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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 348


                       Processo de trabalho do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e
                       seus efeitos na construção de identidade das equipes


                       AUTOR PRINCIPAL: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix  |  AUTORES: Regina Melchior  |
                       INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR  |  E-mail: sbmeirelles@hotmail.com

                         Introdução: Trabalhar em equipe envolvem habilidades profissionais e pessoais, e atuar com pessoas de variadas formações profissionais
                         e diferentes modos de operar o cuidado em saúde, implica em reelaborar conceitos, construir novos olhares e aprender a manejar projetos
                         e disputas que permeiam o mundo do trabalho. Objetivos: Conhecer como o processo de trabalho dos profissionais do Núcleo de Apoio à
                         Saúde da Família implica na formação da identidade desta equipe enquanto grupo. Métodos: Com abordagem qualitativa, exploratória, na
                         linha compreensiva. Foram realizadas entrevistas e observações diretas durante o primeiro ano de trabalho de uma equipe de seis profissionais
                         (uma nutricionista, uma profissional de educação física, uma farmacêutica, uma psicóloga, duas fisioterapeutas) que atuam no Núcleo de Apoio
                         à Saúde da Família em um município do sul do Brasil. Foram acompanhados encontros do grupo, destes com os gestores e também rotinas de
                         trabalho nas Unidades Básicas de Saúde. Buscou-se os autores Deleuze, Guatarri e Espinoza como referencial teórico para analisar os achados
                         do campo. Resultados: Cada profissional tem acordado com a gestão e com as Unidades Básicas de Saúde em que atuam atividades de
                         acordo com suas especificidades por categoria. Enquanto equipe, conseguem poucos espaços para o encontro e o planejamento das ações
                         nos territórios enquanto grupo, ficam deficitários. Foram apontadas rotinas e agendas repletas de atendimentos individuais como impedidores
                         deste processo, e quando não se encontram, acabam por atuarem focados no núcleo profissional. A parte da equipe que consegue manter
                         estes momentos vivos, torna-se mais fortalecida, pactuam novos processos de trabalho e os demais não conseguem acompanhar, inclusive,
                         sentindo-se não pertencentes às práticas. A gestão serve então como agenciadora, produzindo estes caminhos para que as equipes se
                         encontrem. Conclusão: Os profissionais expressam em sua linguagem a vontade em adequar suas rotinas de trabalho e planos de cuidado
                         agregando atividades de núcleo e de campo, percebendo que as duas são igualmente importantes para o grupo. Constroem linhas de fuga
                         para que não sejam capturados por esta lógica de atendimentos individuais para que consigam se constituir como equipe. A gestão deve
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         ser sua principal apoiadora neste processo, viabilizando os momentos de encontro e de fortalecimento das equipes, pois a construção de
                         sua identidade como equipe depende grandemente da potência momentos. Referências: DELEUZE, G. e GUATTARI, F. 1997. Mil Platôs:
                         capitalismo e esquizofrenia. Vol. 5. Rio de Janeiro: Ed. 34. GUATARRI, Felix e ROLNIK, Suely. Micropolítica . Cartografia do Desejo. Petrópolis:
                         Editora Vozes. 2000. Palavras-chave: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Trabalho em Equipe. Processo de Trabalho.



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                       Construindo um Plano de Gestão de Pessoas:
                       uma experiência regional

                       AUTOR PRINCIPAL: José Odail Montanher  |  AUTORES: Karen Patricia Wilke Ferreira Rocha  |
                       INSTITUIÇÃO: 22ª Regional de Saúde/SESA  |  Ivaiporã-PR  |  E-mail: jose.montanher@sesa.pr.gov.br

                         Conforme França (2009) as responsabilidades dos profissionais envolvidos na área de gestão de pessoas, anteriormente voltadas para o registro
                         em carteira, pagamento e ponto ampliaram-se para: “qualidade pessoal, qualificações culturais, competências tecnológicas, responsabilidade
                         empresarial e cidadania. Essas mudanças derivam da nova economia: era digital, dos novos paradigmas na gestão organizacional”. Por anos
                         enfrentando o problema dos recursos humanos escassos, as regionais de saúde - ao acolher os egressos dos últimos concursos públicos –
                         passaram a enfrentar uma nova dificuldade: os contrastes de idades, idéias e processos de trabalho entre os servidores. As organizações já
                         se deram conta da importância das pessoas e da forma como são administradas, diferentemente do que ocorria no passado, quando o foco
                         recaía apenas na tecnologia do produto ou do processo, nos mercados protegidos ou regulamentados, no acesso a recursos financeiros e
                         economias de escala. Assim, a fim de embasar a construção do plano regional de gestão de pessoas, foi aplicado um questionário semi-aberto
                         com o objetivo de acolher as principais necessidades dos colaboradores, bem como identificar as principais fragilidades do atual modelo de
                         gestão. O questionário mostrou que, apesar das dificuldades apontadas, mais de um terço dos entrevistados julgam como alto o nível de
                         satisfação com o trabalho, mostrando que apesar dos problemas os colaboradores gostam do que fazem. Dentre os problemas apontados,
                         o mais freqüente são as condições de trabalho precárias, como estrutura física, computador, cadeiras, telefone, carros sem segurança, falta
                         de diárias financeiras. Da análise sobre o desempenho das funções versus a expectativa, aparecem relatos sobre a sobrecarga de trabalho,
                         problema que ainda persiste, apesar das novas contratações. Os participantes da pesquisa apontam que um bom plano de gestão de pessoas
                         deve promover o gerenciamento adequando dos cargos e funções, distribuindo bem o trabalho, capacitando lideranças e ordenando os
                         processos. Deve ainda dispensar tempo com palestras e ações motivacionais, acolher as necessidades dos colaboradores, realizar reuniões
                         periódicas, ter amplo diálogo com a equipe. O profissional de saúde tem inerente a si o comprometimento com a função que desempenha, e
                         com investimentos adequados na promoção de um bom ambiente de trabalho os resultados podem ser otimizados. Referências: FRANÇA,
                         Limongi Ana Cristina. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007. LACOMBE,
                         Francisco. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2006. Palavras-chave: Gestão de Pessoas. Planejamento.



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