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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 11


                       Fatores Biogeográficos do Loxoscelismo no espaço urbano
                       de Ponta Grossa, Paraná, Brasil


                       AUTOR PRINCIPAL: Vinicius Fernandes  |  AUTORES: Isonel Sandino Meneguzzo  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
                       de Ponta Grossa  |  Ponta Grossa-PR  |  E-mail: viniciusfbio@hotmail.com


                         Introdução:  A urbanização  mudou os hábitos de vida humanos e de animais, abrindo espaço para novos estudos no âmbito da
                         Biogeografia, essenciais para nortear políticas de saúde pública e conscientização ambiental. Nesse sentido, o processo de urbanização
                         altera microambientes propiciando uma possível invasão e proliferação de animais no meio urbano, evidenciando assim, um problema
                         de saúde pública (ALBUQUERQUE,  et al. 2007).  Objetivo: Analisar os fatores biogeográficos que influenciam a distribuição dos
                         acidentes com aranhas do gênero Loxosceles, no espaço urbano de Ponta Grossa, entre 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de
                         2014. Material e Métodos: Foram coletados dados referentes aos acidentes com Loxosceles, a partir das Fichas de Investigação
                         de Acidentes por Animais Peçonhentos do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponibilizados pela Secretaria
                         de Estado da Saúde do Paraná (SESA). Os dados referentes à temperatura média foram coletados junto ao Sistema Meteorológico do
                         Paraná (SIMEPAR). Trabalhos de campo permitiram identificar as características ambientais dos locais em que ocorreram os acidentes.
                         Resultados: No recorte têmporo-espacial da pesquisa foram registrados 840 casos. Desse total, aproximadamente 97% ocorreram
                         em bairros, com disposição inadequada de resíduos sólidos e/ou em residências de madeira. Os outros 3% se restringem à porção
                         central da cidade. Confrontando a variável temperatura média com a distribuição dos agravos nos diferentes meses do ano, foi possível
                         constatar que as maiores incidências se deram nos meses mais quentes, os quais concentraram 36% do total de casos para o período,
                         sendo: em 2012, 97 casos; em 2013, 88 e em 2014, 118 casos. Conclusão: Constatou-se que existe uma relação direta entre
                         temperatura média, condições ambientais e a ocorrência de acidentes. Dessa forma, são necessárias campanhas de conscientização
                         ambiental com intensificação nos meses mais quentes. Palavras-chave: Loxosceles. Acidentes. Biogeografia.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         Referências: ALBUQUERQUE, E. S.; CANDIOTTO, L. Z. P.; CARRIJO, B. R.; MONASTIRSKY, L. B. A nova natureza do mundo e a necessidade
                         de uma Biogeografia “social”. GEOSUL, Florianópolis, v. 19, n. 38, p. 141-158, jul./dez. 2004.   |  SESA. Secretaria de Estado da Saúde.
                         Dados de acidentes com aranha Loxosceles no município de Ponta Grossa, 2012-2014. Curitiba: Sesa, 2015.   |  SIMEPAR. Sistema
                         Meteorológico do Paraná. Dados de temperatura média para o município de Ponta Grossa, 2012-2014. Curitiba: Simepar, 2015.


                       EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 15


                       Caracterização do ambulatório de acidentes com exposição
                       a material biológico do CISMEPAR


                       AUTOR PRINCIPAL: Maria de Fátima Oliveira Hirth Ruiz  |  AUTORES: Mary Mishina Okano  |  INSTITUIÇÃO: CISMEPAR  |
                       Londrina-PR  |  E-mail: fatima.enferm@cismepar.org.br

                         O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (CISMEPAR) atende 21 cidades da 17ª Regional de Saúde do Paraná,
                         com consultas especializadas, exames e procedimentos diversos. Segundo o Anuário Estatístico de Acidente de Trabalho, em 2013
                         houve no Brasil 717.911 casos, sendo 559.081 com CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e 158.830 sem registros. No Paraná
                         foram 52.132 casos. Dentre esses acidentes temos aqueles com exposição a material biológico, principalmente em trabalhadores
                         da área da saúde. A Norma Regulamentadora (NR) 32 estabelece diretrizes para implementar medidas de proteção à segurança e
                         saúde dos trabalhadores da área de saúde: uso de EPI (equipamento de proteção individual), higienização de mãos, vacinação contra
                         hepatite B, tétano e difteria, entre outras. Frente às necessidades de um local para seguimento de clientes que tiveram acidente com
                         material biológico, o ambulatório foi implantado em 03/11/2010, em parceria com Hospital Anísio Figueiredo e Secretaria Municipal
                         de Saúde de Londrina. Após acidentes envolvendo sangue e/ou fluídos corporais, o acidentado deve receber atendimento profilático de
                         emergência, pois, para atingir maior eficácia em relação ao HIV e hepatite B, as intervenções necessitam ser precocemente realizadas
                         (iniciadas até 4 horas da exposição). O acidentado deve ser encaminhado para o Hospital Anísio Figueiredo que iniciará o tratamento
                         (coleta de exames, quimioprofilaxia se necessário) e agendamento da primeira consulta no ambulatório do CISMEPAR. De 03/11/2010
                         z 18/12/2015, foram atendidos: 1.431 pacientes, 63,17% com fonte conhecida; 36,82% de fonte desconhecida. Até 2012 não eram
                         registrados os locais de ocorrência = 28,09%. Locais de ocorrência entre 2012 e 2015: HOSPITAIS E CLÍNICAS = 35,08%, UNIDADES
                         BÁSICAS DE SAÚDE = 9,71%, CONSULTÓRIOS DENTÁRIOS = 5,73%, LABORATÓRIOS = 5,66%, RECICLAGEM = 2,79%, OUTROS = 7,26%.
                         Tiveram acidente e não agendaram consulta: 5,52%. Faltaram à 1ª consulta e não reagendaram consulta: 6,57%. Pacientes com fonte
                         HIV POSITIVA: 1,11%. Abandono de tratamento: 24,89%. Missão do ambulatório: esclarecer a população atendida no reconhecimento
                         dos riscos ocupacionais. Estimular adoção de políticas de prevenção e proteção ocupacional. Orientar uso correto de EPIs. Fazer
                         acompanhamento dos pacientes. Organizar fluxo de atendimento na 17ª Regional de Saúde. Fazer busca ativa de faltosos para um
                         tratamento efetivo. Palavras-chave: Acidente. Biológico. EPI.



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