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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 121

                        Bolsa Família na saúde: estratégias para fortalecimento
                        do acompanhamento das famílias, em Piraquara/PR


                        AUTOR PRINCIPAL: Luna Rezende Machado de Sousa  |  AUTORES: Karin Luciane Will, Fabio Consoli, Valdeira Aparecida Ferreira,
                        Ana Lucia Zambão  |  INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Piraquara  |  Piraquara-PR |  E-mail: lunarms@gmail.com

                          Caracterização  do  problema:  Piraquara,  localizada  na  Região  Metropolitana  de  Curitiba,  tem  população  estimada  em  104.481
                          habitantes, destes, 17% (4.922 famílias) recebem o auxílio do Programa Bolsa Família (PBF). Distribuída em nove Unidades de Saúde,
                          a Atenção Básica do município enfrenta o desafio de atingir a meta de 75% no acompanhamento da condicionalidade saúde, das
                          famílias inscritas no PBF. Fundamentação Teórica: O PBF, instituído em 2003, é um programa de transferência direta de renda às
                          famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita de até R$154 mensais, que visa garantir os direitos básicos
                          à alimentação, educação e saúde. A operacionalização do PBF é intersetorial, pois o recebimento do auxílio financeiro é condicionado
                          à frequência escolar das crianças e adolescentes; à atualização do cadastro familiar nos Centros de Referência de Assistência Social;
                          e ao acompanhamento semestral das condições de saúde da família. Descrição da experiência: Em 2014 implantou-se o Comitê
                          Intersetorial do PBF em Piraquara, composto com representantes da sociedade civil, e das secretarias afins (Educação, Saúde e
                          Assistência Social). Desde então, como resultados da articulação deste Comitê, foram desenvolvidas as seguintes ações: vinculação do
                          acompanhamento de saúde do PBF e do Programa Leite das Crianças, por meio de Carteirinha única; vinculação do acompanhamento de
                          saúde do Programa Saúde na Escola, com o PBF, por meio de formulário único, para preenchimento das condicionalidades estabelecidas
                          por ambos os programas; visitas do Comitê às famílias em descumprimento das condicionalidades; utilização do IGD (recurso financeiro
                          federal vinculado ao acompanhamento das condicionalidades do PBF) para compra de equipamentos antropométricos; incremento em
                          16% (10) no total de Agentes Comunitários de Saúde. Efeitos alcançados: Com as estratégias implantadas, desde 2014, Piraquara
                          tem avançado no acompanhamento das condições de saúde das famílias inscritas no PBF. Em 2013 o percentual alcançado foi de
                          59%; já em 2014 o mesmo subiu para 74%; e em 2015 a meta (75%), proposta pela 2ª Regional de Saúde, foi ultrapassada quando
                          o município atingiu 85% de cobertura no acompanhamento das condicionalidades de saúde do PBF. Recomendações: Esta experiência
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          mostrou que promover a participação social e a articulação intersetorial é fundamental para o fortalecimento do acompanhamento em
                          saúde das famílias do PBF. Palavras-chave: Saúde da Criança. Programas e Políticas de Nutrição e Alimentação. Ação Intersetorial.
                          Referências bibliográficas:  BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Boletim: o Brasil sem miséria no
                          seu município, Piraquara/PR. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de orientações sobre o Bolsa Família na saúde. 3. ed.
                          Brasília: Ministério da Saúde, 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). IPARDES (INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO
                          ECONÔMICO E SOCIAL). Caderno Estatístico Município de Piraquara. 2016.



                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 125

                        As Redes de Atenção à Saúde na Região Oeste do Paraná:
                        êxitos e desafios

                        AUTOR PRINCIPAL: Vilmar Covatti  |  AUTORES: José Joacy Rabelo de Oliveira, Sandra Regina Villa Andreani, Denise Novaes, Franciele de Mari
                        |  INSTITUIÇÃO: CISCOPAR - Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná  |  Toledo-PR  |  E-mail: dir.saude@ciscopar.com.br
                          Problema: Com sua eficiência testada e aprovada por onde foi implantado, o MACC (Modelo de Atenção às Condições Crônicas)
                          representam hoje uma opção viável (e necessária) de mudança no modelo de atenção à saúde, pois o modelo biologicista, centrado
                          no profissional médico não tem conseguido atender a nova realidade epidemiológica no Brasil e no Mundo. Fundamentação Teórica: O
                          envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida expõem a população a doenças crônicas por mais tempo (MENDES,
                          2011). Descrição da Experiência: Por isso a 20° Regional de Saúde e o Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná
                          (Ciscopar) optaram por este modelo, com foco a pacientes Diabéticos, Hipertensos e a Gestante de alto risco e muito alto risco. Os
                          atendimentos são realizados em rede, envolvendo os demais níveis de atenção, tendo a atenção primária como porta de entrada no
                          sistema. Efeitos Alcançados: Com início em Novembro de 2014, o MACC/Ciscopar conseguiu ótimos resultados em seu primeiro ano
                          de atendimentos. Neste trabalho descrevemos o processo de implantação do MACC em nível ambulatorial (secundário) na região Oeste
                          do Paraná, realizando atendimentos aos pacientes pertencentes aos dezoito municípios compreendidos pela 20° Regional de Saúde
                          do Paraná, assim como procuramos descrever os principais desafios enfrentados e os êxitos obtidos. Com 71,42% dos pacientes
                          encaminhados ao serviço estabilizados após a segunda consulta, o MACC tornou-se uma opção viável para solucionar problemas antigos
                          como a necessidade de humanização aos pacientes crônicos, o enfrentamento da redução de custos nos serviços de saúde em todos os
                          níveis e a redução da fila por atendimentos de alta complexidade. Recomendações: Consideramos importante o vínculo entre a equipe e
                          o usuário do sistema, para proporcionar melhor adesão ao sistema e aos planos de cuidado, bem como fundamental a integração com
                          a atenção básica, para a correta extratificação e encaminhamento dos pacientes ao nível secundário. Palavras-chave: Redes. MACC.
                          Estratificação. CISCOPAR.
                          Referências: MENDES, Eugênio Villaça,. As redes de Atenção à Saúde. Organização Pan-americana de Saúde. 2 ° Edição. Brasília:
                          2011.



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