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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 153


                       Experiências de Educação Permanente em Saúde na
                       Atenção Primária


                       AUTOR PRINCIPAL: Ligia Márcia Toledo Faria Vicente  |  AUTORES: Não há  |  INSTITUIÇÃO: UFRGS  |  Porto Alegre-RS  |
                       E-mail: ligia_mtf@hotmail.com

                         Segundo a Portaria nº 278 de 27/02/14 que institui a Política de Educação Permanente em Saúde do MS considera-se (EPS): aprendizagem no
                         trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho, baseando-se na aprendizagem significativa e
                         na possibilidade de transformar as práticas dos trabalhadores da saúde, apresentando-se como uma nova visão na concepção e nas práticas de
                         capacitação dos recursos humanos. Através de mudanças no processo-aprendizagem que possibilitem: incorporar o ensino e o aprendizado ao
                         cotidiano das organizações e às práticas sociais e laborais na sua realidade; modificar as estratégias educativas, a partir da prática como fonte
                         de conhecimento e de problemas; centralizar nas pessoas o papel de atores reflexivos da prática e construtores do conhecimento e diferentes
                         modos de ação, ao invés de receptores; promover interação entre equipe e grupos de trabalho, priorizando o pensamento coletivo; estimular a
                         intersetorialidade dos espaços educativos buscando outros espaços na comunidade. Utilizando-se conceitos da EPS, realizaram-se práticas com
                         uma equipe de ACS da UBS “Serraria do Rocha” do Município de Paranaguá” com a colaboração de profissionais e de estudantes de Saúde
                         Coletiva da UFPR litoral, participantes do PET-Saúde. No primeiro encontro, resgatou-se alguns conceitos a respeito das Pcd, os participantes foram
                         convidados a adentrar descalços e vendados com auxílio de um guia no “Jardim das Sensações”. Espaço preparado com objetos de diferentes
                         texturas em circuito (ex: esponja áspera e macia, flores de plástico, brinquedos, temperos) onde se podia explorar o ambiente usando apenas os
                         sentidos do tato, audição e olfato para descobrir quais são os objetos. Outra prática foi a “Tenda do Conto” ferramenta de diálogo que surgiu a partir
                         da iniciativa de profissionais de uma UBS em Natal/RN. Os participantes levam objetos que simbolizam histórias vividas e que possam compartilhar
                         com o grupo, possibilitando um aprendizado coletivo que aumenta o elo entre a equipe e o usuário de saúde, favorecendo a interação entre as
                         pessoas. A partir desse trabalho foi possível experimentar na prática o dito popular trazido pelo psiquiatra Adalberto de Paula Barreto, criador da
                         Terapia Comunitária Integrativa há 20 anos na UFCE. “Quando a boca cala, o corpo fala, e quando a boca fala, o corpo sara”. Buscou-se nesse
                         trabalho aplicar os conceitos da EP, utilizando métodos não-convencionais através da subjetividade. Palavras-chave: Educação permanente em
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         saúde; Formação em Saúde; Atenção Primária.
                         Referências: BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 278 de 27 de fevereiro de 2014. BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de
                         Educação Permanente em Saúde, 2006, p.43. MERHY, E. E. O desafio que a educação permanente tem em si: a pedagogia da implicação.
                         Interface – Comunicação, Saúde, Educação, São Paulo, set.2004/fev. 2005, v.9, n.16, p.161-77.

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                       Relato de Experiência: o uso do lúdico com usuários da APAE


                       AUTOR PRINCIPAL: Adriana Cristina Hillesheim  |  AUTORES: Karen Cristina Kades Andrigue  |  INSTITUIÇÃO: UNOCHAPECO  |
                       Chapecó-SC  |  E-mail: adrianah@unochapeco.edu.br

                         Caracterização do problema: o curso de graduação em Enfermagem da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), propõe-
                         se a habilitar enfermeiros, críticos e criativos, competentes a participar da construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as diversas
                         abordagens, nos quais está pautada a formação comprometida com o SUS, durante as atividades teórico práticas, proporciona-se ao discente a
                         atuação junto à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Chapecó (APAE). A proposta de ação acordada entre as instituições, são práticas
                         lúdicas de Educação em Saúde. Fundamentação teórica: a utilização de métodos de educação e saúde com uso do lúdico, através de jogos,
                         brinquedos e brincadeiras, pode ser utilizadas em diferentes faixas etárias e raciona o brincar e o aprender. Sabe-se que os jogos lúdicos permitem
                         uma situação educativa, cooperativa e interacional, permitindo o aprendizado mesmo frente a diferentes restrições intelectuais. Descrição da
                         experiência: a inserção de docentes e discentes neste campo de prática representa a inserção da academia nos espaços da comunidade e a
                         estreita relação entre o ensino e a extensão universitária. Considerando-se que com esse público se faz necessário a busca por metodologias
                         ativas, que permitem fomentar o conhecimento de um grupo com deficiência intelectual, múltipla e condutas típicas, a escolha pela metodologia
                         lúdica permitiu que a ação se tornasse um momento de descontração e aprendizado. Nos encontros, as temáticas abordadas são diversificadas,
                         perpassando temas como a separação e reciclagem de lixo, higiene corporal e auto estima. É extremamente pertinente, pontuar-se a parceria
                         institucional, pois discentes e docentes tem sua prática sempre acompanhada pelos profissionais da instituição que demonstram-se solícitos em
                         auxiliá-los na condução das atividades. Desta forma, entendemos que a prática perpassa o ensinar, mas representa uma troca de conhecimentos
                         entre equipe, universidade e usuários. Recomendações: o curso de enfermagem, bem como a universidade, enquanto espaços de construção
                         do conhecimento e ainda frente ao tripé ensino-pesquisa e extensão buscam pela manutenção de seus campos tradicionais de atuação, porém
                         emerge a necessidade da inserção em novos campos de prática, nos quais seja possível validar novas formas de ensino-aprendizagem, bem como,
                         desenvolver ações as quais exerçam papel social junto às comunidades nas quais se inserem. Palavras-chave: Educação em Saúde. Enfermagem.
                         Educação em Saúde.
                         Referências bibliográficas: 1 Universidade Comunitária Regional de Chapecó, Curso de Enfermagem. Plano de ensino da disciplina de Gestão
                         e Gerência em Saúde Coletiva. Chapecó; 2014. 2 de Almeida MMC, Cabral FC, Silva VS, Santos KOB, Ferraz DD. Integração ensino, serviço e
                         comunidade na formação de fisioterapeutas: a experiência da universidade federal da Bahia. Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia. 2015,
                         2 (3). 3 Pereira VB, dos Santos LMR. Níveis de Aprendizagem de Estudantes do Ensino Fundamental Com o Uso de Estratégia Lúdica Durante
                         Atividade de Educação em Saúde. UNOPAR Científica Ciências Humanas e Educação= Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 2015
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