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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 151

                        Trânsito Palotinense - Um Desafio Diário


                        AUTOR PRINCIPAL: Roseli Kich Viecieli  |  AUTORES: Marlene Maria Weber Rubert  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde  |
                        Palotina-PR  |  E-mail: roseli.viecieli@hotmail.com

                          O município de Palotina, oeste do Paraná, com 30.859 habitantes (IBGE 2010), frota aproximada de 22.000 veículos automotores,
                          ou seja, um veículo para cada 1,4 habitante, passa de cidade pacata para violenta quando considerados os altos índices de acidentes
                          de trânsito e vítimas atendidas no Hospital Municipal Prefeito Quinto Abrão Delazeri–única porta de entrada SUS para atendimentos de
                          urgência e emergência. A experiência que se pretende mostrar no 3º Congresso Paranaense de Saúde Pública consiste da apresentação
                          de dados levantados e monitorados durante 07 (sete) anos, obtidos através da consulta à prontuários médicos da unidade hospitalar.
                          Número de vítimas de acidente de trânsito, número de óbitos, tipo de veículo, idade do paciente, horário do ocorrido e dia da semana
                          da ocorrência dos acidentes. Com a divulgação e socialização desses dados, aconteceram várias parcerias no município, Secretaria
                          de Saúde, Educação e Obras, Detran, Polícia Civil e Militar, Associação Comercial, Bombeiro Comunitário, Ministério Público. Estes
                          atores lançaram mão e fizeram acontecer diversas ações sobre conscientização e educação no trânsito: palestras em todas as
                          comunidades do interior, empresas, escolas, clubes de serviço, de mães e terceira idade. Discussão da problemática do trânsito em
                          duas Conferências Municipais de Saúde e dois Fóruns Municipais sobre Trânsito, Blitz educativas e repressivas, simulados de acidente
                          de trânsito, abordagem teatral com “vítimas” cadeirantes, conscientização em festas alusivas à São Cristóvão, parceria com igrejas para
                          sensibilização, Projeto para Ministério da Saúde sobre DANT´s – Doenças e Agravos Não Transmissíveis, contemplação e aplicação dos
                          recursos em ações educativas, concursos em escolas e concurso interno para profissionais de saúde, Caminhadas noturnas pela Paz no
                          Trânsito – são ações desenvolvidas no decorrer destes sete anos. O resultado deste trabalho sensibilizou o poder público, que elaborou
                          e implantou projeto de revitalização das duas principais avenidas, que implicou em reestruturação radical – corte de árvores grandes
                          e antigas que melhoraram a visibilidade e circulação de veículos, calçadas e ciclovia central. A sinalização de trânsito foi melhorada
                          e foi implantado sistema binário que permite vias rápidas em ruas paralelas as avenidas centrais. Implantação de elevados redutores
                          de velocidade em pontos estratégicos. Discussão e avaliação constante dos resultados através do Conselho Consultivo do Trânsito.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Palavras-chave: Trânsito. Vítimas. Conscientização. Ações.
                          Referências: www.cidades.ibge.gov.br www.detran.pr.gov.br SAME - Serviço de Arquivo Médico do Hospital Municipal Prefeito Quinto
                          Abrão Delazeri - Palotin


                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 163

                        Relato de Experiência da Implantação do Modelo de Atenção às
                        Condições Crônicas (MACC) na 15ª Regional de Saúde (15ª RS)

                        AUTOR PRINCIPAL: Francielle Renata Danielli Martins Marques  |  AUTORES: Lucia Toshico Shimazaki, Norico Miyagui Misuta, Bruna
                        Milagres Ribeiro  |  INSTITUIÇÃO: CISAMUSEP e 15ª Regional de Saúde  |  Maringá-PR  |  E-mail: enfermagemassistencial@cisamusep.org.br
                          Atualmente há uma crise entre a oferta de serviços de saúde, feita de forma fragmentada, episódica e voltada às condições agudas, e
                          a necessidade em saúde da população. A organização dos serviços de forma integrada em Redes de Atenção à Saúde (RAS) mostra-
                          se a melhor estratégia para racionalizar recursos e obter impactos positivos na qualidade de vida da população (MENDES, 2011). As
                          RAS possuem em comum a integração comunicacional de todos os pontos de atenção à saúde, empoderamento dos usuários para o
                          autocuidado, manejo efetivo de portadores de condições crônicas e diretrizes clínicas baseadas em evidências (SHIMAZAKI, 2008). A 15ª RS
                          tem se organizado de acordo com o MACC proposto por Mendes, visando à melhoria da saúde de portadores de condições crônicas através
                          de uma transformação do sistema (MENDES, 2012). A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná definiu que o MACC seria implantado
                          gradualmente nos Centros de Especialidades do Paraná (CEP) de Toledo e Maringá. Na 15ª RS, após o primeiro seminário sobre o MACC,
                          dois municípios apresentaram os requisitos necessários à implantação, Maringá e Munhoz de Mello. Os requisitos eram a estratificação de
                          risco pela Atenção Primária em Saúde (APS), equipe NASF e adesão ao processo de tutoria. Feita a adesão à tutoria das UBSs, capacitações
                          das equipes e visita às UBS Tancredo Neves de Munhoz de Mello e Céu Azul de Maringá, as atividades do CEP se iniciaram em 01/10/2014
                          com o atendimento da equipe multiprofissional aos usuários estratificados. Ao final de 2014, as UBS conquistaram a primeira etapa
                          da tutoria, o selo bronze, que se traduz em melhoria das condições estruturais, preservação da segurança do paciente e efetivação da
                          estratificação de risco. Na avaliação de um ano de funcionamento do MACC observou-se o fim do “efeito velcro”, em que o usuário mesmo
                          estabilizado era mantido no especialista; atendimento somente dos diabéticos e hipertensos estratificados como de maior risco; terapêutica
                          baseada nas linhas guias; elaboração de planos de cuidados para execução pela APS e estabilização dos pacientes hipertensos e diabéticos.
                          A mudança no paradigma de atendimento melhora a qualidade de vida dos usuários, dá significado ao trabalho das equipes de saúde e
                          promove um estreitamento da relação entre o CEP e APS. Contudo, fica o desafio de ampliação do atendimento a todos os municípios da
                          15ª RS e de outras condições de saúde. Palavras-chave: Redes de Atenção à Saúde. Modelo de Atenção às Condições Crônicas.
                          Referências bibliográficas: MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
                          MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da
                          saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. SHIMAZAKI, Maria Emi. O prontuário da saúde da família. Belo
                          Horizonte, SAS/SAPS/SESMG, 2008.


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