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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                   TRABALHO 98

                  Assistência domiciliar no núcleo de Saúde da Família 3 –
                  Ribeirão Preto-SP


                  AUTOR PRINCIPAL: Amanda R. S. Goshima Kronka  |  AUTORES: Luane M. Mello  |  INSTITUIÇÃO: Hospital das Clínicas de Ribeirão
                  Preto - SP (HCFMRP-USP)  |  Ribeirão Preto-SP  |  E-mail: amandagoshima@gmail.com

                   Introdução: O Ministério da Saúde define Saúde da Família como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada
                   mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, que possui como uma de suas competências, a Assistência
                   Domiciliar (AD). Segundo a OMS, AD é “a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar
                   e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna”. Assim, a AD representa valioso
                   instrumento de monitorização da saúde das famílias, favorecendo o acompanhamento clínico, evitando a hospitalização e suas consequências,
                   além importante recurso de humanização do atendimento. Objetivo: Identificar o perfil clínico-epidemiológico dos indivíduos atendidos em AD no
                   Núcleo de Saúde da Família 3 no período de 2001 a 2012 e nortear estratégias de aprimoramento do atendimento. Método: Estudo transversal
                   para avaliar as características clínico-epidemiológicas, ciclo de vida, doenças associadas e aspectos relacionados à AD solicitada pelos moradores
                   da área de abrangência do NSF3 do Município de Ribeirão Preto-SP. Utilizou-se dados secundários de 150 prontuários de indivíduos que receberam
                   AD no período, selecionados por aleatorização estratificada. Os prontuários foram analisados quanto aos critérios de elegibilidade, selecionados,
                   os dados foram coletados e analisados. Resultados: Observou-se média geral de idade de 74,7 (15,4) anos, sendo 73,3% mulheres. Dificuldade
                   de deambulação foi referida em 36,7% das AD, alguma queixa em 46,7% e outros motivos em 16,7%. A equipe apontou como principal dificuldade
                   a falta de objetividade na solicitação da AD, referida em 26,7% dos casos. CONCLUSÃO: Os idosos foram os que mais receberam AD devido
                   ao próprio processo de envelhecimento, porém outras situações, como pós-operatórios e queixas súbitas motivaram o atendimento em muitos
                   casos. Verificou-se que a falta de objetividade nas solicitações de AD dificultou o serviço. O presente estudo é inédito no sentido de avaliar as
                   características da população em AD do município de Ribeirão Preto, subsidiando novos conhecimentos necessários para orientar a sistematização
                   de AD mais efetiva e eficaz. Palavras-chave: Assistência Domiciliar, Estratégia de Saúde da Família, Visita Domiciliar.
                   Referências: 1. SAVASSI, LCM; DIAS, MF; DIAS, MB; SÁ, MMG, SÁ, MJ. Relatoria do GESF: Módulo Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde
                   da Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006 (Relatório, 20p). 2. PORTARIA Nº2529 19/10/2006. http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/
                   Port2006/GM/GM-2529.htm 3.Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição Manual de assistência domiciliar na atenção primária à
                   saúde; organizado por José Mauro Ceratti Lopes. Porto Alegre: Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, 2003.


                 EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 105


                  Mudança de tecnologia em central de materiais
                  para redução de custos hospitalares


                  AUTOR PRINCIPAL: Viviane Vidotti  |  AUTORES: Marilia Ferrari Conchon; Patrícia Santos; Fernanda Novaes Moreno; Christiano A.
                  Sambatti Pieralisi  |  INSTITUIÇÃO: Hospital Evangélilco de Londrina  |  Londrina - PR  |  E-mail: vivianevidotti@yahoo.com.br

                   Introdução:  Apesar da crescente evolução tecnológica referente às embalagens de materiais médico hospitalares em Central de Materiais
                   e Esterilização (CME), a escolha adequada do invólucro ainda se configura em fator crítico no que se refere à associação entre qualidade de
                   barreira microbiana e custo-benefício de aquisição e utilização. Há tempos que o campo de algodão cru é considerado embalagem de melhor
                   custo-benefício, porém a dificuldade do controle do número de reprocessamentos e a perecibilidade deste invólucro, além da pequena data
                   limite de uso que possibilita, comprometem o adequado atendimento da alta demanda cirúrgica e podem colocar em risco a segurança do
                   paciente cirúrgico, principalmente no que se refere a aumento das taxas de infecção. Objetivo: Comparar o custo direto dos campos de algodão
                   cru reutilizáveis e de mantas de polipropileno descartáveis enquanto embalagens de artigos médico-hospitalares. Método: Estudo comparativo
                   de abordagem quantitativa, com enfoque no custo direto de campos de algodão cru reutilizáveis e de mantas de polipropileno descartáveis,
                   realizado em um hospital filantrópico do Norte do Paraná. A população de estudo foi composta de dados secundários referentes ao ano de 2014.
                   Resultados: Identificou-se um menor custo médio de utilização das mantas de polipropileno descartáveis quando comparadas aos campos de
                   algodão cru reutilizáveis, gerando economia média anual de R$ 7.513,00. Apesar de serem passíveis de reutilização, os campos de algodão cru
                   por apresentarem característica de não repelência a líquidos e a baixa vida útil por desgaste permitem data limite de uso de sete dias o que eleva
                   o número de reprocessamentos dos instrumentais por data limite de uso vencida. Já as mantas de polipropileno descartáveis além de configurarem
                   barreira microbiana eficaz, permitem a repelência a líquidos, diminuindo a contaminação do material estéril relacionada a eventos e permitindo
                   uma data limite de uso de 60 dias após esterilização, o que justifica a economia na utilização deste insumo como embalagem de escolha no que
                   se refere a menor custo e melhor qualidade. Conclusão: Além da comprovada redução de custos pela substituição das embalagens, os resultados
                   apresentados revelam a importância da associação entre saber técnico e gerencial do enfermeiro como ferramenta para auxiliar a alocação
                   adequada de recursos na instituição, com foco na segurança e melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente.  Palavras-chave:
                   Central de Material Esterilizado. Gestão do trabalho. Custos.
                   Referências bibliográficas: Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à assistência à saúde (APECIH). Limpeza,
                   desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH; 2010 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de
                   Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC 15 de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o reprocessamento de
                   produtos para saúde e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União; 13/03/2012. GRAZIANO KU; SILVA A; PSALTIKIDIS EM. Enfermagem
                   em Centro de Material e Esterilização. Barueri, SP: Manole, 2011 Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica
                   e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas recomendadas, 5 ed. São Paulo: SOBECC, 2012.Associação Paulista de Epidemiologia
                   e Controle de Infecção Relacionada à assistência à saúde (APECIH). Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São
                   Paulo: APECIH; 2010
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