Page 57 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 80
Avaliação do estado nutricional de crianças em fase escolar
AUTOR PRINCIPAL: Luana Bernardi | AUTORES: Jéssica Micheletti, Gilvana Douglas Dotti, João Rafael Antunes Dante, Aline Cantelo
Costa, Jéssica Antunes Vitiato, Maria Madalena de Almeida Abud, Liana Marczal, Daiana Novello | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
do Centro Oeste | Guarapuava-PR | E-mail: luana_bernardi@yahoo.com.br
Introdução: A avaliação do estado nutricional consiste em verificar o crescimento e as proporções corporais de indivíduo ou comunidades. É
considerada uma estratégia fundamental para o estudo das condições de saúde (ARAÚJO; CAMPOS, 2008). Possibilita identificar grupos de risco
e, consequentemente, as causas associadas à condição nutricional (RIBAS et al., 1999). Neste aspecto, o uso de técnicas antropométricas deve
ser incentivado para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças (TELLES; BARROS FILHO, 2003). Objetivo: Avaliar o
estado nutricional de crianças em fase escolar residentes em Guarapuava, PR. Método: Avaliaram-se 552 crianças (7 a 9 anos), matriculadas
em 16 escolas públicas municipais de Guarapuava, PR. Os dados de peso e estatura forma coletados conforme critérios propostos pelo Sistema
de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) (BRASIL, 2011). O estado nutricional foi avaliado pelos índices antropométricos: índice de massa
corporal para idade (IMC/I), peso para idade (P/I) e estatura para idade (E/I), os quais foram analisados por meio dos valores em escore-z conforme
as Curvas de Crescimento para a idade de 5 a 19 anos preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2006/2007). Utilizou-se a
análise descritiva para análise dos dados. Resultados: Entre as crianças avaliadas, 50,5% eram do gênero feminino e 49,5% do gênero masculino.
A maioria das crianças apresentou eutrofia de acordo com IMC/I (58,3%) e P/I (78,8%) e, também, estatura adequada para idade (97,3%).
Contudo, notou-se alta prevalência de excesso de peso entre as crianças pelo IMC/I (40,6%) e P/I (19,4%). Houve pequena prevalência de déficit
nutricional pelos índices IMC/I (1,10%), P/I (1,8%) e E/I (2,7%). Conclusão: A eutrofia é o estado nutricional mais prevalente entre as crianças
em fase escolar avaliadas, contudo o excesso de peso também está presente com grande frequência nesse público. Sugere-se a realização de
avaliações contínuas do estado nutricional entre crianças, com intuito de subsidiar ações para a promoção da saúde infantil. Palavras-chave:
Criança. Estado nutricional. Fatores de risco.
Referências bibliográficas: ARAÚJO, A.C.T.; CAMPOS, J.A.D.B. Subsídios para avaliação do estado nutricional de crianças e adolescentes por
meio de indicadores antropométricos. Alimentos e Nutrição Araraquara, São Paulo, v.19, n.2, p.219-225, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Incorporação das
curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN. Disponível em: http://nutricao.saude. gov.br/docs/
geral/curvas_oms_2006_2007.pdf. Acesso em 10 de set. de 2014. RIBAS D.L.B.; PHILIPPI, S.T.; TANAKA, A.C.; ZORZATTO, J.R. Saúde e estado
nutricional infantil de uma população da região centro-oeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.33, n.4, p.358-365, 1999. TELLES,
R.K.; BARROS FILHO, A.A. O uso da antropometria como método de avaliação da composição corporal em pediatria. Revista de Ciências Médicas,
Campinas, v.12, n.4, p.351-363, 2003.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 84
Fatores associados à obesidade e sobrepeso em idosos:
um estudo transversal de base populacional
AUTOR PRINCIPAL: Líliam Barbosa Silva | AUTORES: Patrícia Aparecida Barbosa Silva; Sônia Maria Soares; Francielle Carolina Santos;
Raquel Melgaço Santos | INSTITUIÇÃO: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG) | Belo Horizonte-MG |
E-mail: ligemeasbh@yahoo.com.br | Apoio financeiro: FAPEMIG (APQ 00108-11; APQ 02212-14; APQ03556-13).
Introdução: Obesidade e sobrepeso representa um importante problema de saúde pública e está associada a um risco aumentado de doenças
crônicas nãotransmissíveis, principalmente risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus. Suas taxas estão aumentando rapidamente,
com um acréscimo de 82% no período de 1990 a 2010, e assume a 6ª posição por anos de vida perdidos por incapacidade(1). Objetivo: Identificar
fatores associados aosobrepeso e obesidade em idosos. Método: Estudo transversal de base populacional, envolvendo 208 idosos, residentes
na região Noroeste de BeloHorizonte, MG. Realizaram-se visitas domiciliares em 152 setores censitários sorteados aleatoriamente. Foi utilizado
um questionário estruturado contendoinformações sociodemográficas, clínicas, comportamentais e antropométricas. Os parâmetros estabelecidos
para classificação do índice de massa corporalseguiram os pontos de corte estabelecidos para indivíduos idosos segundo Lipschitz(2). Os fatores
associados ao desfecho na análise univariada (p≤0,20)foram submetidos à análise multivariada por meio da regressão logística Forward, e a
qualidade do ajuste do modelo pelo teste goodness-of-fit. O nívelde significância estatística utilizada foi p<0,05. Resultados: Dos 208 idosos,
66,3% eram mulheres, idade mediana 70,5 anos (IQ 65,0-79,0), 86,1%hipertensos e 30,8% diabéticos. A prevalência de sobrepeso e obesidade
foi 32,4% e 21,7%, respectivamente. Após o ajuste multivariado apenas asvariáveis razão cintura-quadril elevada (OR: 5,99; IC 95%: 1,35-26,54) e
nível cognitivo alterado (OR: 0,22; IC 95%: 0,06-0,76) mantiveram associaçãosignificativa com o sobrepeso, enquanto, obesidade esteve associado
com proteína C reativa elevada (OR: 8,00; IC 95%: 2,94-21,71), síndrome metabólica(OR: 6,83; IC 95%: 2,03-22,93), idade ≥ 80 anos (OR: 0,14;
IC 95%: 0,03-0,66), cardiopatia (OR: 3,56; IC 95%: 1,35-9,44), níveis pressóricos elevados (OR:0,39; IC 95%: 0,15-0,99), ajuste dos modelos
satisfatórios. Conclusão: Os resultados mostraram que a prevalência de excesso de peso em idosos é elevada. Contradizendo a literatura, níveis
pressóricos elevados se manteve negativamente associado à presença de obesidade. Tornam-se necessárias medidas de controle e prevenção dos
riscos à saúde associados ao excesso de peso. Palavras-chave: Obesidade. Saúde do Idoso. Estudo transversal.
Referências: 1. INSTITUTE FOR HEALTH METRICS AND EVALUATION. 1. The Global Burden of Disease: Generating Evidence, Guiding Policy. Seattle:
IHME, 2013. 2. LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, v. 21, n. 1, p. 55-67, 1994.
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