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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 143

                       Fatores associados ao estado nutricional de pacientes
                       atendidos por uma equipe interdisciplinar


                       AUTOR PRINCIPAL: Altair Justus Neto  |  AUTORES: Luana Bernardi, Daiana Novello  |  INSTITUIÇÃO: UNICENTRO  |
                       Guarapuava-PR |  E-mail: taicojustus@bol.com.br

                         Introdução: Com a mudança socioeconômica da população brasileira, os hábitos alimentares e o perfil nutricional vêm se transformado de forma
                         bastante significativa, verificando-se uma redução da desnutrição e um aumento de obesidade (IBGE, 2004). A mudança nos hábitos alimentares
                         pode ser explicada por meio de vários determinantes. Dentre eles, citam-se os fatores biológicos, sociais, econômicos, oferta e disponibilidade de
                         alimentos. Destaca-se que as propagandas apresentam grande influência para um consumo alimentar de produtos e alimentos industrializados
                         (ESTIMA et al., 2009), fato que colabora, muitas vezes, para um estado nutricional inadequado. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao estado
                         nutricional de pacientes atendidos por uma equipe interdisciplinar de uma Clínica Escola de Guarapuava, PR. Método: Trata-se de um estudo
                         transversal e quantitativo. Foram avaliados 46 pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 18 e 64 anos, atendidos em uma Clínica Escola
                         de Guarapuava, PR. Os dados de peso e estatura foram coletados e analisados conforme metodologia descrita por Brasil (2011). As demais
                         informações foram coletadas por meio de um questionário não validado. Para a análise de associação, utilizaram-se as seguintes variáveis: a)
                         dependente: estado nutricional e; b) independentes: gênero; idade; escolaridade; profissão; renda familiar; número de pessoas que residem na
                         casa; motivo da procura por atendimento; uso de medicação; tabagismo; ocorrência de tratamento para sobrepeso ou obesidade; prática de
                         atividade física e; número de refeições/dia realizadas. Os dados foram avaliados pelo teste de qui-quadrado ou exato de Fisher para verificação de
                         associação, utilizando-se o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e um nível de 5% de significância
                         (p0,01). Conclusão: Conclui-se que fatores como sexo, idade e uso de medicamentos apresentam associação direta com o estado nutricional dos
                         pacientes atendidos pela equipe interdisciplinar de Guarapuava, PR. Palavras-chave: Índice de Massa Corporal. Escolaridade. Renda.
                         Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional: orientações para a coleta
                         e análise de dados anttropométricos em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 76p. ESTIMA, C.C.P.; PHILIPPI, S.T.; ALVARENGA,
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         M.S. Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos comem o que comem? Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 24, n. 4,
                         p. 263-268, 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado
                         nutricional no Brasil: pesquisa de orçamentos familiares 2002- 2003. Rio de Janeiro: IBGE, 2004.




                       EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 147

                       Protocolo de investigação de surto caracterização, preparação
                       intervenção e resposta aos eventos adversos

                       AUTOR PRINCIPAL: Claudia Ribeiro Reis  |  AUTORES: Não há  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria do Estado da Saúde - SESA  |
                       Curitiba-PR  |  E-mail: claudiaribeiro@sesa.pr.gov.br

                         Protocolo de investigação de surto caracterização, preparação intervenção e resposta aos eventos adversos. Introdução: Surto é considerado
                         emergência de saúde pública, sendo imprescindível intervenção e adoção de medidas para a contenção e prevenção no surgimento de novos casos.
                         A sistemática deve ser baseada no desenvolvimento de método de análise específica do evento adverso observado. O protocolo de investigação de
                         surto envolve manutenção de alerta, observação, implementação e avaliação de ações na tomada de decisão promovendo a minimizando riscos.
                         Justificativa: Importância da construção de diretriz estadual para a investigação de surto tem o intuito de uniformizar a sistemática de apuração
                         e análise, contribuindo assim na construção de um novo perfil de qualidade assistencial. Objetivos: Analisar o impacto das ações de investigação
                         de surtos em 06 serviços de saúde, identificando os principais obstáculos encontrados para o desenvolvimento de estratégias na aplicação
                         de medidas de operacionalização. Metodologia: A coleta de dados ocorreu da análise pela equipe técnica do Centro de Vigilância Sanitária de
                         relatórios circunstanciados realizados referentes às irregularidades encontradas em investigações de surtos em serviços de saúde no período
                         entre janeiro a dezembro de 2015. Resultado: Os resultados apontam que 17% das irregularidades citadas nos relatórios estão relacionadas: a
                         notificação; estrutura física, recursos humanos e insumos deficitários; 33% são falhas dos laudos emitidos pelos laboratórios, padronização de troca
                         de dispositivos e germicidas; equipamentos individualizados e adesão a medidas de prevenção de infecção cruzada. Ainda temos que 50% são
                         referentes há falhas na adesão ao método de precauções de contato e biossegurança, limpeza e desinfecção de superfícies próximas ao paciente
                         e realização de educação continuado ao uso de antibióticos. Importante salientar que no contexto geral 67% das irregularidades demonstram
                         falhas na data de identificação do primeiro caso de pacientes colonizados/infectados por microorganismos multirresistentes fator de extrema
                         preocupação. Considerações: O cenário acima descrito comprova a importância da criação de uma ferramenta para nortear e padronização
                         intervenções em fatores de risco de exposição para pacientes e profissionais de saúde permitindo uma ação uniforme na verificação, análise,
                         intervenção e avaliação dos dados, pelos serviços de saúde e vigilância. Palavras-chave: Surto. Eventos adversos. Segurança.
                         Referências bibliográficas: BRASIL ANVISA Portaria 2616, de 12 de maio 1998, que regulamenta as ações de controle de infecção hospitalar
                         no país - Brasília 1998. BRASIL ANVISA Resolução 15, de 15 de março 2012 - Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento
                         de produtos para saúde e dá outras providências – Brasília 2012. BRASIL ANVISA. Investigação de Eventos Adversos em Serviços de Saúde. Série
                         Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 1ª ed. Brasília, 2013. BRASIL ANVISA. Nota Técnica 01/2013 de 17 de abril. Medidas
                         de Prevenção e Controle de Infecções por Bactérias Multirresistentes. Brasília, 2013


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