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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 188

                 Atenção Integral à Saúde da Criança: inserção da avaliação
                 neurosensoriomotora com vistas à estimulação precoce na
                 puericultura de Pontal do Paraná/ Paraná

                 AUTOR PRINCIPAL: Tainara Piontkoski Maldaner  |  AUTORES: Bruna Letícia dos Santos; Luciana Vieira Castilho-Weinert,
                 Letícia Fernandes Andres, Nei Silva  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná - Setor Litoral  |  Matinhos - PR  |
                 E-mail: tainara.fisioufpr@gmail.com

                  A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança¹ prevê a Promoção e Acompanhamento do Desenvolvimento Integral, com atenção especial
                  para a primeira infância. Esta proposta é efetiva quando fundamentada em estratégias adequadas, como as proporcionadas pela organização em
                  Redes de Atenção à Saúde (RAS). As RAS são organizações dos serviços de saúde vinculados entre si por ações cooperativas e interdependentes,
                  permitindo uma atenção integral à população². Para assegurar o trabalho em redes, existe uma rede intrassetorial (exercício permanente da
                  desfragmentação das ações ofertados por um setor) e outra intersetorial (processo de articulação de saberes e experiências de sujeitos e grupos)³.
                  Este trabalho discursa sobre o serviço de puericultura de Pontal do Paraná, que se articula através destas duas instâncias de rede, cuja efetividade
                  tem relação direta com a interação de atores sociais organizados. A rede intrassetorial se concretizou mediante a inserção do fisioterapeuta no
                  serviço de puericultura deste município, que realiza avaliação do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida em conjunto com a consulta
                  médica e de enfermagem. Recentemente incluiu-se também a odontologia, e tem-se a expectativa de inserção da nutrição, da fonoaudiologia e da
                  assistência social. A rede intersetorial é contemplada pela parceria com a UFPR, com a atuação docente e discente na área de educação física e no
                  mestrado. Além do atendimento aos usuários do SUS, estas redes contribuem com a sistematização e análise de dados coletados, a proposição de
                  novas estratégias, o diagnóstico precoce e a estimulação precoce do desenvolvimento neurosensoriomotor. Salienta-se que este desenvolvimento
                  possui importante papel devido às influências que exerce sobre as habilidades cognitivas e a capacidade de aprendizagem escolar. Atualmente,
                  o projeto possui mais de 900 avaliações realizadas desde seu início em outubro de 2013. Apesar deste processo ter surgido através de um fluxo
                  universidade - secretaria municipal de saúde, atualmente o município considera as diretrizes de avaliação aqui relatadas, reiterando a relevância
                  social presente nesta proposta. Além disso, tem-se a perspectiva de que este seja disseminado a outros municípios, conforme amplie-se a sua
                  visibilidade por meio de veículos de divulgação científica. Anseia-se que com esta proposta de trabalho em RAS se possa contribuir com melhorias
                  na perspectiva micro – a saúde da criança – e macro – o SUS. Palavras-chave: Políticas públicas. Saúde da criança. Redes de atenção à saúde.
                  Referências bibliográficas: 1- BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete Ministerial. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. Portaria
                  n° 1130, de 05 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de
                  Saúde (SUS). Diário Oficial da União; Poder Executivo, 2015. 2- MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Ciência e saúde coletiva, v.15, n.5, p.
                  2207-2305, Rio de Janeiro, 2010. 3- BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete Ministerial. Política Nacional de Promoção da Saúde. Portaria nº 2.446,
                  de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial
                  da União; Poder Executivo, 2014.


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                 A relevância de nos projetos arquitetônicos no campo
                 da saúde considerar a sustentabilidade ambiental


                 AUTOR PRINCIPAL: Moisés Mugnaini Nicoletto  |  AUTORES: Gustavo Stefano Nicoletto  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria de Estado da Saúde
                 do Paraná, 18ª Regional de Saúde de Cornélio Procópio e Universidade Estadual de Maringá, Curso de Graduação em Engenharia Civil  |
                 Cornélio Procópio/Maringá-PR  |  E-mail: moisesnicoletto@sesa.pr.gov.br

                  Em muitos casos, no âmbito do Sistema Único de Saúde as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades Hospitalares (UH) não
                  possuem estruturas físicas que satisfaçam o bem-estar dos que ali são atendidos e da equipe de trabalho, prejudicando tanto o
                  processo de atenção em saúde como os trabalhadores. A tendência atual é o desenvolvimento de projetos arquitetônicos considerando
                  os conceitos de sustentabilidade ambiental, respeitando o ser humano e o meio ambiente, adequando o projeto ao clima, orientação
                  solar e ao entorno. Durante o período de 2011 a 2015 projetos para construções, ampliações e reformas de UBS e de UH foram
                  apresentados para análise e aprovação na Vigilância em Saúde de uma Regional de Saúde do Paraná. Os projetos foram analisados
                  segundo a estrutura física, as varáveis da programação dos estabelecimentos, sua organização funcional e o dimensionamento e
                  quantificação dos ambientes e fluxos de assistência a saúde. As análises foram realizadas conforme legislação vigente da Agência
                  Nacional de Vigilância Sanitária e código sanitário do Paraná, além de outras normas técnicas vigentes que possibilitam analisar a
                  composição de atribuições funcionais na concepção básica do edifício, aprofundar os critérios existentes, verificar se há novas propostas
                  de soluções alternativas e variadas. Com esse processo de trabalho muitas adequações foram propostas e incorporadas, possibilitando
                  que os projetos arquitetônicos fossem aprovados com maior grau de conformidades com a legislação. No entanto, as propostas estavam
                  focadas nas estruturas mínimas necessárias padronizadas, isto devido aos engenheiros civis e arquitetos, que são contratados para
                  desenvolver os projetos, atendem a solicitação dos gestores e focam nas estruturas mínimas necessárias e acabam desconsiderando os
                  conceitos de sustentabilidade. Recomenda-se que ao projetar um estabelecimento de saúde considere-se a proposta de sustentabilidade
                  ambiental, com reaproveitamento da água, otimização da iluminação natural (eficiência energética), tratamento de resíduos sólidos,
                  conforto acústico,  entre outros.  Mas para isso é preciso  que as regras de  financiamento de obras  públicas e as formas  que são
                  conduzidas às licitações para contratar as empresas executoras do projeto tenham enfoque ambiental. Portanto há necessidade de uma
                  mudança cultural dos atores que decidem sobre os projetos, bem como adequação do capital financeiro disponível dentro das propostas
                  arquitetônicas para que sejam sustentáveis. Palavras-chave: Serviços de saúde. Projetos arquitetônicos. Sustentabilidade ambiental.
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