Page 39 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 351
Educação Permanente em Saúde: A descentralização
como estratégia
AUTOR PRINCIPAL: Maria da Penha Francisco | AUTORES: Veronica Moraes Francisquini Gardin, Walter Antonio de Sordi Junior |
INSTITUIÇÃO: SESA – PR/14ª REGIONAL DE SAÚDE | Paranavaí-PR | E-mail: mariapenha@sesa.pr.gov.br
Formar profissionais para atuar no sistema de saúde sempre foi um desafio. Trazer o campo do real, da prática do dia a dia de profissionais,
usuários e gestores mostra-se fundamental para a resolução dos problemas encontrados na assistência à saúde e para a qualificação do cuidado
prestado aos sujeitos. Nesta perspectiva, a Educação Permanente em Saúde vinculada às políticas de descentralização baseia-se em propostas
de desenvolvimento, partindo das características e das necessidades do processo de trabalho concreto dos serviços de saúde. Assim, o processo
de educação de adultos pressupõe a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que proponham desafios a serem superados
pelos participantes, que lhes possibilitem ocupar o lugar de sujeitos na construção dos conhecimentos e que coloquem o professor como
facilitador e orientador desse processo. A Gestão do Trabalho em Saúde trata das relações de trabalho a partir de uma concepção na qual a
participação do trabalhador é fundamental para a efetividade e eficiência do Sistema Único de Saúde. Dessa forma, o trabalhador é percebido
como sujeito e agente transformador de seu ambiente e não apenas um mero recurso humano realizador de tarefas previamente estabelecidas
pela administração local. A partir dessa compreensão a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí iniciou um processo de capacitações em testagem
rápida nos municípios de sua área de abrangência. Os municípios recebem recurso do Programa Estadual de Qualificação da Vigilância em Saúde
do Estado do Paraná – VIGIASUS, sendo que um dos componentes estratégicos é a educação permanente. Considerando as especificidades de
cada município optou-se por realizar os treinamentos nos próprios municípios, sendo possível organizar as capacitações de acordo com a realidade
local. A Regional de Saúde encaminha o projeto para os municípios que com recurso do VIGIASUS organiza as capacitações. Os instrutores são os
profissionais da Regional de Saúde. Com esta estratégia foi possível garantir a presença dos profissionais durante todo o processo da capacitação,
as discussões foram em torno de questões relacionadas ao cotidiano dos mesmos, foi possível observar as diferentes percepções entre os
profissionais levando em conta as experiências pessoal, de vivencia de cada um, facilitando assim a compreensão dos temas abordados. O uso de
metodologias ativas possibilitou a troca de saberes e a construção do conhecimento entre os pares a partir da ótica de quem faz. Referências:
Programa VIGIASUS - Instrutivo para Execução e Avaliação das Ações de Vigilância em Saúde – Secretaria de Estado de Saúde do Paraná – 2014.
Formação dos Profissionais de Saúde para o SUS: significado e cuidado: www.revistas.usp.br/sausoc/article/download/29725/31602: (acesso
em 02/05/2016). Gestão do Trabalho em Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principalsecretarias/sgtes/sgtes-
gestao-dotrabalho (acesso em 01/05/2016). Ceccim, Ricardo Burg; Ferla, Alcindo Antonio: Educação Permanente em Saúde.http://www.sites.
epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupersau.html (acesso em 02/05/2016). Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. A educação permanente entra na roda: polos de educação permanente em
saúde: conceitos caminhos a percorrer / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão
da Educação na Saúde. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005 Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde.Descentralização.
Metodologia Ativas.
EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 365
Comissões interdisciplinares: estratégia de educação
permanente a assistencia ao paciente
AUTOR PRINCIPAL: Leila Marins da Silva Casu | AUTORES: Leonel Alves do Nascimento, Karina Tereza Karolensky,
Fernando C. I. Marcucci, Aparecida de Fátima Oliveira Santos | INSTITUIÇÃO: Hospital Dr. Anísio Figueiredo | Londrina-PR |
E-mail: edu.continuada.hdaf@gmail.com
Caracterização do Problema: O desafio de modificar a ação dos trabalhadores na saúde devido a complexidade dos temas a serem abordados e
as ações desenvolvidas na educação permanente focada apresentam baixa adesão, nas atividades de informações, vez que a forma não valoriza a
experiência dos trabalhadores e não possibilita sua participação no planejamento na sua realização, desestimulando o interesse dos profissionais,
fazendo com que os mesmos não aderem as atividades. Fundamentação Teórica: O conceito de educação permanente em saúde serve para
capacitar no ambiente de trabalho diário e da atenção na área de saberes e de práticas em saúde. A Educação Permanente pode corresponder à
Educação em Serviço, quando esta coloca a pertinência dos conteúdos, instrumentos e recursos para a formação técnica submetidos a um projeto
de mudanças institucionais ou de mudança da orientação política das ações prestadas em dado tempo e lugar. (1) As Comissões Multidisciplinares
são formadas por profissionais de diversas áreas que trabalham em prol de um único objetivo. Descrição da Experiência: No final do ano
de 2014 a direção optou pela criação das seguintes comissões assistenciais: óbito e Doação de Orgãos, Cuidados Paliativos, Integridade de
Pele e Curativos, Manejo da Dor e Humanização. Estas comissões apresentam-se como estratégia de transformação de processos formativos
voltados às necessidades dos serviços de saúde, considerando que a grande dificuldade do sistema, é a falta de qualificação de profissionais
nas rotinas estabelecidas, fornecendo capacitações aos colaboradores, fazendo com que a formação profissional, provoque o desenvolvimento
e transformação no processo, podendo ampliar o conhecimento e os saberes existentes e desenvolver uma postura ativa que transforme a ação
desses sujeitos. Efeitos alcançados: A formação de comissões tem como linha de trabalho a geração de atividades educacionais que estimulem
e facilitem o fluxo entre os profissionais envolvidos na assistência ao usuário. Formando profissionais com reflexão crítica, curiosidade, criatividade
e investigação, com propostas educativas que motivem ao autoconhecimento, aperfeiçoamento e atualização e resolutividade de problemas no
ambiente trabalho. Recomendação: Nas comissões a estratégia deve ser de trabalhar uma inter-relação entre os diferentes profissionais, vendo
o paciente holisticamente, de forma humanizada, e não trabalhar de forma isolada sua especialidade. Referências: 1. CECCIM, R. B. Educação
Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface.Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.16, p.161-77, set.2004/fev.2005. Palavras-
chave: Comissões Interdisciplinares. Educação Permanente.
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