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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 172
Educação em Saúde, Pioneirismo e Preconceitos Vivenciados:
Resgate à Experiência de Elisabeth Kübler-Ross com Pacientes
Vítimas da Aids na Década de 1980
AUTOR PRINCIPAL: José Valdecí Grigoleto Netto | AUTORES: Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi; Giovana Kreuz |
INSTITUIÇÃO: Faculdade Ingá - UNINGÁ | Maringá-PR | E-mail: zeca_grigoleto@hotmail.com
Introdução: Elisabeth Kübler-Ross foi uma médica psiquiatra pioneira no cuidado aos pacientes em fim de vida, que ganhou reconhecimento
mundial a partir de sua produção bibliográfica, seus workshops e seminários ao redor do mundo, os quais discutiam a vida, o morrer e a
vida após a morte. Nascida em 1924 e falecida em 2004, Kübler-Ross possuiu papel ativo na década de 1980 ao tratamento e cuidado de
pacientes diagnosticados com AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Objetivo: o presente estudo buscou realizar uma análise da
obra Aids: O Estágio Final, a fim de se obter dados históricos para a compreensão das dificuldades vivenciadas e o preconceito enfrentado
quando a autora buscou fundar um abrigo para crianças vítimas da AIDS. Metodologia: A metodologia escolhida para o presente trabalho
é a Revisão Bibliográfica, a partir da análise textual e histórica da obra da autora. Resultados: A AIDS dizimou milhões de pessoas ao redor
do mundo; por ser um vírus novo e ainda desconhecido, o preconceito e discriminação aos portadores eram imensuráveis. Em 1986, Kübler-
Ross lançou o livro Aids: o Estágio Final em que discorreu sobre as dificuldades que encontrou ao tentar abrir um lar para abrigar crianças
portadoras do vírus. Neste contexto, a autora foi alvo de discriminação, humilhação e ofensa por parte dos moradores da cidade em que ela
pretendia fundar o lar. Na obra, algumas partes são transcritas literalmente das reuniões realizadas com a população, que expõe de maneira
direta o ódio e a violência no discurso dos moradores, e também o medo e receio pelo desconhecido. Também, a obra expõe relatos da autora
quando visitou algumas prisões em que os presos morriam por doenças causadas pela AIDS, em situações precárias, sem saneamento ou
cuidados. Conclusão: Mesmo trazendo aspectos de outro momento histórico a respeito do cuidado do paciente portador de AIDS, a obra faz
parte da construção e concepção histórica de seu cuidado e, assim, faz parte essencial do conhecimento do profissional de saúde que atua
junto a esta população, constituindo-se referência para a compreensão dos fatores presentes na década do surto de casos em todo o mundo.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Palavras-chave: Morte e morrer; Aids; luto.
Referências: KÜBLER-ROSS, E. Aids: o desafio final. São Paulo: Best Seller, 1988.
EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 175
Atuação do educador físico no NASF: enfoque no
serviço de puericultura em Pontal do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Julyenne Aparecida Wolski | AUTORES: Tainara Piontkoski Maldaner; Luciana Vieira Castilho Weinert; Bruna Letícia dos
Santos; Letícia Fernandes Andresk | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Matinhos-PR | E-mail: julyennewolski@gmail.com
Dentre as macro-prioridades do Pacto em Defesa à Vida criado em 2005 pelo Ministério da Saúde encontra-se a promoção da saúde (PS).
Em 2008, o Ministério da Saúde publica portaria que institui o programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)¹, onde ampliou-se a
perspectiva do atendimento integral. Nestes núcleos o profissional da Educação Física (EF) pode desenvolver ações de prevenção e reeducação
motora na Unidade Básica de Saúde². Através da Política Nacional de Promoção à Saúde em 2006 (PNPS)³ houve um fomento à participação
do profissional da EF como agente importante neste processo de PS. Para tal, torna-se importante o trabalho em redes de atenção à saúde,
que aglutina todos estes conceitos4. Nesta lógica, este estudo propõe a análise da atuação do profissional da EF dentro do NASF e sua relação
com a rede de atenção intrassetorial, no serviço de puericultura de um município. Trata-se de um estudo analítico observacional longitudinal
do tipo coorte em que são acompanhadas 5 crianças de 1 a 2 anos de idade em uma Unidade de Saúde de Pontal do Paraná. A presente
pesquisa possui 3 fases: na 1º coleta-se informações sobre as condições de nascimento, gestação e saúde global da criança, na 2º realiza-se
a sua avaliação motora pelo Teste de Triagem de Denver II mensalmente durante 12 vezes, e, na 3º pretende-se confrontar estes dados com
outros dados já existentes sobre a avaliação motora destas crianças durante o seu 1º ano de vida, analisá-los e discuti-los à luz da PNPS e das
diretrizes do NASF. Os resultados obtidos na avaliação motora juntamente com as informações do questionário dão subsídios para determinar
se a criança está de acordo com os níveis de desenvolvimento esperados para sua idade em relação ao desempenho motor, se possui algum
desvio no seu desenvolvimento, ou ainda algum risco potencial para atrasos neuropsicomotores mais graves. Também há que se refletir sobre
as políticas públicas que determinam as ações de promoção e prevenção na puericultura, para que possuam uma abordagem realmente
interdisciplinar e que evitem consequências futuras para a saúde global da criança. Considera-se que o profissional da EF é habilitado para o
trabalho com PS e prevenção de situações de risco dentro do NASF, na perspectiva de uma rede de atenção. Com suas ações, ele se torna
essencial para o cumprimento das diretrizes da PNPS. Ainda, este estudo contribui para que o campo de atuação deste profissional ganhe
maior amplitude e notoriedade na sociedade. Palavras-chave: Desenvolvimento infantil. Políticas Públicas. Educação Física.
Referências bibliográficas: 1- BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 154 de 24 de janeiro de 2008 cria os Núcleos de Apoio à Saúde
da Família – NASF. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 2- MARTINEZ; SILVA E SILVA. As Diretrizes Do Nasf e a presença do profissional em
Educação Física. Motrivivência, v.26, n.42, p. 222-237, 2014. 3- BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete Ministerial. Política Nacional de
Promoção da Saúde. Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União; Poder Executivo, 2014. 4- MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Ciência e
saúde coletiva, v.15, n.5, p. 2207-2305, Rio de Janeiro, 2010.
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