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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 229

                 A saúde mental na atenção básica e seus desafios
                 no âmbito da enfermagem


                 AUTOR PRINCIPAL: Leandra de Fátima Bento  |  AUTORES: Nilza Americo de Moura Sanzovo  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Tuiuti do Paraná  |  Curitiba-PR  |  E-mail: leandradefatimabento@hotmail.com

                  Introdução: A saúde mental pode ser definida como produto de múltiplas e complexas interações incluindo fatores biopsicossociais .
                                                                                               1
                  A necessidade de reconhecer a importância da saúde mental no âmbito da atenção primária fez com que inúmeras ações fossem
                  promovidas com o objetivo de inclusão social atendimento extra hospitalar e resolutividade, dentre as ações destacam se Estratégia
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                  Saúde da Família (ESF) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) . O enfermeiro é um dos profissionais envolvidos na implantação
                  do ESF e CAPS e incumbido da função de coordenar os programas, prestar assistência e realizar ações educativas, porém há uma
                  preocupação com a formação recebida por estes profissionais em relação aos desafios apresentados pela demanda da saúde mental na
                  atenção primária. Visto que observa-se uma ausência de conteúdo especifico em saúde mental na graduação, este conteúdo é tratado
                  em tópicos de forma genérica, formando enfermeiros generalistas . Objetivo: Investigar, por meio de arcabouço teórico fornecido pela
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                  pesquisa bibliográfica, quais desafios os enfermeiros enfrentam em relação à saúde mental. Método: Pesquisa bibliográfica, baseada
                  em artigos de periódicos disponibilizados na integra Internet e em português com os descritores: “Saúde Mental e Atenção Primária”;
                  “Saúde Mental, Graduação e Enfermagem”; “Saúde Mental, Assistência e Graduação”. Resultados: Foram encontrados 3465 artigos,
                  dos quais 7 atenderam os critérios da pesquisa. Discussão: A análise dos artigos resultou nos seguintes desafios encontrados pelo
                  enfermeiro: Divergência entre o saber e fazer (14,29%); abordagens tradicionais baseadas na psiquiatria clássica e dificuldade  na
                  abordagem em saúde mental (28,55%); ausência de conteúdo específico em saúde mental na graduação de enfermagem (42,74%);
                  falta de qualificação profissional e de estratégias para promoção e prevenção da saúde (57,16%); insuficiência de serviços substitutivos
                  para atender a demanda saúde mental (14,29%). Conclusão: Este estudo permitiu concluir que, considerando os principais desafios
                  encontrados, existe uma necessidade de inserir os enfermeiros programas de capacitação. Além disso, torna-se fundamental a revisão
                  dos currículos dos cursos de graduação na área da saúde, demandando abordagens reflexivas sobre a saúde mental, bem como a
                  abordagem  da  saúde mental  sob  a perspectiva  de saúde-doença  pautada  no  trabalho  interdisciplinar e  aliada ao  apoio  matricial.
                  Palavras-chave: Saúde mental. Graduação. Assistência. Enfermagem. Atenção Primária.



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                 Dialogando a sexualidade com adolescentes escolares:
                 relato de experiência


                 AUTOR PRINCIPAL: Antônio Ricardo Guimarães de Abreu  |  AUTORES: Hellen Cristina de Almeida Abreu, Débora Regina de Oliveira
                 Moura Abreu  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá UEM-PR; Faculdade de medicina UNIVAG-MT.  |  Maringá-PR |  E-mail:
                 Maringá-PR
                  As questões inerentes a uma fase muito importante da vida do ser humano - o adolescer têm sido o foco de atenção de muitos
                  profissionais, e também dos próprios pais. Atualmente, professores e profissionais da área da saúde e das ciências sociais, num
                  esforço conjunto, desenvolvem projetos com a finalidade de proporcionar aos adolescentes, uma transição saudável da infância à idade
                  adulta (HOGA, 2000). Neste sentido o objetivo deste estudo é relatar a experiência de docentes e discentes do curso de medicina
                  na condução de um grupo de adolescentes, desenvolvido com a técnica de metodologia ativa (MITRE, 2008), na qual procurou-se
                  preservar a identidade social e cultural dos componentes do grupo. As atividades de educação para a saúde foram realizadas com
                  adolescentes do oitavo e nono ano de uma escola municipal na cidade de Várzea Grande, Mato Grosso. Os encontros ocorreram no
                  período de 20 a 27 de outubro de 2015, nas dependências de uma Unidade de Saúde da Família de referência. Os principais tópicos
                  que foram alvo dos interesses dos adolescentes de ambos os sexos foram: sexualidade, métodos contraceptivos, prevenção das
                  Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e HIV. O desenvolvimento deste trabalho com grupo de adolescentes constatou que para
                  a formação e condução de grupos de educação para a saúde há a necessidade de uma coordenação, realizada de forma sistemática
                  e de instalações físicas apropriadas. Dessa forma, educação em saúde gestada no campo da saúde e dirigidas à escola estabelecem
                  princípios, objetivos, recomendações para a educação sexual de adolescentes tematizar a escola como espaço social. Trata-se de
                  uma produção que raramente se detém em discutir qual a especificidade da escola, como as teorias pedagógicas se relacionam com
                  essas propostas educativas e, desse modo, a escola passa a ser uma categoria homogênea (BRÊTAS, 2005). A Organização Mundial
                  da Saúde (WHO, 1996) relata como princípio vital de uma ação efetiva em educação e saúde o envolvimento do adolescente no
                  planejamento, na implementação e avaliação das ações, considerando os benefícios, envolvimento multissetorial e multidisciplinar e o
                  enfoque personalizado, segundo seu próprio contexto social. Conclui-se que vincular adolescentes e palestras com intuito de aquisição
                  de novos saberes envolve a abertura dos profissionais de saúde e educação as peculiaridades do seu universo, facultando o exercício da
                  cidadania e a transformação de sua realidade. Palavras-chave: Adolescente. Sexualidade. Saúde. Educação.




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