Page 81 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 293
Caracterização socioeconômica e utilização dos
serviços de saúde dos óbitos domiciliares por causas
cardiovasculares ou diabetes, Cambé – PR, 2013
AUTOR PRINCIPAL: Naiene Claudia Mariano de Angeli | AUTORES: Rafaela Vieira Jorge, Kecia Costa, Ana Maria Rigo Silva, Wladithe
Organ de Carvalho | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina-PR | E-mail: naienedeangeli@gmail.com
Introdução: O cenário brasileiro relacionado a causas de óbitos passa por um processo de transformação nos últimos anos, migrando
das doenças infecto contagiosas para doenças cardiovasculares e diabetes. Objetivo: Caracterizar os óbitos em domicilio ocorridos por
causas cardiovasculares e diabetes em Cambé –PR, 2013. Metodologia: Estudo transversal. Foram estudados os óbitos em domicilio
em residentes e ocorridos em Cambe, 2013, que continham em qualquer parte da declaração de óbito causa cardiovascular ou diabetes.
Foram preenchidos formulários com dados de prontuário da unidade básica de saúde (UBS), das internações realizadas e em entrevista com
familiares. Resultados: Ocorreram 44 óbitos em domicílio no ano de 2013. Destes 26 (59%) eram mulheres,31 (71%) maiores de sessenta
anos, 30 (91%) não negros, 22 (67%) estudaram até fundamental incompleto, 25 (76%) obtinham renda de até 3 salários mínimos, porém
31 (94%) moravam em casa própria, 23 (70%) não possuíam plano de saúde e 30 (91%) utilizavam a UBS. Conclusão: O presente estudo
demonstra uma população de classe econômica mais baixa e que utilizam a UBS. Dessa forma, faz-se necessário ofertar serviços de qualidade
a essa população, visando à prevenção da ocorrência das doenças cardiovasculares e diabetes. Referências: MANSUR, Antônio de Pádua et
at Transição epidemiológica da mortalidade por doenças circulatórias no Brasil, Arq Bras Cardiol, v. 93, n. 5, p. 468 - 472, dez. 2008.Disponível
em: Acesso em 25.mar. 2016 FURUKAWA, Tatiane Sano; MATHIAS, Thais Aidar de Freitas; MARCON, Sonia SIlva. Mortalidade por doenças
cerebrovasculares por residência e local de ocorrência do óbito: Paraná, Brasil, 2007, Caderno de Saúde Pública, v.2, n.27, p.327-334,
fev.2011. Disponível em: < http://www.scielosp.org/pdf/csp/v27n2/14.pdf>. Acesso em: 06 fev.2016 Palavras-chave: Mortalidade. Óbito.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 299
Estudo da polifarmácia associada à vulnerabilidade de
uma população de idosos em Maringá-PR
AUTOR PRINCIPAL: Karine Campos Nunes | AUTORES: Camila Félix Vecchi, Flávia Laís Faleiro, Gabrielle Rodrigues Munhoz, Adriana
Lenita Meyer Albiero | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá-PR | E-mail: kaahnunes07@gmail.com
Introdução: A alta prevalência de doenças crônicas na população idosa, o marketing das indústrias farmacêuticas e a formação dos
profissionais de saúde são fatores que contribuem para o aumento do uso de medicamentos. Tem-se a polifarmácia, isto é, o uso de
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múltiplos medicamentos, como um grave problema no sistema de saúde. Há o risco da terapia incorreta, efeitos adversos e interações
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medicamentosas. Estudos referentes aos temas a identificação da polifarmácia e prescrição inadequada, interferem significativamente na
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qualidade de vida do idoso. Objetivos: Considerando a problemática da polifarmácia na Saúde Pública do Brasil e a importância da busca
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e análise do uso de medicamentos da população idosa, objetiva-se traçar o perfil medicamentoso de idosos pertencentes à região adscrita à
ESF 4 da UBS Pinheiros, em Maringá, Paraná. Metodologia: O tempo de uso, a relação e a dose dos medicamentos utilizados pelos idosos
da área estudada, foram coletados por um instrumento desenvolvido tendo como base o manual do APSUS4. Sob a orientação das tutoras, os
petianos dos grupos de educação tutorial (PET-Farmácia e PET-Enfermagem), acompanhados pela enfermeira da equipe e os ACSs realizaram
as visitas domiciliares. Resultados e discussão: O estudo mostrou um grande número de medicamentos na terapia dos idosos, abrangendo
múltiplas classes terapêuticas, com alta prevalência dos de uso contínuo, e por muito tempo. A necessidade de múltiplos fármacos devido
à complexidade dos problemas clínicos, tal como as alterações biológicas inerentes ao idoso, torna-os vulneráveis aos eventos adversos
advindos dos medicamentos usados.1 Estabelecendo uma relação entre a polifármacia observada e a vulnerabilidade do idoso, verificou-se
na população idosa, a fragilidade e a carência de conhecimento de suas patologias e de sua terapia medicamentosa, além dos efeitos que
o uso contínuo destes causam em sua saúde. Com isso, é fundamental a promoção da racionalidade terapêutica na garantia da segurança
e qualidade de vida do indivíduo, que devem ser visadas pela equipe multiprofissional. Conclusão: O trabalho qualificou e quantificou os
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medicamentos consumidos por uma população de idosos, evidenciando a relação entre a polifármacia e a vulnerabilidade do idoso. Os
resultados do trabalho servirão de subsídio para futuras medidas de intervenção e promoção do uso racional de medicamentos visando
a educação em saúde e a melhora da qualidade do atendimento e de vida da comunidade. Referências: 1 - SECOLI, S. R.; Polifarmácia:
interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 63, n°. 1, p. 136-140, 2010. 2 -
BUSHARDT, R. L.; MASSEY, E. B.; SIMPSON, T. W.; ARIAIL, J. C.; SIMPSON, K. N. Polypharmacy: Misleading, but manageable. Clin Interv Aging.
vol. 3, n°.2, p. 383-389, 2008. 3 - HAJJAR, E. R.; CAFIERO, A. C.; HANLON, J. T. Polypharmacy in Elderly Patients. The American Journal of
Geriatric Pharmacotherapy, vol. 5, n°. 4, p. 345-351, 2007. 4 - PARANÁ, Secretaria Estadual de Saúde. Saúde do Idoso na Atenção Primária à
Saúde. Oficinas do APSUS, 2014. 5 - CUENTRO, V. S.; ANDRADE, M. A.; GERLACK, L. F.; BÓS, J. G.; SILVA, M. V. S.; OLIVEIRA, A. F. Prescrições
medicamentosas de pacientes atendidos no ambulatório de geriatria de um hospital universitário: estudo transversal descritivo. Ciênc. saúde
coletiva, vol.19, n°. 8, p. 3355-3364, 2014. Palavras-chave: Saúde Pública. Polifarmácia. População idosa.
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