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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 66

                  Leishmaniose em município do Noroeste do Paraná

                  AUTOR PRINCIPAL: Rosangela Ziggiotti de Oliveira  |  AUTORES: Letícia Ziggiotti de Oliveira. Renata Bernardini de Lima.
                  Diego Gafuri Silva. Fábio Rangel Gobeti Lopes  |  INSTITUIÇÃO: UEM  |  Maringá-PR |  E-mail: rzo13@hotmail.com

                   Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania e é transmitida ao
                   homem pela picada do mosquito flebotomíneo. O Brasil nos últimos anos apresentou aumento de casos e a doença tem ampliado sua extensão
                   geográfica. Na região Sul, o estado do Paraná registra mais de 90% das notificações. Desde o início da década de 80 é endêmica no norte do
                   estado, atingindo proporções epidêmicas nos anos 90. O município de Jussara, situado a noroeste do estado, inclui-se em um dos circuitos de
                   produção da doença e apresenta um dos maiores coeficientes de detecção. Objetivo: Descrever as características clínico-epidemiológicas dos
                   casos noticados de LTA no município de Jussara-PR no período de 1994 a 2014. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo.
                   As informações foram coletadas dos prontuários dos pacientes (1994-1998) e do Sistema de Informação e Notificação de Agravos (1999-2014)
                   disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde. Foram estudadas variáveis clínico epidemiológicas e calculados coeficientes de detecção da
                   doença. O estudo foi aprovado pelo COPEP da Universidade Estadual de Maringá em 25/09/2015. Resultados: Foram notificados 399 casos da
                   doença. Os coeficientes de detecção sofreram flutuações ao longo dos anos e o maior ocorreu em 2001 (554/100.000 hab). A doença foi mais
                   frequente no homem, adulto jovem, e especialmente relacionada ao trabalho rural. A autoctonia da doença foi de 97,5%. O padrão epidemiológica
                   mais provável de transmissão é rural e periurbano. A forma clínica predominante foi cutânea e o acesso ao exame diagnóstico foi disponibilizado
                   para todos portadores da infecção. Conclusão: Reconhecem-se melhorias na organização do serviço de saúde relacionadas ao diagnóstico e
                   tratamento, entretanto persistem as dificuldades nas medidas de controle da doença especialmente aquelas relacionadas ao vetor. Palavras-
                   chave: Leishmaniose cutânea. Epidemiologia.
                   Referências: 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
                   Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde 2014. 2. Monteiro WM, Neitzke HO, Silveira TGV, Lonardoni MVC, Teodoro U, Ferreira MEMC.
                   Pólos de produção de leishmaniose tegumentar americana no norte do Estado do Paraná, Brasil. Cad. Saúde Pública 2009; 25(5):1083-1092.
                   3. Schubach AO, Conceição-Silva F. Estado da arte no tratamento da leishmaniose tegumentar america no Brasil. In: Conceição-Silva F. (Org)
                   Leishmaniose do continente americano.1thed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2014. p.391-395.


                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 77

                 A saúde auditiva do minerador: a exposição ao ruído


                 AUTOR PRINCIPAL: Tangriane Hainiski Ramos Melek  |  AUTORES: Claudia Giglio de Oliveira Gonçalves  |  INSTITUIÇÃO: Universidade
                 Tuiuti do Paraná  |  Curitiba-PR  |  E-mail: tangrianem@gmail.com

                   O universo do trabalho passa por inegáveis avanços científicos e tecnológicos os quais juntamente com a produção econômica, tem gerado
                   mudanças no que diz respeito à articulação do processo de trabalho e sua tecnologia e as relações ocupacionais diretamente ligadas ao
                   trabalhador. Neste contexto incluímos o setor de mineração, que atualmente possui um total de 3.370 minas espalhadas pelo Brasil, envolvendo
                   um contexto de trabalho que expõe o trabalhador a diversos riscos, inclusive o risco auditivo. Objetivo: identificar os efeitos da exposição ao ruído
                   na saúde auditiva dos trabalhadores de uma empresa de mineração da região sul do país. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado
                   no ano de 2015, que contou com a participação de 68 mineradores, do sexo masculino, com média de idade de 38 anos com mínima de 21
                   e máxima de 56 anos, e média de tempo de serviço de 8 anos, com mínima de 0,5 e máxima de 26 anos; que foram submetidos ao exame
                   de audiometria tonal liminar. Realizou-se a análise da exposição ao ruído nos postos de trabalho através do histograma anual da empresa. Esta
                   pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética n. 1.224.111. Resultados: Todos os trabalhadores utilizam protetor auricular do tipo concha e
                   inserção pré moldado, e encontram-se em diversas atividades de mineração, dentre elas: limpador de subsolo, auxiliar de britagem, operador de
                   perfuratriz, controlador de explosivos, entre outros. Os dados apontaram que dos 68 trabalhadores investigados, 37 destes (54,4%) estão expostos
                   à níveis de ruído maior do que o estabelecido pela NR15 que é de 85 dB(A), com predomínio de exposição entre 88 dB(A) e 120 dB(A), que varia
                   de acordo com a atividade, por exemplo um limpador possui uma exposição mínima de 68,6 dB(A) e máxima de 90,1 dB(A); já um operador de
                   perfuratriz possui uma exposição mínima de 102 dB(A) e máxima de 111,9 dB(A) e um operador de explosivos uma exposição mínima de 44 dB(A)
                   e máxima de 120 dB(A). Identificou-se também que 27 destes mineradores (39,7%) apresentaram audiometrias alteradas do tipo neurossensorial,
                   mesmo com a utilização dos protetores auriculares, sendo que 9 (33%) entre os operadores de perfuratriz. Conclusão: O percentual de mineradores
                   com audiometria alterada é elevado, o que denota que a população estudada apresenta risco para desenvolver perda auditiva pela exposição
                   contínua ao ruído.Desta maneira faz-se necessário desenvolver planos de ação contínuos, que visem a preservação auditiva dos mineradores.
                   Palavras-chave: Ruído. Saúde auditiva. Trabalhador da mineração.
                   Referências bibliográficas: Carneiro N R V; Rocha SV; Teodoro S M. Características ambientais do trabalho da mineração na região sudoeste
                   da Bahia. Anais do IV Simpósio de Saúde Pública da Região Sudoeste: O SUS e a saúde do idoso. Bahia. v.1, 2012. 111-114 Brasil. Ministério da
                   Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde.
                   Brasília: 2001. Disponível em http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=207&Itemi d=423. Acesso em
                   16/07/2014. Nery A A; Alves M S. A relação do processo saúde-doença e o trabalho na mineração. Revista Enfermagem-Nursing. São Paulo. V.29.
                   2011. 269-271. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes Nacionais da Vigilância
                   em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Brasil.
                   Ministério de Minas e Energia. Departamento Nacional da Produção Mineral. Anuário Mineral Brasileiro. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.
                   dnpm.gov.br/relatorios/amb/Completo_2010.pdf. Acesso em 18/07/2014.



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