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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 93

                  Avaliação de aspectos microbiológicos, físico-químicos e parasito-
                  lógicos da água para consumo humano em região de fronteira


                  AUTOR PRINCIPAL: Gustavo Strieder Scherer  |  AUTORES: Iracema Cândida Pereira, Franciele Carline Spohr  |  INSTITUIÇÃO: Secretária
                  de Estado da Saúde  |  Foz do Iguaçu-PR |  E-mail: gsscherer@hotmail.com
                   Introdução: O abastecimento de água em relação à qualidade e quantidade é uma preocupação crescente, em função da escassez do recurso e
                   da deterioração da qualidade dos mananciais. Na região de fronteira, os potenciais de água doce são favoráveis para os diversos usos, no entanto,
                   os processos de urbanização, industrialização e de produção agrícola tem levado ao comprometimento desses mananciais, pelo lançamento de
                   efluentes e resíduos. Sabe-se da importância de se tratar a água destinada ao consumo humano, pois, sendo um excelente solvente, é capaz de
                   veicular grande quantidade de contaminantes químicos e/ou biológicos (vírus, bactérias e parasitas) através de contato direto ou por meio de
                   insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico. Objetivo: Verificar a qualidade higiênico-sanitária da água de consumo humano em
                   região de interesse à Saúde Pública em vários níveis: local, regional, estadual e internacional (contempla área de abrangência da Tríplice Fronteira
                   – Brasil, Paraguai, Argentina Método: A qualidade da água de abastecimento será avaliada por meio de exames físico-químicos, parasitológicos e
                   microbiológicos (ABNT, 1987; ALVES et al., 1992; APHA, 1995). Resultado: As investigações de qualidade da água serão realizadas, no período
                   de Janeiro a Dezembro de 2016, para fornecer informações sobre os mananciais hídricos e para o desenvolvimento de estratégias em região de
                   fronteira, como áreas com populações em situação sanitária precária; consumidores mais vulneráveis (hospitais, escolas, creches, etc.); áreas
                   próximas a pontos de poluição (indústrias, lixões, pontos de lançamento de esgoto, cemitérios, etc.); áreas sujeitas à pressão negativa na rede de
                   distribuição; pontos em que os resultados do controle indiquem problemas recorrentes; soluções alternativas desprovidas de tratamento ou de rede
                   de distribuição; transportes terrestres, aéreos e náuticos, que do ponto de vista epidemiológico, justifiquem atenção. Conclusão: Essas análises
                   podem ajudar na preparação de uma avaliação de impacto e situação do ambiente, bem como as tendências. A determinação dos aspectos
                   microbiológicos, físico-químicos e parasitológicos da água para consumo humano em região de fronteira servirão como inquérito para enfrentar um
                   problema de saúde pública relacionada com a água. Também, podem servir como um programa para monitorar a qualidade da água e compreender
                   os impactos dos usos da terra e outras atividades na bacia. Palavras-chave: Água.Região de Fronteira. Saúde Pública.
                   Referências bibliográficas: FREITAS, M. B.; FREITAS, C. M. A vigilância da qualidade da água para consumo humano – desafios e perspectivas
                   para o Sistema Único de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, n. 10, v.4, p.993-1004, 2005. 26 MANUAL DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS DE
                   VIGILÂNCIA AMBIENTAL MANUAL, 2014. http://www.lacen.saude.pr.gov.br/arquivos/File/MANUAL_COLETA_AGUA_DVLSA_ABR2014.pdf. Acessado
                   em 10/01/2016. Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011 (Federal) Data D.O.: 14/12/2011.


                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 96

                  Ação intersetorial e baixa prevalência de casos de dengue no
                  entorno de uma Unidade Básica de Saúde, Londrina – PR

                  AUTOR PRINCIPAL: Gabriela Cristine Queiroz Maria  |  AUTORES: Ana Carolina Cechin Alves. Edianara Caroline Gonçalves de Brito. Pablo Henrique Fernandes
                  Costa Colette Bordão. Marselle Nobre de Carvalho  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR  |  E-mail: gabicqm@gmail.com

                   A dengue é uma arbovirose. Entre os fatores associados a sua ocorrência se destacam o surgimento de aglomerados urbanos, a irregularidade no
                   abastecimento de água, a destinação imprópria de resíduos e as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Este estudo teve como
                   objetivo identificar os conhecimentos e os fatores associados à ocorrência de dengue no entorno de uma UBS. Trata-se de estudo observacional,
                   transversal e individuado, com adultos moradores da região. A coleta de dados foi realizada em novembro de 2015 por meio a aplicação de formulário
                   estruturado e validado. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (Parecer no 1.233.308/2015).
                   Foram entrevistados 120 moradores nos domicílios visitados e houve apenas um relato de dengue sem confirmação nos últimos 12 meses. A maioria
                   dos domicílios visitados variou de um a quatro moradores (80,8%) e o chefe da família possuía ensino médio completo/superior incompleto ou médio
                   completo (41%). As condições sanitárias relatadas foram as seguintes: água encanada (100%), coleta de lixo orgânico e reciclável (95%), armazenamento
                   de lixo em local coberto até a coleta (73,3%) e não comercialização de reciclável (95,0%). Entre as medidas de prevenção, se destacaram a vistoria dos
                   domicílios por agentes de controle de endemias nos últimos seis meses (91,7%) e a realização de alguma atividade do morador para evitar a criação
                   do mosquito (94,2%). Entre essas, a mais referida foi não deixar água parada em casa (74,2%). A maioria dos entrevistados lembrou que os agentes
                   da dengue (55%), a UBS (21,7%) e os agentes comunitários (16,7%) estão entre as pessoas/instituições que atuam na prevenção da dengue na
                   comunidade. Além disso, houve associação positiva entre a vistoria do agente de endemias e a prática de evitar criadouros do mosquito nos domicílios
                   visitados, o que significa que as visitas dos agentes são eficazes no combate ao mosquito transmissor do dengue e outras arboviroses. Conclui-se que
                   a baixa prevalência de dengue verificada provavelmente foi resultado da ação do poder público e da comunidade na área investigada, especialmente
                   pela presença dos agentes de endemias. Assim, o diálogo transversal e a articulação intersetorial entre todos os atores sociais parecem fundamentais
                   à prevenção e ao controle da dengue.  Palavras-chave: Dengue. Saneamento. Prevenção. Intersetorialidade.
                   Referências bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a
                   Semana Epidemiológica 52, 2015. Boletim Epidemiológico, vol. 47, nº 3. Secretaria de Vigilância em Saúde, 2016. Disponível em: < http://portalsaude.
                   saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/15/svs2016-be003-dengue-se52.pdf >. Acesso em: 25 jan. 2016. OLIVEIRA, R. M.; VALLA, V. V. As condições
                   e as experiências de vida de grupos populares no Rio de Janeiro: repensando a mobilização popular no controle do dengue. Cad. Saúde Pública, Rio
                   de Janeiro, 17(Suplemento):77-88, 2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v17s0/3883.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2016. OTENIO, M.H.
                   et al. Controle da dengue em Bandeirantes, Paraná: Importância da continuidade das ações preventivas. Salusvita, Bauru, v. 23, n. 1, p. 47-53, 2004.
                   Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2016. PAIVA, S.A. de; SILVA, S.C.S. da; AGUIAR, V.G. de. Dengue versus lixo: Uma problemática no Jardim Nova
                   Esperança. 2012. 8 f. TCC (Graduação) - Curso de Gestão Ambiental, Faculdade de Tecnologia Senac, Goiânia, 2012. Disponível em: . Acesso em: 06
                   jan. 2016.


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