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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 85

                 Chronic Care Model: preditores entre idosos com hipertensão
                 arterial, Diabetes Mellitus e doença renal crônica


                 AUTOR PRINCIPAL: Líliam Barbosa Silva  |  AUTORES: Patrícia Aparecida Barbosa Silva; Sônia Maria Soares; Francielle Carolina Santos;
                 Raquel Melgaço Santos  |  INSTITUIÇÃO: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG)  |  Belo Horizonte-MG
                 |  E-mail: ligemeasbh@yahoo.com.br
                  Introdução: Atualmente, o modelo de gestão que se apresenta como mais apropriado para o cuidado de doenças crônicas é o Chronic
                  Care Model (CCM). Nesse sentido, a prestação de cuidados de saúde a idosos com doenças crônicas, considerando o impacto na saúde
                  pública, deve estar em concordância com o CCM, o que nem sempre tem sido observado. Objetivo: Avaliar a qualidade do cuidado a
                  idosos com hipertensão arterial (HA), diabetes mellitus (DM) e/ou doença renal crônica (DRC) na perspectiva do Chronic Care Model.
                  Metodologia: Estudo transversal de base populacional, envolvendo 208 idosos, residentes na região Noroeste de Belo Horizonte, MG.
                  Realizaram-se visitas domiciliares em 152 setores censitários sorteados aleatoriamente. A qualidade da assistência percebida pelo
                  usuário foi avaliada pelo instrumento Patient Assessment of Chronic Illness Care (PACIC). A função renal foi estimada pela equação
                  Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). Qualidade de vida (QV) foi avaliada com o World Health Organization
                  Quality of Life-Bref (WHOQOL-bref). O escore PACIC foi categorizado como variável dependente (abaixo e acima do valor da mediana).
                  Utilizou-se regressão logística Forward, e a qualidade do ajuste do modelo pelo teste “goodness-of-fit”. Resultados: Dos 208 idosos,
                  apenas 75 (36,1%) eram usuários da unidade básica de saúde. Desses, 51 (68%) eram mulheres, idade mediana 72 anos (IQ 66-79),
                  100% hipertensos, 46,7% diabéticos e 37,3% DRC. A mediana (intervalo interquatílico) do escore total do PACIC foi semelhante entre
                  os grupos: 1,6 (1,3-2,3) para HA; 1,6 (1,4-2,1), DM e 1,8 (1,4-2,3), DRC. A subescala “suporte às decisões” apresentou o maior escore
                  para ambos os grupos, enquanto a subescala “paciente ativo” (HA e DRC) e “resolução de problemas” (DM) obteve os menores escores.
                  Na análise multivariada, apenas “qualidade de vida” boa (OR: 4,7; IC 95%: 1,5-14,3) e domínio “Relações sociais” (OR: 1,06; IC 95%:
                  1,01-1,11) estiveram associados com o escore PACIC, ajuste do modelo favorável. Perderam significância estatística no modelo final as
                  variáveis “percepção de saúde”, domínios Físico, Psicológico e Meio Ambiente. Palavras-chave: Chronic Care Model. Saúde do Idoso.
                  Condições Crônicas.
                  Referências: 1 CASILLAS, A. et al. No consistente association between processes-of-care and health related quality of life among
                  patients with diabetes: a missing link? BMJ Open Diabetes Research and Care, v. 3, p.e000042, 2015.



                EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 88


                 A produção de imagens feita por mulheres com alopécia
                 decorrente da quimioterapia antineoplásica

                 AUTOR PRINCIPAL: Marilei de Melo Tavares e Souza  |  AUTORES: Thiago Augusto Soares Monteiro da Silva; Nébia Maria Almeida de
                 Figueiredo; Maria José Coelho; Joanir Pereira Passos  |  INSTITUIÇÃO: UNIRIO/USS  |  Rio de Janeiro-RJ  |  E-mail: marileimts@hotmail.com

                  Mulheres portadoras de câncer passam a ter o seu corpo fragmentado a partir da cirurgia nos casos de neoplasia mamária, em que é
                  realizada segmentectomia, quadrantectomia, mastectomia e a quimioterapia antineoplásica, o que pode ocasionar queda dos cabelos,
                  escurecimento das unhas, hiperpigmentação da pele e assim vão aos poucos perdendo seus traços de identidade feminina. Além dos
                  traços estéticos elas convivem diariamente com o medo de perder a luta para a morte. O estudo teve por objetivo identificar reações
                  de mulheres submetidas à quimioterapia antineoplásica frente à perda de seu cabelo. Discutir as implicações advindas da alopecia para
                  implantação de estratégias para o cuidado a clientes com câncer em quimioterapia antineoplásica. A metodologia utilizada na pesquisa
                  foi qualitativa com abordagem metodológica da sociopoética. Esta pesquisa teve como cenário o Centro Oncológico no município de
                  Vassouras/RJ. Participaram do estudo 30 mulheres em tratamento quimioterápico antineoplásica neo-adjuvante ou adjuvante após
                  o primeiro ciclo do protocolo quimioterápico estabelecido. Com aprovação do CEP, atendendo a Resolução 466/12. Foi realizada
                  uma dinâmica de sensibilidade e criatividade e entrevista. Os resultados apontam categorias: o corpo holístico, o corpo belo, o corpo
                  ecológico e corpo doente/mutilado. No corpo holístico as clientes utilizaram imagens de famílias e figuras religiosas para representar
                  esse momento que vivenciaram a queda dos cabelos dando ênfase na importância da família e da religião para esse momento difícil.
                  O corpo belo a maioria das pacientes representou que sua feminilidade não foi afetada pela alopecia e que se importaram em estar
                  vivas. O corpo ecológico utilizaram imagens de animais e paisagens para representar essa fase como sendo de transformação. E o corpo
                  doente/mutilado mostraram que mesmo com a alopecia elas se mantiveram conscientes de que a alopecia é passageira. Concluímos
                  que o descobrimento do câncer remete a estigmas sociais, as quais se fazem em forma de tratamento, que é bastante agressivo levando
                  a várias reações adversas para o corpo das mulheres que se descobrem com câncer, porque já sabem que terão muitas mudanças em
                  seu corpo e das múltiplas possibilidades de morte durante o tempo que durar o tratamento. Em síntese, este estudo configura-se como
                  uma contribuição para o cuidado de enfermagem à mulheres com alopecia em decorrência do tratamento quimioterápico. Palavras-
                  chave: Enfermagem. Alopecia. Quimioterapia antineoplásica.



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