Page 31 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 142
Influência da intervenção psicoeducacional: relato de experiência
AUTOR PRINCIPAL: Cristiane Monteiro da Silva Tanaka | AUTORES: Ana Lúcia de Grandi, Cristiane Schell Gabriel, Marla Fabiula
de Barros Hatisuka, Tatiane Silva Guilherme | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel |
Bandeirantes-PR | E-mail: cristiane2013enfermagem@gmail.com
Caracterização do Problema e Fundamentação Teórica: O álcool é a droga mais consumida no mundo, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS, 2004). Provocando graves danos à saúde física, mental, entre outros, além de sofrimentos não só para o usuário, mas também
para família e sociedade. A psicoeducação tem sido um instrumento bem utilizado nas ações educativas e na orientação em saúde, pois leva o
conhecimento teórico e prático, conscientizando o público alvo, promovendo o entendimento e enfrentamento das consequências da doença. Já
o grupo de autoajuda, tem propiciado união entre os participantes, identificação da pessoa com a história, a vivência, a atitude, os fracassos e as
vitórias de seus semelhantes, para que consiga expressar seus sentimentos, descrever suas experiências e, refletir sobre conflitos, inseguranças
e estilo de vida. Descrição da Experiência: As atividades tiveram início em novembro de 2015 na Associação de Recuperação do Alcoólatra
de Bandeirantes (ARA). Foram realizadas palestras informativas e desenvolvidas atividades lúdicas através de medidas educativas, com o intuito
de diferenciar as reuniões, tornando-as dinâmicas, humanizadas e de entretenimento. Nas apresentações foram utilizados recursos audiovisuais,
óculos que simula sintomas de embriaguez e atividades com balões, principalmente. Nos encontros foram explanados temas diversos como os
efeitos do álcool no corpo humano, principais órgãos afetados, dependência de álcool e seus prejuízos, o tratamento, a recuperação, papel da
família e sociedade em geral e a responsabilidade de ambos. Efeitos Alcançados: Esse método contribuiu para estimular o pensamento crítico
dos integrantes, promoveu maior aceitação dos familiares com a pessoa em recuperação, reconhecimento do alcoolismo como doença, interação
e inclusão social. Além disso, a população do estudo enfatizou a importância dos encontros ocorridos para o fortalecimento do grupo, pois existem
associados com mais de trinta anos de tempo de abstinência. Recomendações: Portanto, nesse sentido, a abordagem psicoeducacional vem
intensificar a relevância da manutenção da abstinência do indivíduo em recuperação. Observa-se a necessidade do apoio e maior participação de
todos os envolvidos, bem como, criação de estratégias governamentais, visando promoção e prevenção da saúde, com divulgações do impacto que
o consumo abusivo do álcool causa, para se tentar a redução do uso nocivo à vida. Palavras-chave: Alcoólicos Anônimos. Alcoolismo. Educação
em Saúde.
Referências: EDWARDS, G.; MARSHALL, E. J.; COOK, C. H. C. Ambientes de tratamento, papeis profissionais e organização dos serviços de
tratamento. In: EDWARDS, G.; MARSHALL, E. J.; COOK, C. H. C. O Tratamento do Alcoolismo: Um Guia para Profissionais da Saúde. 4. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2005. p. 304-316. STEFANELLI, M. C.; MORENO, R. A.; Intervenção Psicoeducacional: Orientação e Educação em Saúde Mental.
In: STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C.; Enfermagem Psiquiátrica em suas Dimensões Assistenciais. São Paulo: Manole, 2008.
p. 281-295.
EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 144
Atuação interdisciplinar nas equipes de estratégia saúde da família das
4º e 5º regionais de saúde do Paraná: entendimentos, ações e dificuldades
AUTOR PRINCIPAL: Altair Justus Neto | AUTORES: Luana Bernardi; Daiana Novello | INSTITUIÇÃO: UNICENTRO |
Guarapuava-PR | E-mail: taicojustus@bol.com.br
Introdução: Desde sua implantação, o SUS vem passando por algumas melhorias e estudos, os quais demonstram que a formação do
conhecimento é extremamente fragmentada (JAPIASSU, 2006; SOUZA, 2011). Geralmente, esse efeito resulta do isolamento das disciplinas, o
que desencadeia nos profissionais um entendimento singular e limitado sobre ações em equipe, demonstrado certa insuficiência no atendimento
à população. Neste contexto, insere-se uma nova abordagem de atuação, caracterizada por uma ação interdisciplinar das práticas de saúde
(MATOS et al., 2010). Objetivo: Investigar de forma qualitativa o conhecimento sobre interdisciplinaridade e as ações e dificuldades encontradas
por equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) das 4º e 5º regionais de saúde do Paraná para realizar um trabalho interdisciplinar. Método:
Pesquisa com abordagem qualitativa, realizada em ESFs localizadas nas cidades de Irati e Guarapuava, PR, sedes da 4° e 5° Regional de Saúde.
Participaram 12 profissionais da saúde (2 homens e 10 mulheres), sendo 5 (42%) pertencentes a uma ESF de Guarapuava e 7 (58%) pertencentes
a uma ESF de Irati. Dentre os profissionais avaliados, 7 (58%) eram Agentes Comunitários de Saúde; 3 (25%) técnicos de enfermagem e; 2
(17%) enfermeiros. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista semiestruturada elaborada pelos pesquisadores, a qual foi gravada, após
a permissão do participante. O instrumento contemplou questões relacionadas ao conhecimento, práticas e dificuldades sobre a realização
do trabalho interdisciplinar entre os profissionais. Após a coleta de dados, as entrevistas foram transcritas pelos pesquisadores, sendo então
realizado um agrupamento das informações, seguindo as orientações da análise de conteúdo, na modalidade temática, conforme Minayo (1993).
Resultados: As equipes apresentam um bom conhecimento sobre o conceito de trabalho interdisciplinar, porém são poucas as ações existentes
afim de promover a interdisciplinaridade entre os profissionais. Verificou-se, também, que existem muitas dificuldades para a realização de práticas
interdisciplinares, como a falta de recursos materiais e humanos, além de inexistência de treinamentos sobre o assunto. Conclusão: Apesar de
haver certo conhecimento sobre interdisciplinaridade entre as equipes de ESF, as práticas interdisciplinares ainda são muito restritas, o que se
deve à uma grande diversidade de dificuldades que limitam a ação conjunta em prol do usuário da saúde pública no Brasil. Palavras-chave:
Interdisciplinaridade. Equipe. Saúde.
Referências bibliográficas: JAPIASSU, H. O sonho transdisciplinar: e as razões da filosofia. Rio de Janeiro: Imago, 2006. 240p. MATOS, E.; PIRES,
D.E.P.; SOUZA, G.W. Relações de trabalho em equipes interdisciplinares: contribuições para novas formas de organização do trabalho em saúde.
Revista Brasileira de Enfermagem, v.63, n.5, p.863-869, 2010. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa
em saúde. São Paulo: Hucitec,1993. 269 p. SOUZA, R.A. As relações interpessoais entre os profissionais de uma unidade de saúde da família,
no distrito sanitário IV, Município do Recife. 2011. 48p. Monografia (Especialização em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde) – Fundação
Osvaldo Cruz, Recife, 2011.
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