Page 49 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 16
Investigação epidemiológica de intoxicação exógena
intencional entre adolescentes
AUTOR PRINCIPAL: Milena da Costa | AUTORES: Leandro Rozin | INSTITUIÇÃO: Faculdades Pequeno Príncipe |
Curitiba-PR | E-mail: mi.enfermagem.fpp@gmail.com
Introdução: a intoxicação exógena é responsável por 70% dos casos de tentativas de suicídios notificados em todo Brasil. É a segunda
causa de morte em indivíduos de 10 a 24 anos. De forma intencional, o suicídio é considerado problema de saúde pública que envolve
o adolescente por estar em fase de transição, exposto às vulnerabilidades físicos, sexuais, cognitivos e emocionais. A ocorrência desses
casos deve ser notificada através da ficha denotificação do SINAN, que possibilita investigar e analisar os acometimentos por esse
agravo. Objetivos: Realizar levantamento epidemiológico dos casos notificados e identificar o perfil dos adolescentes acometidos por
intoxicação exógena intencional no município de Curitiba no período de 2007 a 2014. Método: estudo documental, descritivo com
abordagem quantitativa, que analisou 1.547 notificações por intoxicação exógena intencional entre adolescentes (10 a 19 anos), que é
a base para a investigação epidemiológica. Os dados foram analisados com software GraphPad Prism através do T-test com significância
de p<0,05. A pesquisa teve aprovação do CEP sob CAEE nº 49679315.7.0000.5580. Resultados: entre os anos de 2007 e 2014
a distribuição foi linear, com pouca diferença para o aumento ou redução conforme o passar dos anos. As intoxicações exógenas
intencionais entre adolescentes prevaleceram no sexo feminino (80,0%), idade entre 16 e 19 anos (64.19%), raça branca (73,6%),
escolaridade entre 5ª e 8ª série e ensino médio incompleto (34,1%), não gestantes (55,2%). Local de exposição na própria residência
(94,8%), por via digestiva (99,4%), com uso de medicamentos (77,7%). Desses adolescentes, 69,2% foram atendidos em ambulatório,
e 76,5 desses não necessitou de internamento hospitalar. Dentre os casos, 91,14% teve cura sem sequelas, menos de 1% foi a óbito
pela intoxicação intencional. Importante constatar que inúmeros foram os dados subnotificados ou não preenchidos a exatificar o estudo.
Conclusão: a adolescência merece maior atenção e cuidado devido à sua vulnerabilidade. Pais, educadores e profissionais de saúde
devem atentar-se aos sofrimentos externalizados para identificação de risco para intoxicação exógena intencional. É preciso aproximar
aadolescência dos serviços de saúde para que a prevenção seja efetiva. Palavras-chave: Intoxicação exógena.
Referências bibliográficas: BRAGA, L. D. L.; DELL’AGLIO, D. D. Suicídio naadolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos
Clínicos, v. 6, n. 1, p. 214, 2013.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 22
Aplicação de instrumentos de avaliação em idosos de uma área
sem Estratégia Saúde da Família: um relato de experiência
AUTOR PRINCIPAL: Giselle Fernanda Previato | AUTORES: Iara Sescon Nogueira, Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera |
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá-PR | E-mail: giselle_previatto@hotmail.com
Caracterização do problema: A avaliação global da pessoa idosa é essencial para que se verifique o estado cognitivo, funcional, de
humor e de vulnerabilidade desse indivíduo, de maneira hábil e para prevenção de complicações, a fim de estabelecer um diagnóstico,
prognóstico, planejamento e execução de ações adequadas às suas necessidades biopsicossociais. Fundamentação teórica: O
processo do envelhecimento é multidimensional, assim, o uso de escalas se faz necessário para a prática clínica e de cuidado e para
instrumentalizar a avaliação global da pessoa idosa. Descrição da experiência: Trata-se de uma experiência baseada na aplicação de
escalas e instrumentos de avaliação em idosos, sendo eles o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Índice de Katz, Escala de Lawton e
Brody, Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável (VES-13) e a Escala de Depressão Geriátrica de Yasavage (GDS-15), para avaliação
cognitiva, de capacidade funcional para atividades de vida diária e instrumental, de vulnerabilidade e de humor, respectivamente, em
idosos acompanhados por alunos de graduação de Enfermagem de um projeto de extensão universitário, que acompanha idosos
em uma área com 1.300 residentes sem cobertura de Estratégia Saúde da Família, em um munícipio do Norte do Paraná, Brasil.
Resultados: Foram realizadas visitas domiciliares e aplicadas escalas e instrumentos para avaliação global de 117 idosos, de um total
de 125 idosos residentes na área. Cada aluno de Enfermagem realizava a avaliação global por meio de visitas domiciliares semanais
e aplicação de cinco instrumentos, incluindo um questionário sociodemográfico, conforme aceitação e condições favoráveis do idoso
para responder o solicitado. Além das informações obtidas com as respostas dos questionários, foi possível a criação de vínculo para
assistência individualizada. Efeitos alcançados: A experiência foi muito positiva e permitiu o levantamento de uma avaliação global
desses idosos, pautada em dados mais consistentes, que vão além do observacional e do exame físico geral. Recomendações: Os
resultados encontrados por meio da experiência relatada permite considerar o domicílio como espaço e cenário para a consulta de
Enfermagem qualificada aos idosos além de ferramenta para formação de vinculo. Palavras-chave: Saúde do Idoso. Atenção Primária
em Saúde. Avaliação do idoso.
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