Page 35 - ANAIS_3º Congresso
P. 35

EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 239

                  A Dinâmica do Cuidado ao Portador de Hipertensão Arterial
                  no Município de Guarapuava, Paraná


                  AUTOR PRINCIPAL: Maria Emilia Marcondes Barbosa  |  AUTORES: Clóvis Luciano Giacomet  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
                  do Centro Oeste - UNICENTRO  |  Guarapuava-PR  |  E-mail: prof.mariaemilia10@gmail.com

                   A Hipertensão é uma doença crônica não transmissível de alta prevalência. O diagnóstico e controle são indispensáveis para o manejo de outras
                   doenças (RABETTI; FREITAS, 2011). O estudo tem como objetivo identificar as ações de cuidado ao hipertenso, no programa hiperdia. Trata-se de
                   uma pesquisa quantitativa, descritiva. Utilizou-se para a coleta de dados, um questionário semiestruturado (TERENCE; ESCRIVÃO,2006). Aprovada
                   sob nº CAAE 29912814.4.0000.0106. Foi realizada em 26 Estratégias de Saúde da Família. A coleta de dados foi de janeiro a julho de 2015.
                   Para a captação dos dados, foi contatado a enfermeira da unidade, que entregou os instrumentos aos profissionais que atuam no cuidado
                   ao hipertenso. A população foi composta por 8 médicos, 22 enfermeiros, 28 Técnicos de Enfermagem e 72 ACS. Os dados mostram que os
                   profissionais dedicam, duas horas para o cuidado ao hipertenso. Foram capacitados, 41,1% por meio do APSUS. Relacionado a estrutura física,
                   54,6% considerou inadequada. Sobre a forma de classificaçao de risco, o conhecimento do escore de Framingham, 37,5% dos médicos e 50%,
                   dos enfmeiros conhecem. Quanto ao encaminhamento de paciente grave, 72,7%, reportaram dificuldade, a principal, a falta de vagas hospitalares
                   .Em relação a promoção, controle e promoção da saúde, desenvolvidas pelos profissionais, verificou-se que o médico centraliza sua ação na
                   consulta médica 100% e parcialmente as demais ações preconizadas. O enfermeiro centra suas ações em orientações 81%. O Técnico, em
                   orientações 60,7% e aferição da PA 50%. Os ACS em visita domiciliar 76,3% e captação para grupos de prevenção 51,4%. Sobre a capacidade das
                   ações desenvolvidas pela equipe e minimizar o agravo oriundos da hipertensão, todas as categorias afirmaram que são insuficientes, apontando
                   a questão da falta de educação e principalmente o autocuidado, Médico 75%, enfermeiro 67,2%, Técnico de Enfermagem 92,8% e ACS 60,7%.
                   Os resultados apontam fragilidades do Serviço, como, estrutura física, atualização profissional e dificuldade de acesso e autocuidado dos usuários,
                   existe em contrapartida, como potencialidade, equipes comprometidas e com interesse no cuidado a população. Diante dos dados levantados e
                   do contexto epidemiológico da epidemia de DCNT, acredita-se que é o momento para o município iniciar trabalhos no intuito de implementar a
                   política do Ministério da Saúde, para o controle e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, o Modelo de Atenção as Condições Crônicas.
                   Referências: RABETTI, A. C.; FREITAS, S. F. T. Avaliação das Ações em Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Básica. Rev Saúde Pública
                   2011;45(2):258-http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v45n2/2141.pdf - Acesso em março de 2014 TERENCE, A.C. F. Abordagem quantitativa,
                   qualitativa e a utilização da pesquisa-ação nos estudos organizacionais. XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006. Citada
                   por Medeiros, R. G.; Pereira, F. C. Você conhece a Intercon? Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - XX
                   Prêmio Expocom 2013 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação. Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS.
                   http://portalintercom.org.br/anais/sul2013/expocom/EX35-1247-1.pdf - Acesso em fevereiro de 2014. Palavras-chave: Hipertensão. Cuidado.
                   Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

                 EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde                  TRABALHO 241

                  Como se dá a gestão do trabalho das equipes gestoras
                  dos municípios de pequeno porte no Paraná


                  AUTOR PRINCIPAL: Stela Maris Lopes Santini  |  AUTORES: Brigida Gimenez Carvalho, Elisabete de Fátima Pólo de Almeida Nunes,
                  Fernanda de Freitas Mendonça e Elisangela Pinafo  |  INSTITUIÇÃO: 16ª Regional de Saúde de Apucarana/SESA  |  Apucarana-PR  |
                  E-mail: stelamaris08@gmail.com
                   A complexidade da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta grandes desafios, em especial aos Municípios de Pequeno Porte (MPP),
                   que correspondem a 73,0% dos municípios brasileiros e 79,2% dos paranaenses. A gestão em saúde também depende da disponibilidade de
                   equipes capazes de atuar em diferentes níveis e áreas, por isso se faz necessário conhecer suas condições de gestão do trabalho. Trata-se de
                   um estudo quantitativo, por meio de questionário semi-estruturado, aplicado no período de nov/13 a abr/14 a 744 profissionais (89,9%) que
                   integravam as equipes gestoras dos MPP (N=82) da Macrorregião Norte do Paraná. A seleção para o cargo foi por concurso público ou teste
                   seletivo para 74,8% dos profissionais, e para 20,3% foi por indicação ou análise de currículo. Quanto às formas de admissão, 57,3% foram por
                   Estatuto do Servidor Público, 17,4% por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas, 17,1% por meio de cargos comissionados e 8,2% por outras
                   formas. Com relação a um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), 62,8% dos profissionais não estavam inseridos e 3,5% desconheciam
                   se eram inseridos ou não. Quanto à remuneração mensal, 56,5% recebiam de R$1.000,00 a R$2.500,00 e 31,4% recebiam de R$2.500,00 a
                   R$5.000,00, com média de R$2.205,73; 74,5% não recebiam nenhum valor como incentivo para exercer a função de coordenação. O tempo de
                   atuação na função de gestão foi de até um ano para 26,3% dos profissionais e de um a seis anos para 43,6%, com média de 5,5 anos. A pesquisa
                   revelou vários aspectos positivos, como a seleção pública e vínculos empregatícios formais e legais, o que pode ter contribuído para a fixação dos
                   profissionais e consequentemente para a continuidade dos processos de gestão e garantia de benefícios assistenciais. Os MPP, mesmo sendo os
                   principais empregadores, utilizavam variadas formas para admissão e seleção. Indicou que o PCCS ainda não é um instrumento consolidado para
                   a área de gestão do trabalho, apesar de reconhecidamente importante para a fixação, valorização, planejamento e dimensionamento da força de
                   trabalho no SUS. Não foi verificada expressiva rotatividade de pessoal, mas isso não representou contrapartida na remuneração para a maior parte
                   dos profissionais. Investimentos na qualificação e em estratégias de valorização dos profissionais podem contribuir tanto para a fixação como no
                   desempenho das equipes, pois um dos maiores desafios, em especial nos MPP, é atrair e manter pessoas altamente qualificadas. Referências:
                   PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Plano Estadual de Saúde Paraná – 2012-2015. Curitiba: SESA – Secretaria de Estado do
                   Paraná, 2013. ____.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010 - Paraná. Rio de Janeiro, 2010. Palavras-chave:
                   Gestão do trabalho no SUS. Recursos humanos em saúde. Gestão em saúde.

                                                                                                              35
   30   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40