Page 74 - ANAIS_3º Congresso
P. 74
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 244
Aleitamento materno e alimentação complementar na
perspectiva da escolaridade materna
AUTOR PRINCIPAL: Victoria Beatriz Trevisan Nóbrega Martins | AUTORES: Claudia Choma Bettega Almeida | INSTITUIÇÃO: Universidade
Federal do Paraná | Curitiba-PR | E-mail: victoriabeatrizmartins@gmail.com
O aleitamento materno é o melhor alimento nos primeiros meses de vida da criança. A partir dos 6 meses de vida da criança é necessário iniciar
a alimentação complementar de forma gradual, garantindo os nutrientes adequados para o seu desenvolvimento. A introdução precoce desses
alimentos pode comprometer o crescimento infantil, pois afeta a absorção de nutrientes do leite materno, aumenta o risco de contaminação e pode
desencadear reações alérgicas. O objetivo deste trabalho é avaliar a associação entre escolaridade materna e aleitamento materno e alimentação
complementar entre crianças que frequentam berçários de uma cidade na região metropolitana de Curitiba. A amostra foi composta por 363 crianças
menores de 24 meses e suas respectivas mães. Foi utilizado um questionário para levantar as questões referentes às condições socioeconômicas,
demográficas, ambientais e de saúde e sobre o consumo alimentar. Os resultados encontrados demonstraram que mais da metade da amostra
das crianças possuía idade entre 12 e 23 meses (53,5%), nasceram de parto normal (51,5%), com peso adequado (81,9%) e a termo (90,8%). No
momento da pesquisa, apenas 17,3% estavam em aleitamento materno. 52,3% permaneceram em aleitamento materno exclusivo até os 4 meses,
43,2% entre 4 e 6 meses e 4,5% continuaram em aleitamento materno após os 6 meses. A maioria das mães era adulta (92,5%), branca (59,1%),
com 9 anos ou mais de estudo (70,2%) e trabalhava (90,9%). Ao analisar a influência da escolaridade materna nas práticas alimentares das crianças,
nota-se que das 63 crianças que estavam em aleitamento materno, a maioria das mães tem 9 anos ou mais de estudo. Já a duração do aleitamento
materno, superior a 6 meses foi maior entre as mães com escolaridade entre 4 a 8 anos. Para a alimentação complementar a maioria das mães
introduziu os alimentos antes dos 6 meses de idade, foi representado pelas mães com menor escolaridade. A partir dos resultados é possível perceber
que o início das crianças na vida escolar interfere nas práticas de aleitamento materno. A duração do aleitamento materno e o aleitamento materno
exclusivo se elevam à medida que aumenta a escolaridade materna. Essas comparações revelam que o panorama social das mães vem sendo
mudado, revelando o desenvolvimento cognitivo, social e educacional desta população. Referências: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de
Política de Saúde. Organização Panamericana de Saúde. Guia Alimentar para Crianças menores de 2 anos. Brasília,2002. BRASIL. MINISTÉRIO DA
SAÚDE. Caderno da atenção básica nº 23: Saúde da Criança: Nutrição Infantil- Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Brasília 2009
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE.II Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília:2009 CORÊA,
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
E. N.; CORSO, A. C. T; MOREIRA, E. A. M. e KAZAPI, I. A. M. Alimentação complementar e características maternas de crianças menores de dois anos
de idade em Florianópolis (SC). Revista Paulista de Pediatria 2009;27(3):258-64. CAMINHA M.F.C; SERVA V.B; ARRUDA I.K.G e BATISTA FILHO M.
Aspectos históricos, científicos, socioeconômico e institucionais do aleitamento materno. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, 10(1):
25-37 jan./mar.,2010. Palavras-chave: Aleitamento Materno. Escolaridade Materna. Alimentação Complementar.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 254
Encerramento oportuno da investigação de casos de dengue
(óbitos), Paraná – 2014
AUTOR PRINCIPAL: Silmara Aparecida Ferreira de Carvalho | AUTORES: Dora Yoko Nozaki Goto, Eneas Cordeiro de Souza Filho, Liliana Müller Larocca, Jorge
Vinicius Cestari Félix | INSTITUIÇÃO: Secretaria Estadual de Saúde/ Universidade Federal do Paraná | Curitiba-PR | E-mail: silmara.carvalho@sesa.pr.gov.br
Introdução: O atual quadro epidemiológico da dengue, com ampla distribuição em várias regiões vem demonstrando a importância do agravo no
país. “A dengue é um agravo de notificação compulsória, portanto todos os casos suspeitos devem ser obrigatoriamente notificados a Vigilância
Epidemiológica do Município” (BRASIL, 2009a, p. 45). Em se tratando de casos graves e óbitos por dengue, a notificação é compulsória e imediata,
devendo ser realizada em até 24 horas (BRASIL, 2016). Estas medidas visam à identificação precoce de novos casos assim como de alterações no perfil
de letalidade pela dengue, permitindo a investigação epidemiológica oportuna e a efetiva adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas
mortes. Investigar e encerrar os casos dentro do prazo preconizado é condição essencial para a análise da situação de saúde e tomada de decisão.
Objetivo: Avaliar o encerramento oportuno da investigação de casos de dengue (óbitos) no Paraná em 2014. Método: estudo descritivo de avaliação
do atributo oportunidade preconizado pelo Centers Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos (CDC, 2001). O cenário do estudo foram
os 399 municípios do Estado do Paraná. Fonte de dados e população: banco dados de dengue (óbitos por dengue e outras causas), obtidos do Sistema
de informação de Agravos de Notificação (Sinan Online) do estado do Paraná no ano de 2014 totalizando 87 registros. Foram incluídos os municípios
que apresentaram notificações de casos de dengue (óbitos) residentes, confirmados ou descartados. Análise estatística descritiva por meio do programa
Tabwin e Excel com cálculo do intervalo transcorrido entre a data de encerramento e a data da notificação e percentual de casos encerrados em até 60
dias após a notificação. Adotou-se o parâmetro aceitável de 80%, preconizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2009b). Resultados: Do total de 87
registros distribuídos em 43 municípios (11,5%) com notificações de óbitos suspeitos ou confirmados por dengue, 37 municípios (80,4%) apresentaram
80% a 100% de encerramento oportuno da investigação e nove (19,6%), menor que 80%. Conclusão: A avaliação apresentou resultados satisfatórios
na maioria dos municípios (80,4%) com 80% e mais casos de dengue (óbitos) encerrados em até 60 dias após a notificação, demonstrando a eficiência
do sistema de vigilância epidemiológica em investigar e encerrar os casos para o controle da doença. Referências: 1- Ministério da Saúde (BR).
Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes Nacionais para a Prevenção de Epidemias de Dengue. Brasilia:
Ministério da Saúde; 2009a. 2- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Portaria nº204,
de 17 de fevereiro de 2016 . Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde
públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 3- German RR,
Lee LM, Horan JM, Milstein RL,Pertowski CA, Waller MN.Guidelines. Working Group Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Updated guidelines
for evaluating public health surveillance systems: recommendations from the Guidelines Working Group. MMWR Recomm. Rep. [Internet].2001[cited
2016 Fev 26];50(RR-13):1-35; quiz CE1-7. Available from: http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5013a1.htm 4- Ministério da Saúde (BR).
Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. GT-Sinan/CGDT. Nota Técnica para Orientação de como calcular os
Indicadores de Acompanhamento do Sinan. Indicador de nº 1: Percentual de casos notificados que foram encerrados oportunamente após notificação,
exceto dengue clássico. Brasília: Ministério da Saúde; 2009b. Palavras-chave: Avaliação em saúde.SINAN. Dengue.
74