Page 182 - ANAIS_3º Congresso
P. 182

EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 271

                        Avaliação da satisfação e da mudança percebida dos usuários
                        do CAPS III de Londrina – PR


                        AUTOR PRINCIPAL: Giovanna Hasegawa Paro  |  AUTORES: Cristiane de Souza Gonçalves, Adriano Luiz da Costa Farinasso, Marcos
                        Hirata Soares  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR  |  E-mail: giovannaparo@hotmail.com
                          Introdução Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) constituem-se em dispositivos indispensáveis da rede de atenção psicossocial
                          por estarem em consonância com os preceitos da atual política de saúde mental e os princípios de universalidade e integralidade do
                          SUS. Submeter os CAPS a processos avaliativos, visando melhorar a qualidade de atenção à saúde ofertada, são maneiras de avaliar
                          e comparar a prática com o modelo ideal, e desejado, de intervenção. Objetivo: Avaliar a satisfação e a mudança percebida pelos
                          usuários do CAPS III de Londrina/PR. Metodologia: Estudo de natureza descritiva quantitativa, que está sendo realizado nos serviços da
                          rede de cuidados em saúde mental de Londrina–PR. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas realizadas com 78
                          usuários do CAPS III. Utilizou-se as escalas Escala de Satisfação dos Pacientes com os Serviços de Saúde Mental - SATIS/BR (BANDEIRA,
                          et al, 2011) e a Escala de Mudança Percebida/Usuários EMP (BANDEIRA; SILVA, 2012). Estas escalas, por serem de fácil compreensão,
                          podem ser utilizadas para avaliar os efeitos do tratamento aos usuários em serviços de saúde mental, incluindo o impacto terapêutico
                          das intervenções ali ofertadas. Resultados: Da população estudada, 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino, com idade
                          média de 40 anos sendo que 98,7% eram alfabetizados. Desse total, 80,8% sabiam seu diagnóstico. A escala SATIS/BR, possui três
                          fatores. No primeiro, é avaliado a satisfação com relação à competência e compreensão da equipe a respeito do seu problema. Neste
                          fator, a totalidade dos usuários apresentou uma média de respostas igual ou superior a 4, ou seja, demonstram sua satisfação com a
                          competência e compreensão da equipe. No segundo fator, 65,4% dos usuários responderam estar satisfeitos com a ajuda recebida no
                          serviço. Já no fator 3, 53,8% dos usuários assinalaram positivamente em relação à satisfação com as condições físicas. Em relação à
                          EMP, 89,7% afirmaram melhora após início do tratamento, 2,6% afirmaram se sentir pior e 6,4% não obtiveram mudança. Conclusão:
                          Pelos dados encontrados, conclui-se que os usuários do CAPS III se mostram satisfeitos com o serviço, especialmente em relação à
                          equipe e a ajuda recebida. Isto corrobora com a indicação da maioria dos entrevistados ao afirmarem sentir melhora com o tratamento
                          proposto e ofertado pelo CAPS III. Palavras-chave: Saúde Mental; Satisfação Pessoal; Usuários do CAPS.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Referências: BANDEIRA, M; ANDRADE, M. C. R; COSTA, C. S; SILVA, M. A. Percepção dos pacientes sobre o tratamento em serviços
                          de saúde mental: validação da Escala de Mudança Percebida. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2011 BANDEIRA, M; SILVA, M. A. Escala
                          de Satisfação dos Pacientes com os Serviços de Saúde Mental (SATIS-BR): estudo de validação. J Bras Psiquiatr. Minas Gerais, 2012



                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 280
                        Período Climatério e a procura pelo exame papanicolau

                        AUTOR PRINCIPAL: Andriele de Carvalho Torres  |  AUTORES: Leandra de Fátima Bento  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Tuiuti do
                        Paraná  |  Curitiba-PR  |  E-mail: andiele_@hotmail.com
                          Introdução: O climatério compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da mulher¹. Esta fase é onde aumenta
                          a incidência do câncer de colo de útero2 e diminui a procura pelo exame papanicolau. Objetivo: Descrever elementos que interferem na
                          procura ao exame papanicolau de mulheres em período climatérico. Metodologia: Revisão bibliográfica, qualitativa, através da análise
                          de artigos científicos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde. Foram utilizados como descritores: “exame papanicolau and meia idade”
                          associados e posteriormente os descritores “prevenção de câncer de colo uterino and aceitação pelo paciente de cuidados de saúde”.
                          Resultados: Na busca com os descritores “exame papanicolau and meia idade”, foram encontrados 2.576 artigos. Na segunda busca com
                          os descritores “prevenção de câncer de colo uterino and aceitação pelo paciente de cuidados de saúde”, foram encontrados 665 artigos.
                          Destes 5 atenderam os critérios de inclusão e foram analisados. Em relação ao período de publicação dos artigos, observou-se que 60%
                          estavam concentrados no período compreendido entre 2010 e 2015, apenas 40% foram publicados em 2006. Contatou-se que a maior
                          parte deles se tratava de pesquisa de campo, enquanto que apenas 20% eram de revisão bibliográfica. DISCUSSÃO: Nos artigos foram
                          encontrados alguns elementos que podem ser considerados barreiras para a realização do exame Papanicolau, entre eles estão os seguintes
                          elementos: “Vergonha/embaraçoso” em 3 artigos (60%)3, 4 ,5 ; “Medo” foi apontado em 1 artigo (20%)3; “Desconhecimento do exame”
                          foi mencionado em 2 artigos (40%)4, 5; “não estar mais em idade fértil”, “achar que não é necessário realizar” e “sem companheiro foi
                          apontado em 1 artigo (20%), cada um5, 4; “Falta de tempo” foi encontrado em 1 artigo (20%)4; “Dificuldade no agendamento” foi apontado
                          em 3 artigos (60%)3, 4, 5; “desigualdade racial” foi descrita em 2 artigos (40%)4, 5. Considerações finais: De acordo com a análise
                          dos artigos os elementos que podem interferir na realização do exame papanicolau em mulheres no climatério foram: vergonha, medo,
                          desconhecimento do exame, não estar em idade fértil, achar que não é necessário realizar, sem companheiro, falta de tempo, dificuldade
                          no agendamento e desigualdade racial. Salienta-se a necessidade do enfermeiro desempenhar a função de facilitador na abordagem da
                          prevenção do câncer de colo de útero. Palavras-chave: Climatério. Exame papanicolau. Prevenção de câncer de colo uterino.
                          Referências: 1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégias. Manual
                          de atenção a mulher no climatério\menopausa. Brasília (DF): Ministério de Saúde; 2008. (série A. Normas e Manuais Técnicos). p. 11-15.
                          [acesso 2015 set 09]. Disponível em:. 2 - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (Brasil). Estimativa 2014: Incidência de câncer no Brasil. Rio
                          de Janeiro, 2014. [acesso 2015 set 14]. Disponível em: 3 - RAFAEL, Ricardo de Mattos Russo and MOURA, Anna Tereza Miranda Soares de
                          . Barreiras na realização da colpocitologia oncótica: um inquérito domiciliar na área de abrangência da Saúde da Família de Nova Iguaçu, Rio
                          de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2010, vol.26, n.5, pp. 1045-1050. [acesso 2015 out 13]. Disponível em: 4 - BRISCHILIARI, Sheila
                          Cristina Rocha; DELL’AGNOLO, Cátia Millene; GIL, Laís Moraes; ROMEIRO, Tiara Cristina; GRAVENA, Ângela Andréia França; CARVALHO, Maria
                          Dalva de Barros; PELLOSO, Sandra Marisa. Papanicolaou na pós-menopausa: fatores associados sua não realização. Cad. Saúde Pública.
                          2012, vol.28, n.10, pp. 1976-1984. [acesso 2015 out 13]. Disponível em: 5 - AMORIM, Vivian Mae Schmidt Lima; BARROS, Marilisa Berti
                          de Azevedo; CÉSAR, Chester Luiz Galvão; CARANDINA, Luana; GOLDBAUM, Moisés. Fatores associados à não realização do exame de
                          Papanicolaou: um estudo de base populacional no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2006, vol.22, n.11, pp.
                          2329-2338. [acesso 2015 out 13]. Disponível em:
         182
   177   178   179   180   181   182   183   184   185   186   187