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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 313
Os instrumentos básicos de planejamento do SUS: uma
abordagem sobre sua compreensão na gestão pública municipal
AUTOR PRINCIPAL: Karen Patricia Wilke Ferreira Rocha | AUTORES: Não há | INSTITUIÇÃO: 22ª Regional de Saúde/SESA |
Ivaiporã - PR | E-mail: karenferreira@sesa.pr.gov.br
O planejamento em saúde se consolida como ferramenta imprescindível para uma gestão qualificada e responsável dos recursos do
Sistema Único de Saúde. A exigência de harmonia entre as necessidades da população e os objetivos da gestão pública municipal originou
instrumentos básicos padronizados. Neste trabalho se empreende esforços para analisar a compreensão desses instrumentos por parte dos
gestores municipais de saúde de uma regional do Estado do Paraná. As questões pretendiam avaliar o grau de entendimento que os gestores
alegam possuir e comparar o nível de conhecimento expresso pelos mesmos através de questionário que mensurava a compreensão de
dois instrumentos de planejamento e suas respectivas funções na gestão: o Plano Municipal de Saúde e a Programação Anual de Saúde.
A primeira fase consistiu em uma revisão bibliográfica sobre a introdução do conceito de planejar na área da saúde, os objetivos dos
instrumentos de gestão estudados, sua regulamentação e estrutura. Para verificar a compreensão e utilização desses instrumentos por
parte do grupo, aplicou-se questionário composto por 14 (quatorze) perguntas fechadas e 6 (seis) abertas a fim de coletar informações
sobre o perfil dos ocupantes do cargo de secretário municipal de saúde, e as demais abordavam diretamente o nível de compreensão
dos mesmos a cerca dos em estudo. A pesquisa mostrou que, na prática, o nível de compreensão é heterogêneo, desde gestores que
desconhecem a padronização dos instrumentos e sua aplicabilidade, passando por aqueles que os nomeiam mas não os relacionam com
sua função, até uma minoria que dominam quais são e para que servem essas ferramentas. Por serem exigidos por lei, salienta-se que
todos os gestores pesquisados já tiveram (ou deveriam ter tido) contato com tais instrumentos, evidenciando que a obrigatoriedade não
se traduz em compromisso e qualificação da gestão. Uma vez instituídas essas ferramentas, cabe agora melhorar o nível de compreensão
dos gestores municipais acerca dessas ferramentas. A obrigatoriedade das mesmas, somada ao compromisso do Estado em ampliar o
nível de compreensão dos gestores certamente resultará em qualidade e fortalecimento da saúde pública. Referências: BRASIL. Ministério
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Uma construção coletiva: Instrumentos Básicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006 BRASIL.
Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Uma construção coletiva: estudo sobre o arcabouço legislativo do planejamento
da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007 BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Uma construção coletiva:
trajetória e orientações da operacionalização. Brasília: Ministério da Saúde, 2009 MATUS, C. Política, planejamento e governo. Tomo I.
Brasília: IPEA; 1996 Palavras-chave: Planejamento. Gestão. Instrumentos de Gestão.
EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 331
Em uma escala de 0 a 10, qual seu nível de Dor? Experiência
da implantação do Manejo da Dor em Hospital Público
AUTOR PRINCIPAL: Leonel Alves do Nascimento | AUTORES: Leila Marins da Silva Casu, Carla Patricia Carreon Feitosa Okada, Lucélia Peres
Kojempa, Denise da Silva Scaneiro Sardinha | INSTITUIÇÃO: Hospital Dr Anísio Figueiredo | Londrina-PR | E-mail: leonel_lan@hotmail.com
Caracterização do Problema: A dor deve ser avaliada sistematicamente e juntamente com os sinais vitais. No entanto observamos
que a equipe assistencial desconhece as estratégias para avaliação e mensuração da dor, inclusive não registrando corretamente a
presença e intensidade deste desconforto. Fundamentação Teórica: A dor é um sintoma comum nas instituições hospitalares e o
principal motivo da procura de atendimento. A sensação da dor é subjetiva e influenciada por componentes psicofísicos e sócio-culturais
que dificultam sua identificação, mensuração e manejo. A avaliação da dor é um sinal vital e deve ser realizada de modo sistematizado
e padronizada, evitando assim sofrimento desnecessário ao paciente. Descrição da Experiência: O Hospital Doutor Anísio Figueiredo,
visando aprimorar o manejo da dor nos pacientes atendidos, criou a Comissão de Manejo da Dor em novembro de 2014. Composta por
equipe multiprofissional tem como objetivo discutir, elaborar, pesquisar e treinar os profissionais em relação à avaliação, mensuração e
tratamento da dor. Após a padronização da escala visual analógica para a mensuração da dor, realizamos micro capacitações com os
profissionais e entregamos a escala para cada funcionário, juntamente com as orientações sobre à avaliação, mensuração e registro da
dor. Efeitos alcançados: Todos os funcionários assistenciais receberam a escala visual analógica padronizada na instituição e também
foram capacitados na avaliação, mensuração e registro do desconforto doloroso. Percebeu-se que os profissionais após a intervenção
avaliam com maior frequência a dor, juntamente com os demais sinais vitais, possibilitando que o paciente tenha sua dor aliviada de
forma efetiva e rápida. Recomendações: A implantação de qualquer nova rotina ou procedimento deve ser avaliada e reforçada pela
equipe de facilitadores. A primeira etapa da implantação do manejo da dor foi relacionada à identificação, mensuração e registro da
dor. A segunda etapa será em relação ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, relacionando a intensidade da dor com a
escolha do analgésico ideal. Referências: Nascimento LA, Cardoso MG, Oliveira SA, Quina E, Sardinha DS. Manuseio da dor: avaliação
das práticas utilizadas por profissionais assistenciais de hospital público secundário. Rev Dor. São Paulo, 2016 abr-jun;17(2). Palavras-
chave: Manejo da dor. Cuidados de Enfermagem. Educação em Serviço.
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