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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 370
Condições de trabalho e rotatividade dos enfermeiros
em duas regiões de saúde do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Gabriela Souza Alves Fraron | AUTORES: Luana Vanessa Padilha, Manoela de Carvalho,
Nathalia Vasconcelos Fracasso, Thaís de Menezes Ferreira | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Cascavel-PR | E-mail: gabyri_92@hotmail.com
As condições de trabalho designam o conjunto de recursos que possibilitam a realização do trabalho, contudo não se restringem ao
plano do posto ou local de trabalho, mas diz respeito também às relações de emprego formas de contratação, remuneração, carreira
e estabilidade (OLIVEIRA; ASSUNÇÃO, 2010). Reconhece-se que as condições de trabalho estão associadas à qualidade de vida dos
trabalhadores, motivando-os nas suas atividades diárias e consequentemente na prestação de uma assistência de qualidade aos
usuários do serviço de saúde. Estudo descritivo quantitativo, realizado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, com objetivo de
descrever as condições de trabalho de enfermeiros e motivos da rotatividade nos postos de trabalho. A população do estudo foram
enfermeiros da atenção básica de duas regiões de saúde no oeste do Paraná que mudaram de locais de trabalho de setembro de
2013 a fevereiro de 2015 identificados por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) (N=250) e a amostra
composta por 77 profissionais localizados e que aceitaram participar da pesquisa. Identificou-se que 88,8% dos entrevistados são do
sexo feminino, a média de idade dos profissionais é de 30 anos; 22,2% já sofreram acidente de trabalho e 27,6% já apresentaram
doenças decorrentes do trabalho; 66,7% possuem um vínculo empregatício, 67% trabalham 40 horas semanais, 0,41% possuem dupla
jornada que chega a 66 horas semanais. A forma de ingresso predominante é o concurso publico 94,4%; as formas secundária de
contratação variam entre currículo vitae 5,5%; processo seletivo 5.5% e licitação 5,5%. A média em relação aos vínculos anteriores
foi de dois a três chegando até a oito vínculos em 11 anos de atuação. Os motivos para a rotatividade foram aprovação em concurso
público 50%; remuneração financeira 38,3%; as condições de trabalho 11,1%; satisfação pessoal 11%. O estudo é relevante pela falta
de informações disponíveis sobre essa categoria na região e no setor da atenção básica além de julgar importante o conhecimento
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
destes dados para o planejamento visando garantir serviços de qualidade para a população com base nos preceitos do Sistema Único
de Saúde(SUS). Referências: OLIVEIRA, D.A.; ASSUNÇÃO, A.A. Condições de trabalho docente.In:OLIVEIRA, D.A.; DUARTE, A.M.C.; VIEIRA,
L.M.F. DICIONÁRIO: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010. Palavras-chave:
Enfermagem em Saúde Pública. Saúde do trabalhador. Recursos Humanos em saúde.
EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 421
Distribuição do profissional médico na Macrorregião Norte do
Paraná-Brasil: Inequidade entre os municípios.
AUTOR PRINCIPAL: Carolina Milena Domingos| AUTORES: Brígida Gimenez Carvalho; William Augusto da Fonseca; Luiz Cordoni
Junior; Sonia Cristina Stefano Nicoletto. | INSTITUIÇÃO: UNIOESTE - Universidade Estadual de Londrina | Londrina-PR | E-mail:
carolinamdomingos@gmail.com
A inadequada distribuição de profissionais de saúde nas diferentes localidades do território brasileiro tem sido percebida ao longo dos
anos, principalmente em relação ao profissional médico. Esta má distribuição ocorre de várias formas, podendo se apresentar entre
as regiões do país; entre capital e interior; entre áreas urbanas e rurais; entre áreas centrais e periféricas das regiões metropolitanas
e entre assistência pública e privada (SILVEIRA; PINHEIRO, 2014). Com objetivo de analisar a distribuição dos médicos nos 97
municípios que compõem a Macrorregião Norte do Estado do Paraná-Brasil, realizou-se estudo exploratório, descritivo que utilizou dados
disponíveis eletronicamente nos bancos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES), acessados em outubro e novembro de 2014, sendo os dados populacionais estimativas para
2015. Desses sistemas foram obtidas informações sobre a classificação dos municípios por porte populacional; número de médicos
por mil habitantes e número de médicos do Programa Mais Médicos Os resultados indicam uma distribuição desigual da população e
dos médicos entre os 97 municípios da macrorregião. Os três municípios maiores abrangem 39,3% da população e 56,1% dos médicos
enquanto nos outros 94 municípios em que residem 60,7% da população, atuam 43,9% dos médicos. Observou-se que quanto menor o
município, menor também é a presença deste profissional. Características destes municípios menores, como estar localizado em áreas
mais isoladas e possuir maior vulnerabilidade econômica e social podem ter contribuído para o menor contingente de médicos nestes
locais. Porém, ao analisar a distribuição dos profissionais que fazem parte do “programa mais médicos brasileiro”, sua distribuição
ocorre de forma inversa, ou seja, metade desses médicos atuam nos pequenos municípios em que residem aproximadamente um
terço da população, o que demonstra que a distribuição destes profissionais contribui para melhorar o índice de médicos nos pequenos
municípios. Apesar da relevância de se analisar a distribuição regional de médicos no país, os resultados deste estudo apontam que
estes não são suficientes para elucidar a distribuição dos médicos nos diferentes municípios, sendo necessários estudos que evidenciem
esta realidade. Referências: SILVEIRA, R.P; PINHEIRO, R. Entendendo a Necessidade de Médicos no Interior da Amazônia – Brasil. Rev
Bras Educ Méd . v. 38, n.4, p. 451-459. 2014. Palavras-chave: Distribuição de médicos; Gestão em Saúde; Gestão do Trabalho.
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