Page 69 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 196

                  Importância da vigilância dos contatos de paciente com
                  tuberculose para adesão do caso índice ao tratamento

                  AUTOR PRINCIPAL: Simoni Pimenta de Oliveira |  AUTORES: Sandra Marisa Pelloso, Maria Dalva de Barros Carvalho, Rosilene Fressatti
                  Cardoso  |  INSTITUIÇÃO: 15ª Regional de Saúde e Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá-PR  |  E-mail: simonioliveira@sesa.pr.gov.br


                   Introdução:  Uma  das  ações  para  controle  da  tuberculose  (TB)  é  a  vigilância  dos  contatos  ou  comunicantes  dos  casos  índices  para
                   diagnóstico precoce e tratamento de TB. O procedimento auxilia a interromper a cadeia de transmissão da TB. Porém, verificou-se que a
                   ação não ocorre em todas as situações de diagnóstico de casos novos da doença no Paraná. Objetivos: Identificar e visitar os casos novos
                   de TB pulmonar residentes na 15ª Regional de Saúde/Paraná que não apresentam contatos na ficha epidemiológica do SINAN-net. Método:
                   Foi realizado estudo transversal, descritivo e exploratório com visita domiciliar e entrevista estruturada. Os critérios de inclusão foram casos
                   novos de TB pulmonar diagnosticados entre 2011 - 2012. Foram excluídos casos encerrados como transferência, mudança de diagnóstico
                   e óbito. Resultado: foram encontrados 30 casos índices de TB pulmonar em maiores de 15 anos. Destes, 11 eram privados de liberdade
                   e dois em situação de rua. Dos 17 endereços disponíveis, muitos não foram localizados devido a informações incorretas prestadas no
                   momento da notificação, mudança de endereços e telefone e um óbito. Dos cinco casos restantes e entrevistados, um residia sozinho no
                   momento do diagnóstico, não tendo contato domiciliar. Porém, frequentava a igreja uma vez por semana. Quanto a ocupação destes cinco
                   casos, dois desenvolviam atividade laboral durante o processo do diagnóstico de TB e informaram que foram acompanhados por profissionais
                   de saúde durante o tratamento anti-TB. Quando questionados se foram abordados por profissionais de saúde para identificação de contatos,
                   relataram que não houve qualquer questionamento sobre o assunto. Três indivíduos relataram para pessoas próximas que estavam com TB.
                   Conclusão: A indicação e avaliação dos contados dos indivíduos com TB deve ser resgatada enquanto ação de vigilância epidemiológica.
                   Compete aos profissionais de saúde informar o doente e se necessário, realizar visita domiciliar e/ou institucional para conhecer o ambiente
                   que o indivíduo com TB vive e suas relações sociais. A identificação dos contatos implica em falar sobre a doença com familiares e
                   comunicantes e colabora para diminuir o preconceito com a TB. Esta ação também pode contribuir para melhorar a adesão do caso índice
                   ao tratamento e cura da doença, além da interrupção da cadeia de transmissão e eliminação da tuberculose enquanto problema de saúde
                   pública. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual
                   de Recomendações para Controle da Tuberculose no Brasil. Normas e Manuais Técnicos. Brasília; 2011. Palavras-chave: Tuberculose.
                   Vigilância Epidemiológica. Busca de comunicante. Doenças transmissíveis.



                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 203

                 Parasitas patogênicos ao homem em alfaces (lactuca sativa l.)
                 comercializadas no município de Cascavel - PR


                 AUTOR PRINCIPAL: Veridiana Lenartovicz Boeira  |  AUTORES: Leyde Daiane de Peder, Ana Paula Viecelli, Elouisa Bringhentti, Barbara
                 Alana Pereira  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE  |  Cascavel-PR  |  E-mail: verilenartovicz@yahoo.com.br


                   Doenças parasitárias intestinais são transmitidas principalmente pela ingestão de ovos, larvas ou cistos desses patógenos em água
                   ou alimentos contaminados, entre eles as hortaliças. A falta de cuidados no preparo e consumos das hortaliças, aliados à deficiência
                   no sistema de controle da água potável, água de irrigação e adubo, como também no manejo dos vegetais podem contribuir para a
                   contaminação das mesmas. Avaliou-se a contaminação de alfaces crespas comercializadas em diferentes estabelecimentos da cidade
                   de Cascavel – PR entre os meses de março e outubro de 2015, onde foram analisadas 50 amostras obtidas de forma aleatória de
                   supermercados, hortifrutis e feiras livres. Cada pé de alface foi considerado uma amostra e cada uma destas foi submetida a lavagem
                   por agitação, sendo que a água de lavagem foi analisada segundo as metodologias de centrífugo flutuação e sedimentação espontânea.
                   Obteve-se 62% de positividade para parasitas patogênicos ao homem nas amostras de alface, sendo que a maior prevalência foi de larvas
                   de Strongyloides stercoralis com 26,08% (n= 6), seguida de larva e ovo de Ancilostomídeo com 21,74% (n= 5). O método de Hoffmann
                   demonstrou maior sensibilidade, com 28 amostras infectadas de um total de 31, enquanto que pelo método Faust, em apenas 17 foram
                   encontradas espécies de parasitos. Observou-se a necessidade de maior controle sobre as etapas de manejo das hortaliças, tais como
                   plantio, manipulação e transporte, para garantir um consumo adequado e saudável dos vegetais, reduzindo o risco de contaminação dos
                   consumidores, visto que as mesmas são consumidas cruas e com muita frequência por toda a população. Referências: ALVES, A. S.;
                   NETO, A. C.; ROSSIGNOLI, P. A. Parasitos em alface-crespa (Lactuca sativa L.), de plantio convencional, comercializada em supermercados
                   de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Rev. Patol. Trop. 2013; 42 (2): 217-229. FREITAS, A.A.; KWIATKOWSKI, A.; NUNES, S.C.; SIMONELLI,
                   S.M.; SANGIONI, L.A. Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em feiras livres e supermercados do município
                   de Campo Mourão, Estado do Paraná. Acta sci., Biol. sci. 2004; 26 (4):381-84. RAMOS, M. O.; BERGOTTI, I. L.; ROSA, G.; VIEIRA, G. F.
                   P.; MESSA, V.; MERLINI, L. S. Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas no município de Umuarama, Paraná,
                   Brasil. Rev. Bras. Hig. Sanid. Anim. 2014; v. 08, n. 3, p. 1-12. Palavras-chave: Hortaliças. Alface crespa. Parasitas intestinais.




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