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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 438

                 A percepção da equipe gestora sobre o Projeto Mais Médicos para
                 o Brasil: potencialidades e desafios

                  AUTOR PRINCIPAL: Carolina Milena Domingos |  AUTORES: Elisabete de Fátima Polo de Almeida Nunes, Fernanda de Freitas Mendonça,
                  Stela Maris Lopes Santini, Elisangela Pinafo. |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina - UEL  | Londrina - PR |  E-mail:
                  carolinamdomingos@gmail.com

                    Em 2013 foi instituído o Programa Mais Médicos (PMM) no Brasil, sendo o Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB) parte do programa que
                    gerencia o provimento desses profissionais nas unidades de saúde. Nos municípios de pequeno porte, situados em áreas geográficas mais isoladas,
                    a escassez desses profissionais se torna muito evidente e o PMMB visou reduzir essa escassez (GIRARDI, 2012). Assim, o objetivo deste estudo
                    foi analisar a percepção dos trabalhadores integrantes da equipe gestora de municípios de pequeno porte sobre fragilidades e potencialidades
                    da inserção do profissional médico proveniente do PMMB. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com gestores de duas regiões de saúde
                    compostas por 31 municípios de pequeno porte do norte do estado do Paraná, no Brasil. Os dados foram coletados entre março a abril de 2015
                    por meio de encontros de trabalho no formato de um curso por região, em que os pesquisadores dialogaram com os gestores. Do material empírico
                    produzido foi realizada análise compreensiva e interpretativa. Os gestores participantes do estudo destacaram como potencialidades da inserção
                    dos profissionais do PMMB: realização da consulta médica de qualidade permeada pela escuta do usuário com o olhar voltado não somente para
                    os aspectos individuais, mas para a inserção do individuo no contexto da família; o adequado cumprimento da carga horária prevista para a atuação
                    do médico (40h) como componente da Equipe de Saúde da Família (ESF) se destacou como um diferencial trazido pelo PMMB. A equipe gestora
                    também referiu fragilidades atribuídas ao projeto: destacaram a dificuldade do gestor em ser responsável por realizar o transporte do médico até
                    o seu local de trabalho e proporcionar moradia e alimentação deste profissional. A diminuição do recurso federal destinado às equipes de saúde
                    da família decorrente da inserção do médico do PMMB também foi referida dentre as fragilidades; e ainda a inserção dos médicos do projeto
                    resultaram em conflitos com os profissionais médicos que já estavam atuando no município, os quais se mostraram contrários a proposta. No
                    caso do Brasil, em que a saúde é um direito de todos e dever do estado, o provimento de médicos em áreas de difícil acesso, é fundamental,
                    diminuindo a dificuldade de compor as ESF. Contudo, a sustentabilidade dessa política precisa estar atrelada ao enfrentamento dos desafios que
                    ainda persistem tais como os referidos pelos profissionais. Referências: GIRARDI, S.N. Identificação de áreas de escassez em recursos humanos
                    em saúde. Observatório de Recursos Humanos em Saúde – Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado.Relatório final de atividades. Belo Horizonte;
                    2012. Palavras-chave: Gestão em Saúde; Municípios Pequenos; Programa Mais Médicos.


                 EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 445

                 Reprozido técnicas de curativo em cenário mais próximo de
                 situações reais: relato de experiência

                  AUTOR PRINCIPAL: Roseli inês resende |  AUTORES: Denise Costa Dias, Mayara Aparecida Passaura da Luz, Nathalia Vasconcelos
                  Facasso |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste | Cascavel-PR |  E-mail: roseitt@hotmail.com

                   Introdução: O ensino de habilidades clínicas e o desenvolvimento de destreza manual para a execução de técnicas de Enfermagem nas simulações
                   em laboratório podem contribuir para aprofundamento do processo ensino aprendizagem relativos ao raciocínio lógico e gerenciamento dos
                   recursos disponíveis. Objetivo: Desenvolver estratégias para introdução de elementos no processo de ensino aprendizagem de técnicas de curativo
                   em laboratório de Enfermagem para criar um cenário mais próximo do real. Métodos: As simulações das técnicas de curativo foram realizadas como
                   parte das atividades desenvolvidas em projeto de ensino e monitoria voluntária da disciplina de Enfermagem Fundamental I e II da Universidade
                   Estadual do Oeste do Paraná. Através do uso de fotos de feridas reais, impressas e aderidas á manequins com filme transparente. A simulação do
                   exsudato foi realizada com a utilização de substância pastosa associada ao Polivinilpirrolidona iodo-PVPI tópico para empregar maior veracidade
                   e compreensão dos alunos. Neste sentido, fez-se necessário executar as referidas técnicas nas diferentes regiões do corpo do manequim, com
                   a utilização de materiais e instrumentos apropriados para higienização, tratamento e proteção da ferida. Para desenvolver as técnicas foram
                   utilizados os Equipamentos de Proteção Individual-EPIs necessários, ressaltando a importância da técnica asséptica e da proteção do profissional
                   de saúde. O cenário foi preparado pela orientadora e por três alunas, enquanto as demais ficaram aguardando para realizar a técnica do lado de
                   fora do laboratório e deste modo posteriormente descrever as impressões sobre o emprego desse método de ensino. Resultados: As docentes e
                   monitoras consideram que a introdução destes elementos permite ao aluno identificar os diferentes estágio e tecidos encontrados como fibrina,
                   necrose e tecido de granulação. No entanto, é importante considerar que mesmo que visualmente a fotografia auxilie no aprendizado, essa não
                   permite o treino de técnicas como o desbridamento dos tecidos desvitalizados, e cogitou-se a possibilidade de reproduzir esses tecidos com
                   materiais disponíveis em laboratório. Conclusão: A utilização de imagens de feridas reais aderidas aos manequins foi considerada um recurso que
                   pode auxiliar a incrementar o ambiente de aprendizagem tornando-o mais desafiador ajudando inovar o ensino e aprendizagem de laboratório.
                   Recomendamos como trabalho futuro a avaliação deste recurso didático por grupo de peritos e alunos Referências: HAAG, G. S; KOLLING, V; SILVA,
                   E.; MELO, S. C. B; PINHEIRO, M. Contribuições da Monitoria no Processoensino- Aprendizagem em Enfermagem. RevBrasEnferm, Brasília 2008 mar-
                   abr; 61(2): 215-20. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672008000200011>. Acesso em: 14 de
                   ago. 2015. MARIN, M. J. S; VILELA, E. M; TAKEDA, E; SANTOS, I. F. Assistência de enfermagem ao portador de alterações na integridade cutânea:
                   um relato de experiência de ensino-aprendizagem. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2002, vol.36, n.4, pp. 338-344. ISSN 1980-220X. Disponível
                   em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342002000400007&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 de ago. 2015. TEIXEIRA, I. N. D.
                   O; FELIX, J. V. C. Simulação como estratégia de ensino em enfermagem: revisão de literatura. Interface - Comunicação Saúde Educação. Disponível
                   em:. Acesso em: 14 de ago. 2015. Palavras-chave: Ensino aprendizagem, Laboratório de enfermagem, Técnicas de curativo.



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