidade de gestantes com sobre peso e/ou obesidade (48,7%) no início da gravidez reforça
                  a importância de serem instituídas ações específicas que promovam o estilo de vida saudável, para minimizar complicação materna e
                  infantil. Com relação às gestantes adolescentes, fica evidente que a maioria está em situação de sobre peso/obesidade, dado este que
                  preocupa, considerando que estas estão estratificadas como gestantes de risco, e o sobre peso pode agravar no período gestacional.
                  Portanto, a abordagem do hábito nutricional e atividade física subsidiando a promoção, proteção e intervenção de saúde, deve ser feita
                  nas consultas de pré-natal pelo enfermeiro. Palavras-chave: Saúde da mulher. Gestante. Estado nutricional.
                  Referências: Belarmino GO, Moura ERF, Oliveira NC, Freitas GL. Risco nutricional entre gestantes adolescentes. Acta Paul Enferm
                  2009;22(2):169-75. Marano D,  Gama SGN, Pereira  APE,  Souza Junior PRB. Adequação do  ganho  ponderal  de gestantes  em dois
                  municípios do Estado do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2008. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012; 34(8):386-93. Nomura RMY, Paiva LV, Costa
                  VN, Liao AW, Zugaib M. Influence of maternal nutritional status, weight gain and energy intake on fetal growth in high-risk pregnancies. Rev
                  Bras Ginecol Obstet. 2012;34(3):107-12. Padilha PC, Saunders C, Machado RCM, Silva CL, Bull A, Sally EOF, Accioly E. Associação entre
                  o estado nutricional pré-gestacional e a predição do risco de intercorrências gestacionais. Rev Bras Ginecol Obstet. 2007; 29(10):511-8.




               EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 222


                Política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais,
                travestis e transexuais: uma análise bibliográfica

                AUTOR PRINCIPAL: Gianna Schreiber Popadiuk  |  AUTORES: Marcos Claudio Signorelli; Daniel Canavese de Oliveira  |
                INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná  |  Curitiba-PR |  E-mail: gianna.diuk@gmail.com
                  Objetivo: Conhecer e divulgar informações acerca da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
                  Transexuais (PNSILGBT). Métodos: O estudo constituiu-se em pesquisa bibliográfica em relação aos documentos disponíveis em meio
                  eletrônico sobre a PNSILGBT. A busca da literatura foi por meio dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual de
                  Saúde (BVS): Vulnerabilidade Social; SUS e Políticas Públicas. Resultados: A PNSILGBT está embasada nos princípios assegurados
                  pela Constituição Federal de 1988, que garante a cidadania e dignidade para a pessoa humana, reforçado no objetivo fundamental
                  da República Federativa do Brasil de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
                  outras formas de discriminação. A PNSILGBT é uma iniciativa que visa a construção de mais equidade no SUS para essa população,
                  reconhecendo os efeitos da discriminação e da exclusão no processo saúde-doença. Seu objetivo-geral é o de “promover a saúde integral
                  de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuir para
                  a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo”. A PNSILGBT apresenta estratégias
                  para as gestões federal, estadual e municipal, com vistas ao processo de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde
                  para a população LGBT. O Plano Operativo encontra-se dividido em quatro eixos estratégicos e que incluem as ações que incidem
                  sobre os diferentes condicionantes e determinantes que sustentam a desigualdade social em saúde que acomete a população LGBT.
                  Conclusão: Compreender a determinação social no dinâmico processo de saúde-doença dos indivíduos e coletividades requer admitir
                  que a exclusão social e a discriminação, devem ser consideradas na determinação social de sofrimento e doença. A restrita experiência
                  dos serviços de saúde que lidam com a população LGBT constitui evidência sobre o intenso sofrimento dessas pessoas que não se
                  identificam com os estereótipos padronizados pela sociedade. A implementaçãoda PNSILGBT é um desafio para a garantia do acesso
                  integral. Após a revisão bibliográfica, evidenciou-se a necessidade de investigação sobre quais são as ações, desafios e potencialidades
                  encontrados na prática PNSILGBT, principalmente sob a ótica dos gestores, profissionais e usuários/as do SUS.  Palavras-chave:
                  Vulnerabilidade Social.SUS. Políticas Públicas.




                                                                                                             175
   170   171   172   173   174   175   176   177   178   179   180