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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 165

                  Perfil epidemiológico dos portadores de Hepatite B
                  na 8ª regional de saúde do estado do Paraná


                  AUTOR PRINCIPAL: Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida  |  AUTORES: Vinícius Dias Alves, Marina Cecato, Greicy Cézar do Amaral,
                  Edinara Casaril  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná  |  Francisco Beltrão-PR  |  E-mail: liraneferreto@uol.com.br
                   A hepatite B tem grande relevância no cenário da saúde pública, já que se calcula que existam aproximadamente 3 milhões de portadores crônicos
                   da doença no Brasil. Neste estudo buscou-se avaliar a incidência e os fatores associados à infecção pelo vírus da hepatite B na 8ª Regional da Saúde
                   do Paraná, no período compreendido de 2003 e 2013. Foram investigados os dados registrados pela ficha do SINAN disponibilizados no Setor de
                   Vigilância Epidemiológica da 8ª. Regional de Saúde de Francisco Beltrão, referente aos 27 municípios da regional. Durante o período compreendido
                   entre 2003 e 2013, foram contabilizados um total de 1.649 portadores de hepatite B, rdo Sistema de Agravos de Notificação – SINAN. Através
                   do estudo, observa-se que as faixas etárias com maiores incidências foram as de 20 a 39 e de 40 a 59 anos, correspondendo a 88% do total
                   de infectados. Estimam-se que entre 90 a 95% dos indivíduos com hepatite aguda evoluam para a cura, sendo que de 8 a 10% destes indivíduos
                   podem desenvolver a forma crônica.. Os dados apontam que 7% dos indivíduos foram diagnosticados com a forma aguda, enquanto 71% foram
                   diagnosticados como portadores assintomáticos do HBV na forma crônica. Na pesquisa identificou-se que principal fonte de transmissão foi o contato
                   sexual (14,6%) seguido do domiciliar (11,5%) e pessoa/pessoa (10,4%). Além destes é importante ressaltar a expressividade da transmissão vertical
                   da mãe para o recém-nascido, além dos tratamentos cirúrgico e dentário. Entretanto, cabe ressaltar que quantidade de pacientes cuja informação
                   não foi obtida e notificada como “Ignorado” é extremamente significante (48,3%) e deveria ser melhor notificada. No estudo dos 1.649 pacientes
                   infectados pelo vírus, 135 deles foram mulheres diagnosticadas durante a gravidez, dessas, 42 (31%) foram diagnosticadas durante o primeiro
                   trimestre, 47 (35%) no segundo e 45 (34%) no terceiro. Conforme pode-se observar as gestantes representam pequena parcela dos infectados por
                   hepatite B (8,1% do total), embora constituam parcela especial por conta dos riscos de transmissão vertical e das consequências que podem resultar
                   numa infecção de um neonato. Atribui-se o expressivo aumento do número de casos a uma melhor notificação, sendo a infecção por HBV mais
                   incidente na faixa etária entre 20 a 39 anos, em pessoas menos anos de escolaridade, principalmente na forma crônica da doença e diagnosticada
                   geralmente através de confirmação laboratorial. Palavras-chave: Hepatites virais. SINAN. Vigilância em saúde.
                   Referências bibliográficas: BRASIL: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais. 2005.
                   BRASIL: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o Tratamento da Hepatite Viral Crônica B e Coinfecções. 2011
                   BRASIL. Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais. 2012. ROCHA, EA; GUEDES, SAG. Perfil Epidemiológico das Hepatites Virais no Município de
                   Aracaju/SE, 2007 a 2011. Ideias&Inovação, Aracaju, v.1, n.1, p. 33-39, out. 2012. CHUFALO, J.; BORGES, P; ALMEIDA S. Hepatite na Gravidez.
                   Femina, maio de 2006, vol 34, número 05. LOPES, T. G. S. L.; SCHINONI, M. Aspectos gerais da hepatite B. Revista de Ciências Médicas e
                   Biológicas, Salvador, v.10, n.3, p. 337-344, set./dez. 2011 DIAS, JA. Fatores de Risco para Hepatite B: um Estudo Caso-Controle. UFES, Vitória,
                   2011. FERREIRA, CT; SILVEIRA, TR. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da prevenção. Rev. Bras. Epidemiol. v.7, p. 473-487, 2004.
                   MOSCHETTA, F; PERES, MA. Perfil epidemiológico dos portadores de hepatite B no município de Chapecó-SC no período de 1996 a 2006.


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                  VIGIASUS no Paraná: Avaliando a utilização dos recursos do ano
                  de 2013 nos municípios da 14ª Regional de Saúde

                  AUTOR PRINCIPAL: Maria da Penha Francisco  |  AUTORES: Rodirlei Barbosa da Silva, Nilce Yukie Akiyoshi Casado  |
                  INSTITUIÇÃO: SESA - PR/14ª REGIONAL DE SAÚDE  |  Paranavaí-PR |  E-mail: mariapenha@sesa.pr.gov.br
                          O Programa Estadual de Qualificação da Vigilância em Saúde do Paraná/ VIGIASUS, criado em 2013 visa fortalecer e qualificar as ações de
                          Vigilância em Saúde nos Municípios do Paraná. Um dos componentes estratégico, é o incentivo financeiro para investimento e custeio das ações
                          de vigilância em saúde. A 14ª Regional de Saúde composta por 28 municípios e assessora a implementação das ações do VIGIASUS. No ano de
                          2013 o governo do Paraná repassou para os municípios R$ 1.828.799,17, sendo (54%) R$ 986.693,85 para despesas de custeio e (46%) R$
                          842.105,32 para investimentos. Carvalho,coloca que a responsabilidade de financiar a saúde continua do cidadão que o faz como pré-pagamento
                          aos governos. Daí para frente a responsabilidade de financiar passa a ser das 3 esferas de governo, conforme definido na Constituição Federal,
                          e agora na Lei complementar 141. Coloca ainda que “se, de um lado, defendemos a necessidade de recursos financeiros, deixemos claro que
                          estes recursos, embora assegurados, não garantem por si só a eficiência e eficácia das ações de saúde, é preciso planejamento para fazer certo,
                          o certo”, e mais, a luta por mais recursos para a área da saúde é um luta complexa, trata-se apenas de uma parte da solução do problema. Este
                          trabalho visa verificar o percentual utilizado de recurso VIGIASUS/2013. Optou por uma abordagem quantitativa, pois segundo Moresi (2003) tudo
                          pode ser quantificável e traduzido em números as informações para analisá-las. Trata-se de uma pesquisa descritiva cuja finalidade é, observar,
                          registrar e analisar os fenômenos, sem, contudo, entrar no mérito dos conteúdos (Barros e Lehfeld,2007). A base de dados foram os Relatórios
                          de Monitoramento e o Descritivo da Aplicação dos recursos. Após a coleta dos dados, utilizou-se o Software de tabulação (Tabwin), para cálculos
                          e elaboração dos mapas. Verificou-se que do recurso para investimentos, 22 municípios (79%), utilizaram 100%, e 6 municípios (21%), possuem
                          recurso para execução. Do recurso de custeio, 10 municípios (36%) utilizaram 100%, 15 municípios (53%) utilizou de 35% a 96%, e 3 municípios
                          (11%) o recurso não foi utilizado. Dos 28 municípios da Regional do total geral de recurso recebido, 11 municípios (39%) utilizaram de 97% a
                          100%, 14 municípios (50%) fizeram uso de 67% a 96%, e 3 municípios (11%) utilizaram de 38% a 45%. Conforme verificado, e de acordo com
                          Carvalho podemos ter os maiores recursos alocados à área da saúde e não se tem conseguido fazer certo, o certo. Palavras-chave: Vigiasus.
                          Financiamiento. Planejamento.
                          Referências bibliográficas: Barros, Aidil Jesus da Silveira; Lehfeld, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 3 ed.São
                          Paulo:  Pearson  Prentice  Hall,  2007.  Carvalho,  Gilson.  Retsus_52_Entrevista  –  disponível  em  http://www.retsus.epsjv.fiocruz.br/search/node/
                          gilson%20carvalho. (Acessado em 14/04/2016) Carvalho, Gilson. O Financiamento Público da Saúde no Bloco de Constitucionalidade: disponível
                          em http://pfdc.pgr.mpf.mp.br (acesso em 01/02/16). Moresi, Eduardo. Metodologia da Pesquisa. 2003. 108 f. Monografia (Especialização)
                          - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2003. Disponível em: . Acesso em: 30.04.2016. Programa VIGIASUS - Instrutivo para Execução e
                          Avaliação das Ações de Vigilância em Saúde – Secretaria de Estado de Saúde do Paraná – 2014.  65
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