Page 79 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 278
Perfil sociodemográfico e obstétrico de puérperas em idade
avançada de um hospital escola do sul do Brasil
AUTOR PRINCIPAL: Juliane Dias Aldrighi | AUTORES: Suelen da Silva Ribeiro, Marilene Loewen Wall, Samuel Spiegelberg Zuge |
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná, Universidade do Oeste de Santa Catarina | Curitiba-PR | E-mail: juliane.aldrighi@gmail.com
Introdução: Com o passar dos tempos houve maior inserção da mulher no mercado de trabalho, seu nível educacional melhorou e
concomitantemente os métodos contraceptivos se desenvolveram, acarretando aumento no número de mulheres que optam por
engravidar em idade avançada1,2. Objetivo: descrever as características sociodemográficas e obstétricas de mulheres em idade materna
avançada que realizaram parto em um hospital escola de referência do sul do Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva
com abordagem quantitativa. Critérios de inclusão: mulheres com idade ≥ 35 anos, que realizaram parto no ano de 2014 na instituição
hospitalar. A coleta de dados foi realizada em prontuários por meio de questionário estruturado. O período de coleta foi de setembro
a dezembro de 2015. Os dados foram digitados e analisados estatisticamente no Programa PASW Statistics® 18.0. Resultados: A
população foi de 223 puérperas, das quais 68,6% tinham idade entre 35 a 39 anos e 27,8% de 40 a 44 anos. Predominaram mulheres:
brancas (82,5%), com ensino médio completo (35,4%) e declaradas casadas (75,8%). As ocupações que obtiveram maior incidência foram
trabalhadoras do serviço, vendedoras no comércio, lojas e supermercados, com 34,1%, seguido de dona de casa (32,3%). Quanto ao perfil
obstétrico, 91,9% realizaram o pré-natal, e destas, apenas 59,2% tiveram mais de 6 consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde. A
idade gestacional no parto foi gestação a termo (39,9%), seguida de termo inicial (31,4%), pré-termo (19,7%) e termo tardio (4,0%). Das
mulheres, 53,4% realizaram parto cesáreo e 46,6% parto vaginal, 75,8% apresentaram alguma complicação durante a gestação, sendo as
mais decorrentes: diabetes gestacional (19,7%), pré-eclâmpsia (10,8%), trabalho de parto prematuro (5,4%) hipotireoidismo (3,6%) e DHEG
(3,6%). De todas as mulheres, apenas 24,2% não apresentaram nenhuma complicação. Destaca-se que a constatação da fragilidade dos
registros em prontuários, principalmente em relação aos dados de pré-natal e número de consultas, representam uma porcentagem alta
de dados ignorados, ou seja, que não constavam no prontuário. Conclusão: Assim, entende-se que seja necessário conhecer o perfil das
mulheres em idade materna avançada, de forma a compreender os aspectos que permeiam a gestação nessa idade, para poder traçar
possibilidades de cuidado a essa população específica, e colaborar para a construção de políticas públicas que englobem as gestantes
tardias. Referências: 1. Metcalfe A, Vekved M, Tough SC. Educational attainment, perception of work place support and its influence on
timing of childbearing for Canadian women: a cross-sectional study. Matern Child Health J, 2014; 18(7):1675-82. 2. Brasil. Ministério da
Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5ªed.
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. Palavras-chave: Idade Materna. Gravidez de alto risco. Enfermagem Obstétrica.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 282
Caracterização das vítimas e dos acidentes de trabalho fatais
relacionadas às causas externas no estado do Paraná 2012 e 2013
AUTOR PRINCIPAL: Josemar Batista | AUTORES: Rita de Cássia M.S Carneiro | INSTITUIÇÃO: FAG | Cascavel-PR |
E-mail: josemar.batista@hotmail.com
Introdução: Os eventos acidentais ou violentos relacionados ao trabalho representam um problema prioritário para a Saúde Pública. O
fenômeno da violência urbana é dificilmente caracterizado na sua relação com o trabalho em virtude de sua invisibilidade comparada
aos óbitos nos ambientes laborais, contudo, expressa a vulnerabilidade dos trabalhadores a cerca da degradação social que estão
expostos em suas respectivas atividades ocupacionais. Objetivo: caracterizar o perfil das vitimas e dos acidentes de trabalho fatais
relacionadas a causas externas (CE). Método: pesquisa quantitativa, descritiva, retrospectiva, cuja fonte de dados foi pelo Departamento
de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, durante o mês de Fevereiro/2016, sendo os dados
submetidos à estatística descritiva. Resultados: Foram identificados 844 óbitos, com prevalência na faixa etária produtiva dos 20 aos
49 anos (67,50%) com predomínio no gênero masculino (94,08%), da cor branca (80,95%), casados (46,22%) com escolaridade entre
8 e 11 anos de instrução (39,30%). Destacaram-se os acidentes de transporte (61,67%), seguidos dos considerados como “outros”
(37,14%). As agressões e lesões autoprovocadas voluntariamente corresponderam a 0,72% do total dos eventos fatais. Conclusão:
Constata-se que os acidentes de transporte são responsáveis por impactar nos percentuais de mortalidade por acidentes de trabalho
relacionados às CE e, que, ações intersetoriais são essenciais para minimização desses agravos em virtude que o fato transcende os
âmbitos das vigilâncias em saúde. Referências: LACERDA, K.M., et al. Acidentes de trabalho fatais em Salvador, BA: descrevendo o
evento subnotificado e sua relação com a violência urbana. Rev. bras. saúde ocup. v.39, n.129, p. 63-74 ,2014. NOMELLINI, P.F., et al.
Óbitos por acidentes e violências relacionados ao trabalho no município de Palmas, Estado do Tocantins, Brasil, 2010 e 2011: série de
casos e investigação por meio de autópsia verbal. Epidemiol. Serv. Saúde, v.22, n.3, p.413-422, 2013. Palavras-chave: Mortalidade.
Acidentes de Trabalho. Causas Externas. Epidemiologia.
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