Page 71 - ANAIS_3º Congresso
P. 71

EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 224

                  Diferencial de mortalidade por acidentes de trânsito entre
                  homens e mulheres. Paraná-Brasil, 1996 a 2013


                  AUTOR PRINCIPAL: Débora Regina Oliveira Moura Abreu  |  AUTORES: Thais Aidar de Freitas Mathias; Eniuce Menezes de Souza  |
                  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá-PR  |  E-mail: debora.drom@gmail.com


                   Aproximadamente 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo morrem vítimas dos acidentes de trânsito a cada ano (WHO, 2009). No Brasil o
                   número de mortos e feridos graves ultrapassam 150 mil pessoas e custos totais relacionados aos acidentes em torno de R$ 28 bilhões anuais
                   (DATASUS, 2016). A taxa de mortalidade por acidente de trânsito no país, em 2009, foi de 19,6 óbitos por 100 mil habitantes, 32,6 para
                   homens e 7,1 para mulheres (BRASIL, 2011). Devido às elevadas taxas a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o período 2011
                   a 2020 como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito e solicitou aos países a estabelecerem meta de estabilizar e reduzir as mortes
                   no trânsito (WHO, 2016). Foi objetivo analisar as taxas de mortalidade por acidentes de trânsito de residentes no estado do Paraná, segundo
                   sexo. Os resultados podem contribuir para o alcance das metas estabelecidas pela ONU. Foram utilizados os dados do Sistema de Informação
                   sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM-SUS), codificados nas categorias V01 a V89 da Classificação Internacional de Doenças
                   (CID-10) e as informações referentes à população residente estimadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponíveis no
                   site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). As taxas de mortalidade tiveram variação entre 34,9 em 1996 e
                   28,6 em 2013, sendo mais elevadas para o sexo masculino em todo o período, chegando a ser superior em até 5 vezes em relação ao sexo
                   feminino no ano de 2002. As taxas mais elevadas para o sexo masculino foram de 55,1; 53,5 e 56,3 óbitos por 100 mil habitantes para os
                   anos de 1996, 1997 e 2012, respectivamente. Para o sexo feminino as taxas foram de 15,0; 13,6 e 12,7 óbitos por 100 mil habitantes,
                   para os anos de 1996, 1997 e 2010. Os dados ratificam as altas taxas de mortalidade por acidentes de trânsito no estado do Paraná, e
                   a maior incidência do fenômeno para o sexo masculino evidenciando que ações devem ser tomadas para adequar as taxas ao preconizado
                   pelo Ministério da Saúde, com vistas à redução dos riscos a eventos desfavoráveis. Referências: 1. World Health Organization. Global status
                   report on road safety: time for action. Geneva: World Health Organization; 2009. 2. Ministério da Saúde. DATASUS. Acessado em abril de 2016.
                   Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.php?area=02. 3. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em
                   Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Saúde Brasil 2010: Uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas
                   de impacto de ações de vigilância em saúde. Brasília: MS; 2011. 4. World Health Organization. Decade of Action for Road Safety 2011-2020.
                   Acessado em abril de 2016). Disponível em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/publications/ road_traffic/decade_booklet/en/
                   Palavras-chave: Acidentes de Trânsito. Mortalidade. Séries Temporais.



                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 226

                  A importância do diagnóstico precoce da Hanseníase
                  na prevenção de incapacidades


                  AUTOR PRINCIPAL: Adinéia Rufatto Gubert  |  AUTORES: Simone Fernandes, Maikon Renann Gubert, Maiara Olkoski, Oeliton Deoclides
                  |  INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Coronel Vivida  |  Coronel Vivida-PR  |  E-mail: adineia_gubert@hotmail.com


                   Introdução: A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica e constitui importante problema de Saúde Pública no Brasil e em vários países
                   do mundo. A fim de evitar o desenvolvimento de incapacidades físicas, ressaltamos o papel fundamental do diagnóstico precoce, prevenindo
                   e interrompendo o surgimento de neuropatias hansênicas. Objetivos: Relatar a importância do diagnóstico precoce da hanseníase para a
                   prevenção de incapacidades e evolução para garra ulnar. Métodos: Busca da historia clinica do paciente e relato do caso. Resultados: Sexo
                   feminino, 79 anos, branco, queimaduras de 2 e 3 graus, frequente membros inferior e superior. Em um dos casos de queimadura acabou
                   perdendo partes dos dedos e duas unhas dos pé, devido a gravidade, não tinha sensibilidade nos membros desde 2010 e segundo relatos
                   sem sinais de perda de força nos membros. Diabetes tipo I, mais de 35 anos. Suspeitava-se que fosse hanseníase, solicitou-se baciloscopia,
                   resultado negativo. Negava lesão de pele e casos de hanseníase na família. Passou-se 03 anos, e continuam-se os episódios de queimaduras.
                   A ACS, após capacitação de Hanseníase pela Epidemiologia, solicitou visita domiciliar.. Na visita domiciliar, realizado o exame dermatológico,
                   revelou presença de placas eritêmato-infiltradas, com aspecto anular no tronco e nos membros superiores. A avaliação neurológica evidenciou
                   atrofia dos músculos intraósseos das mãos e parestesia nos membros superiores e inferiores, apresentava garra ulnar da mão E. Levantou-
                   se a hipótese de hanseníase, a baciloscopia foi negativa, realizou biópsia positiva para hanseníase. Iniciou-se poliquimioterapia no esquema
                   multibacilar (PQT-MB), acompanhamento mensal de dose supervisionada e fisioterápico, além de notificado o caso, sendo classificada como
                   grau II. Conclusões: Pela dificuldade e habilidade de reconhecer e avaliar os diferentes sintomas e neuropatia da hanseníase, correlacionada
                   com outras patologias, dificulta o diagnóstico precoce da mesma, o reconhecimento e diagnóstico precoce da hanseníase é fundamental
                   para evitar a instalação de deficiências e incapacidades, com relação a paciente relatada no caso, se em 2010 tivesse sido diagnosticado
                   hanseníase, suas incapacidades seriam evitadas e seu grau de incapacidade poderia ser zero. (0). A importância do trabalho interdisciplinar
                   na suspeita de hanseníase é fundamental, para o diagnóstico e a prevenção de incapacidades. Palavras-chave: Hanseníase. incapacidade;
                   prevenção.




                                                                                                              71
   66   67   68   69   70   71   72   73   74   75   76