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EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 75
Caracterização de cuidadores ocupacionais e domiciliares de idosos
AUTOR PRINCIPAL: Nadine de Biagi Ziesemer | AUTORES: Giselle Aparecida de Athayde Massi | INSTITUIÇÃO: Universidade Tuiuti
do Paraná e Instituto Federal do Paraná | Curitiba-PR | E-mail: nadinebiagi@gmail.com
Introdução: Estudos focados no envelhecimento da população brasileira indicam que a família tem sido reconhecida como a principal instituição
a se ocupar com os cuidados às pessoas mais velhas. Contudo, cuidar de uma outra pessoa é uma experiência que exige reorganização da
vida social, profissional e familiar daquele que presta o cuidado. Por isso, várias famílias brasileiras têm buscado alternativas para atender as
necessidades de seus idosos, procurando por cuidadores ocupacionais. Estes se diferenciam dos cuidadores familiares por prestarem atividade
remunerada e por possuírem capacitação, conforme estipulado pela Secretaria de Assistência Social. No entanto, pouco se conhece sobre esta
ocupação, pelo próprio fato de se desenvolver no ambiente familiar privado. Objetivo: Caracterizar o perfil de Cuidadores Ocupacionais Domiciliares
de Idosos. Método: Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa que foi desenvolvida por meio da análise de conteúdo de Bardin¹, mediante a
aplicação de questionário junto a 50 cuidadores ocupacionais de idosos. Resultados: 92% dos cuidadores ocupacionais são mulheres, 76% tem
mais de 40 anos, 68% tem ensino médio, 22% tem formação em saúde e 50% tem curso de cuidador de idosos. Tempo médio na atividade de
9 anos. Os cuidadores migraram para a ocupação atual a partir de outras atividades, sendo que 36% eram vinculados à indústria e ao comércio,
24% à área doméstica e 16% a outros trabalhos da área da saúde. Quanto ao ingresso na atividade de cuidador de idosos, 56% atribuíram à
oportunidade surgida a partir da demanda do mercado, 24% ao interesse no cuidado ao idoso e 11% à necessidade financeira. No que se refere
ao trabalho atual, 90% as atividades destinam-se exclusivamente ao idoso, 72% tem uma jornada de trabalho de mais de 40 horas semanais,
mantendo-se a média em 50,6 horas/semana. 48% tem registro em carteira e 52% não. Quanto a remuneração mensal, 74% recebem entre um e
três salários mínimos. Conclusões: Confrontando outras pesquisas 2,3,4 , o perfil corrobora a feminização do cuidado, a maturidade das cuidadoras e
as longas jornadas de trabalho. Quanto à escolaridade, apresentou maior nível de estudo formal e igual frequência de curso de cuidador que estudo
semelhante realizado em Pernambuco . A média de tempo na atividade superou outros estudos . A remuneração mensal apresentou-se superior à
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2,4
retratada no estudo pernambucano . O foco das atividades destinadas exclusivamente ao idoso divergem de outros estudos 2,3,4 . Palavras-chave:
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Envelhecimento. Cuidadores. Saúde do Idoso.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Referências bibliográficas: 1-BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70,
2011. 2- SIEWERT, Josiane Steil et al. Perfil dos cuidadores ocupacionais de idosos. Rev. Enferm. UFPE., 2014, 8(5):1128-1135. 3- COUTO, Juliana
Aguiar Bittencourt. A trajetória ocupacional de cuidadores formais domiciliares de pessoa idosa: gênero, trabalho, qualificação e cuidado. 189 f.
Dissertação. Faculdade de Saúde Pública, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2012. 4- KAWASAKI, Kozue; DIOGO, Maria José D’Elboux.
Assistência domiciliaria ao idoso: perfil do cuidador formal – parte I. Rev. Esc. Enferm. USP., 2001, 35(3)257-264.
EIXO TEMÁTICO: Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde TRABALHO 76
A representação social da velhice para cuidadores ocupacionais
de idosos que desenvolvem a atividade em domicílio
AUTOR PRINCIPAL: Nadine de Biagi Ziesemer | AUTORES: Giselle Aparecida de Athayde Massi | INSTITUIÇÃO: Universidade Tuiuti do
Paraná e Instituto Federal do Paraná | Curitiba-PR | E-mail: nadinebiagi@gmail.com
Introdução: Projeta-se que, em 2025, o Brasil ocupe a sexta posição entre os países com o maior número de idosos¹. No entanto, a
percepção social da velhice, no cenário ocidental, está associada a uma etapa desagradável da vida, vinculada à incapacidade física
e intelectual, dependência e decadência². Para dar conta dessa realidade, o país vem elaborando políticas, alicerçadas na ótica do
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“envelhecimento ativo” , que possibilitem às pessoas mais velhas manterem-se ativas, prevenindo incapacidades e doenças crônicas. Nessa
ótica, o idoso tem sido concebido como recurso social, pois, independente da força física de trabalho, esse sujeito pode e deve continuar
participando de ações e decisões da comunidade em que está inserido. Na perspectiva do envelhecimento ativo, o presente trabalho
fundamenta-se na Teoria das Representações Sociais , buscando entender as percepções que cuidadores ocupacionais de idosos têm
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sobre a velhice. Objetivo: Analisar as representações que cuidadores ocupacionais de idosos têm sobre a velhice. Método: Trata-se de
uma pesquisa qualiquantitativa, pautada na Análise de Conteúdo , que se desenvolveu a partir da aplicação de um questionário junto à 50
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cuidadores ocupacionais de idosos, que desenvolvem suas atividades de trabalho em âmbito residencial. Resultados: 90% dos cuidadores
conseguem se imaginar velhos, 13,3% gostariam de não envelhecer; 78,8% atribuem aos idosos características relacionadas à afetividade,
alegria e sabedoria, enquanto que 15,3% vinculam-nos a doença, dependência e teimosia. Conclusões: Para a maioria dos cuidadores
ocupacionais de idosos, a velhice é representada a partir de percepções positivas. Entretanto, dentre os que tem receio de envelhecer, a
velhice é percebida de forma fragilizada e negativa. Palavras-chave: Cuidador. Envelhecimento. Saúde do Idoso. Representação Social.
Referências bibliográficas: 1- IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE,
2013. 2- Brum, E. A sombra de um corpo que se anuncia: corpo, imagem e envelhecimento. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., 2014; 17(2):
251-264. 3- WHO. Envelhecimento ativo: uma política de saúde/ World Health Organizations. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde,
2005. p. 20. 4- MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. Editado em inglês por Gerard Duveen;
traduzido do inglês por Pedrinho A. Guareschi. 11 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2015. 5- BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo.
Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.
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