Page 54 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 62
Saúde e prevenção nas comunidades indígenas na região Oeste do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Suzana Guizzo | AUTORES: Marcos Fernando Soares, Jessica Leonita Sartor, Daniela Aparecida Pollis Brandini,
Karla Dayanna de Almeida Lorensetti Roman | INSTITUIÇÃO: CISCOPAR - Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná |
Toledo-PR | E-mail: cta@ciscopar.com.br
Problema: A epidemia de AIDS, sífilis e Hepatites Virais no Brasil configura o aumento proporcional nas transmissões heterossexuais, principalmente
entre o sexo feminino. Fundamentação Teórica: É notório também que a população com baixo nível de escolaridade continua sendo a mais
atingida (BRASIL, 2008). De acordo com a Lei nº 9836 de setembro de 1999, designa que “a oferta de serviços de saúde à população indígena,
deve obrigatoriamente levar em consideração a realidade local, bem como as especificidades da cultura dos povos indígenas” a lei também coloca
que é necessário realizar uma abordagem diferenciada e global contemplando sempre aspectos de assistência de saúde, saneamento básico,
nutrição, meio ambiente e educação sanitária. Descrição da Experiência: A ação que é desenvolvida pelo CTA/SAE (Centro de Testagem e
Aconselhamento/Serviço de Atendimento Especializado), serviços oferecidos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná
(CISCOPAR) em parceria com o Serviço Especial de Saúde Indígena (SESAI), nas comunidades indígenas e vem como resposta a essa necessidade
de ampliação do acesso a saúde como direito de todos conforme escrito na legislação atual da lei nº 8080 (BRASIL, 2010). Assim, o CISCOPAR e o
SESAI realizam anualmente campanhas nas cidades de Diamante do Oeste, Terra Roxa e Guaíra, onde estão localizadas as comunidades indígenas
no território de abrangência do consórcio. Efeitos Alcançados: As ações desenvolvidas ao longo dos anos possibilitaram uma maior proximidade
das comunidades indígenas, bem como o estabelecimento de vinculo entre serviço de saúde e os povos indígenas. O CISCOPAR desde 2012, já
realizou dentro das comunidades indígenas do Oeste do Paraná de mais de 1000 exames laboratoriais de HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C,
sendo que desses números apresentados tivemos como resultados sorologias reagentes para HIV e sífilis. Recomendações: Destacamos ainda a
adesão e a aceitação do serviço de saúde introduzido na comunidade indígena. Isto tem promovido um melhor acompanhamento das índias que
estão gestantes, como também uma prevalência na conscientização do cuidado com a saúde. Por esta razão todo o trabalho deve ser feito levando
em consideração aspectos culturais de cada tribo. Palavras-chave: Indígena, Vínculo, HIV, Sífilis.
Referências: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Contribuição dos Centros de Testagem
para universalizar o diagnóstico e garantir a equidade no acesso aos serviços. Brasília. Ministério da Saúde, 2008.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 65
Fatores Socioeconômicos, demográficos, alimentares e de
atividade física relacionados ao déficit de estatura em escolares
AUTOR PRINCIPAL: Luana Bernardi | AUTORES: Jéssica Micheletti, Gilvana Douglas Dotti, João Rafael Antunes Dante, Aline Cantelo
Costa, Jéssica Antunes Vitiato, Maria Madalena de Almeida Abud, Liana Marczal, Daiana Novello | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
do Centro Oeste | Guarapuava-PR | E-mail: luana_bernardi@yahoo.com.br
Introdução: O déficit de estatura é conhecido como a forma mais frequente de desnutrição, sendo evidenciado nas regiões mais pobres do
país (MONTE, 2000). Além disso, a baixa estatura para idade pode predispor a criança desnutrida a fatores de riscos cardiovasculares na idade
adulta, além de ser a principal causa de morte entre as crianças menores de cinco anos no Brasil (MONTE, 2000). Objetivo: Avaliar a associação
de aspectos, socioeconômicos, demográficos, alimentares e de atividade física com a baixa estatura para idade de crianças em fase escolar
de Guarapuava, PR. Método: Avaliaram-se 552 crianças (7 a 9 anos), matriculadas em 16 escolas públicas municipais de Guarapuava, PR.
Inicialmente foram coletados o peso e estatura dos escolares. O estado nutricional foi avaliado pelo índice antropométrico estatura para idade
(E/I), o qual foi analisado por meio das Curvas de Crescimento para a idade de 5 a 19 anos preconizadas pela Organização Mundial da Saúde
(BRASIL, 2006/2007). Posteriormente, dados referentes aos hábitos alimentares, conhecimentos em nutrição e prática de atividade física das
crianças, além da condição socioeconômica e demográfica das famílias foram obtidos por meio de questionários propostos na literatura (TRICHES;
GIUGLIANI, 2005; BARROS et al., 2007; LUCAS, 2013). Foi utilizada a análise descritiva e o teste de regressão logística multinomial (odds ratio –
OR) para análise dos dados. Resultados: Entre as crianças avaliadas, 50,5% eram do gênero feminino e 49,5% do gênero masculino. A maioria
das crianças apresentou estatura adequada para a idade (97,3%). Contudo, a baixa E/I apresentou maior prevalência em crianças que tinham
responsáveis solteiros (73,3%, OR=6,78) e que não possuíam televisão (13,3%, OR=5,63), computador/ tablet/ iPad (60%) e celular (26,7%,
OR=8,14) na residência. Os meninos tiveram menor prevalência de baixa E/I (26,7%, OR=0,21), enquanto as crianças com responsáveis sem
vínculo empregatício apresentaram 7,82 mais chances de apresentar baixa E/I. Não houve associação entre os fatores alimentares e de atividade
física e o estado nutricional (E/I). Conclusão: A baixa estatura se mostrou associada às condições demográficas e socioeconômicas das crianças,
demonstrando a importância da inserção familiar em estratégias de intervenção com crianças que se apresentam em situações carenciais.
Palavras-chave: Criança. Estado Nutricional. Fatores de Risco.
Referências bibliográficas: BARROS, M.V.G.; ASSIS, M.A.; PIRES, M.C. et al. Validação de um questionário de atividade física e consumo alimentar
para crianças de sete a dez anos de idade. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v.7, n.4, p.437-448, 2007. BRASIL. Ministério da
Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Incorporação
das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN. Disponível em: http://nutricao.saude. gov.br/docs/
geral/curvas_oms_2006_2007.pdf. Acesso em 10 de set. de 2014. LUCAS, E.A.J.C.L. Os significados das práticas de promoção da saúde na
infância: um estudo do cotidiano escolar pelo desenho infantil. 2013. 298f. Tese (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2013. MONTE, C.M.G. Desnutrição: um desafio secular à nutrição infantil. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v.76, n.3, p.285-297, 2000.
TRICHES, R.M.; GIUGLIANI, E.R.J. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista de Saúde Pública, São Paulo,
v.39, n.4, p.541-547, 2005.
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