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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                   TRABALHO 43

                       A importância do vínculo entre paciente e a equipe do serviço
                       de atenção domiciliar no processo de recuperação da saúde


                       AUTOR PRINCIPAL: Hellen Patricia Zaine  |  AUTORES: Carla Daniele de Oliveira  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde  |
                       Paranavai-PR  |  E-mail: hpzaine@hotmail.com

                         Caracterização do Problema: Paciente encaminhando pelo Pronto atendimento municipal (PAM) com diagnóstico de infecção de trato urinário
                         e ulcera de pressão infectada em região sacral para antibioticoterapia e curativos diários. Histórico de tetraplegia por acidente automobilístico
                         há 8 anos, com reincidência de internações. Permaneceu em internação domiciliar de 30/07/2014 a 06/01/2015. Fundamentação teórica:
                         O envolvimento do usuário, família e profissionais na assistência domiciliar constitui traço importante para a efetivação dessa modalidade de
                         atendimento, a equipe deve respeitar o espaço familiar, contribuir para preservação dos laços afetivos das pessoas e fortalecer a autoestima,
                         ajudando a construir ambientes mais favoráveis à recuperação da saúde e a humanização da atenção à saúde por envolver as pessoas no processo
                         de cuidado, potencializando a participação ativa do sujeito no processo saúde-doença. Descrição da experiência: O paciente recebeu avaliação
                         médica e orientações sobre a proposta do programa pela assistente social. A equipe iniciou o atendimento ao paciente que apresentava total
                         dependência de terceiros para seus cuidados pessoais. Buscou à medida que o paciente e cuidador permitiam discutir o procedimento realizado e
                         adequações no ambiente domiciliar necessários ao sucesso do tratamento, garantindo informação e autonomia sem revitimizar o paciente e sua
                         condição. O respeito à dinâmica e crenças da família permitiu perceber potencialidades ainda não exploradas ou não percebidas tais como alguns
                         reflexos durante os atendimentos realizados e identificação de um familiar disposto a aprender os cuidados que o paciente necessita. Efeitos
                         alcançados: O paciente até sua inclusão no programa apresentava um histórico de internações frequentes, as ultimas três foram pelo mesmo
                         diagnostico que justificou seu encaminhamento para o Programa Melhor em casa ( implantando no município em julho de 2014), após sua alta
                         da internação domiciliar não apresentou até 10/04/2016 novas internações. O vinculo de confiança em sua recuperação possibilitou avanços
                         no seu processo de autonomia mesmo antes de retomar o acompanhamento fisioterápico, como por exemplo, se alimentar e interagir em redes
                         sociais sem auxilio de terceiros.  Palavras-chave: Vínculo. Programa Melhor em Casa. Domicílio.
                         Referências bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. v. 1. Brasília, Ministério da Saúde, 2012. BRASIL.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. v. 2. Brasília, Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS:
                         Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4 ed. 1ª reimpressão, Série B, Textos Básicos de Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
                         Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização Brasília, 2008. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoeshumanizasus_
                         gestores_trabalhadores_sus_4ed.pdf> Acesso em: 30 de Março de 2016.


                       EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                   TRABALHO 45

                       Relato de Experiência: fortalecimento de um Núcleo
                       Hospitalar de Epidemiologia


                       AUTOR PRINCIPAL: Karen Cristina Kades Andrigue  |  AUTORES: Letícia de Lima Trindade, Andressa Silva.  |  INSTITUIÇÃO: Universidade
                       Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó  |  Chapeço-SC  |  E-mail: karenandrigue@unochapeco.edu.br

                         Caracterização do problema: A notificação compulsória (NC) consiste na comunicação de doenças e agravos. Incrementando as informações das
                         Doenças de Notificação Compulsória (DNC), o Ministério da Saúde (MS) instituiu os Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE). Porém, as atividades
                         de ensino e pesquisa, e a divulgação dos dados, ainda não estão consolidadas os fragilizando. Fundamentação teórica: A lista de agravos de DNC
                         encontra-se na Portaria nº104/2011, que prevê que a comunicação deve ser feita às autoridades sanitárias, visando à adoção das medidas de
                         controle. Contudo, estudo realizado aponta que persistem dificuldades na coleta, análise e divulgação das informações, sinalizando a necessidade de
                         qualificação. Descrição da experiência: Com isto, o componente Ensino e Inovação do Mestrado em Ciências da Saúde da Unochapecó, propôs
                         uma prática de intervenção. Aqui relatam-se as ações de três mestrandas, em um hospital de grande porte. Para intervenção foram definidos, quinze
                         coordenadores de enfermagem e dois colaboradores do NHE, enquanto multiplicadores da prática. Inicialmente realizou-se uma Roda de Conversa,
                         na qual os mestrandos explanaram sobre o NHE e as DNC e problematizaram, o processo de identificação de agravos, o procedimento de NC e as
                         possibilidades para sua qualificação. Na discussão emergiram sugestões que auxiliaram na sequência de atividades. Elaborou-se um material, listando
                         as DNC e o papel do NHE, o qual foi fixado nos postos de enfermagem. O impresso, foi replicado, e expandiu-se a entrega e orientação a todos os
                         colaboradores da enfermagem. Ainda, elaborou-se um banner, exposto em área de grande circulação. Efeitos alcançados: Na segunda Roda de
                         Conversa, com o grupo inicial a avaliação da ação foi positiva, relatou-se o aumento da procura ao serviço, o material instigou dúvidas quanto as DNC.
                         Este foi incorporado como material educativo para novos colaboradores. Recomendações: Discutiu-se as fragilidades do NHE, quanto as ações de
                         ensino e divulgação de boletins. Contudo, duas colaboradoras, notificam, investigam, coletam os exames relacionados as DNC e digitam os casos
                         o que não lhes permite ir além. Neste viés, a enfermagem relatou sua dificuldade estar no dimensionamento insuficiente. Desta forma, emergiu a
                         preocupação não somente quanto a NC, mas a assistência ao paciente. Portanto, a discussão com os coordenadores, apontou que tão eminente
                         quanto a necessidade de reforço nas NC está a adequação de colaboradores. Palavras-chave: Notificação de Doenças. Vigilância Epidemiológica.
                         Educação Continuada.
                         Referências bibliográficas: SIQUEIRA FILHA, Noêmia Teixeira de; VANDERLEI, Lygia Carmen de Moraes; MENDES, Marina Ferreira de Medeiros.
                         Avaliação  do  Subsistema  Nacional  de  Vigilância  Epidemiológica  em  Âmbito  Hospitalar  no  Estado  de  Pernambuco,  Brasil.  Epidemiol.  Serv.  Saúde,
                         Brasília , v. 20,n. 3,p. 307-316, set. 2011 . CERRONI, Matheus de Paula; CARMO, Eduardo Hage. Magnitude das doenças de notificação compulsória e
                         avaliação dos indicadores de vigilância epidemiológica em municípios da linha de fronteira do Brasil, 2007 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.
                         24, n. 4, p. 617-628, dec. 2015 BRASIL, Portaria n° 2.529, de 23 de novembro de 2004. Institui o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
                         em Âmbito Hospitalar. . Brasília. Ministério da Saúde, 2005


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