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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 341
Adequação das Boas Práticas higiênicas em Supermercados de um
município da região metropolitana de Curitiba-PR: condições de
temperatura, higiene de superfícies e gerenciamento dos resíduos sólidos
AUTOR PRINCIPAL: Danieli Muchalak dos Santos | AUTORES: Alessandra Schemberguer, Elisa Maria Jussen Borges, Marcia Oliveira
Lopes | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná - UFPR | Curitiba-PR | E-mail: danieli_muchalak@yahoo.com.br
Supermercados são considerados os principais equipamentos de aquisição de alimentos pela população. A baixa adesão às Boas Práticas nesses
locais resulta em diversas situações de riscos à saúde do consumidor. Procurando analisar o panorama higiênico-sanitário de supermercados de um
município da região metropolitana de Curitiba-PR, realizou-se um estudo exploratório-descritivo em 12 supermercados, selecionados de acordo com
a metragem de área de vendas entre 300 e 5.000m². Como instrumento de avaliação, foi elaborada e aplicada uma lista de verificação de Boas
Práticas, abordando 20 áreas do setor supermercadista, que contemplou itens de edificações/instalações, equipamentos, manipuladores, qualidade
da água, controle de vetores e pragas urbanas, documentação e gerenciamento de resíduos sólidos. Os estabelecimentos foram classificados segundo
apresentação de conformidades, sendo que apenas 8,33% (n=1) alcançou classificação A, entre 76 a 100% de conformidade; 58,34% (n=7) atingiram
classificação B, com 51 a 75%; e 33,33% (n=4) apresentaram classificação C, inferior a 50% de conformidade. Destacaram-se irregularidades
de alto risco no açougue, padaria e câmaras frias, como a ausência de sabonete líquido e/ou papel toalha para a higienização das mãos dos
manipuladores, alimentos armazenados em locais sujos e em contato direto com o piso, embalagens danificadas e produtos para devolução/descarte
não identificados. Todos os estabelecimentos (n=12) não apresentaram Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e a presença ou vestígios de
vetores e pragas urbanas foi averiguada em 91,67% (n=11) deles. Quanto aos 49 equipamentos de congelados avaliados, foram examinadas as
condições de conservação, higienização e temperatura, constatando-se que: 59,19% (n=29) apresentavam produtos estocados acima da capacidade
de lotação; 36,74% (n=18) não estavam regulados à temperatura adequada, contendo produtos com sinais de descongelamento; e 12,24% (n=6)
não possuíam termostato para controle da temperatura. Em relação aos Procedimentos Operacionais Padronizados, previstos na Resolução RDC
216/2014 da ANVISA, 100% (n=12) não os possuíam e/ou os cumpriam. Dessa forma, os resultados demonstraram ausência de conformidade
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
em áreas críticas para segurança alimentar, bem como apontaram itens importantes para subsidiar as ações da vigilância sanitária, evidenciando a
necessidade de maior envolvimento e comprometimento da área gerencial dos estabelecimentos com a qualidade sanitária. Referências: ANVISA.
Resolução RDC n. 216, de 15 de setembro de 2004. Regulamento técnico de Boas Práticas para serviços de alimentação. Diário Oficial da União.
16 de setembro de 2004. ANVISA. Resolução RDC n. 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento técnico de Procedimentos Operacionais
Padronizados e a lista de verificação de Boas Práticas de fabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial
da União. 23 de outubro de 2002b. Palavras-chave: Boas Práticas higiênicas. Segurança alimentar. Supermercados.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 346
Falta de Integração Entre a Atenção Primária em Saúde
e Vigilância em Saúde
AUTOR PRINCIPAL: Eudes Cavallari Junior | AUTORES: Não há | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde de Lupionópolis |
Lupionópolis-PR | E-mail: juniorcavallari@hotmail.com
Contexto: Lupionópolis um Município de pequeno porte com uma população de 4582 habitantes, conta com 2 Unidades Básica de Saúde e um
Hospital Municipal. Tem como referência para as especialidades e casos de maior complexidade os municípios de Rolândia e Londrina. Problema:
Com a rotina do serviço, percebe-se a dificuldade na integração entre a Atenção Primária em Saúde (APS) e a Vigilância em Saúde (VS) na atenção
à dengue, principalmente nas ações de controle da atenção à dengue. Rede Explicativa: No ano de 2015 o município passou por um período de
epidemia de dengue. Frente um caso suspeita de dengue a equipe multiprofissional deve realizar as ações de bloqueio que são (busca ativa de
sintomáticos, remoção de criadouros e aplicação de UBV costal). Nas avaliações realizadas pela equipe percebeu-se que houve um numero expressivo
de notificações, pois até a semana epidemiológica nº 50 houve 301 notificações de casos suspeitos e somente 8 bloqueios realizados. Devido a
isso vimos a dificuldade de integração entre as equipes da APS e a Vigilância em Saúde, pois percebeu-se que não está havendo comunicação entre
elas. Proposta de Intervenção: Com isso observou-se a necessidade de estar aumentando o número de bloqueio frente aos casos notificados,
através da elaboração e implantação de um fluxo de informação entre a APS e a VS frente ao paciente com suspeita de dengue. O caminho a trilhar
será construí-lo através da prática da Educação Permanente em Saúde, com técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, APS e VS, pois com a
participação de todos na elaboração e implantação, espera-se que os autores sintam-se parte do problema e se corresponsabilizem para o sucesso
da ação proposta. Proposta de Avaliação: Acompanhar as notificações e o número de bloqueios realizados semanalmente, onde quanto maior for a
porcentagem melhor esta sendo a comunicação e o funcionamento do fluxo. Sugestão de indicador a ser usado no monitoramento: Nº de bloqueios
realizados em determinado local e período (sobre) Nº de notificações realizadas em determinado local e período (vezes) 100. Considerações Finais:
Com isto espera-se que o número de bloqueios aumentem, consequentemente as ações estarão sendo realizadas, sendo ofertado um serviço de
qualidade à população residente. Referências: 1. Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de
Dengue. Série A. Normas e Manuais Técnicos, Brasília, 2009. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância epidemiológica. Série A. Normas e
Manuais Técnicos, Brasília, 2010. 3. Paraná. Secretaria de Estado da Saúde. Vigilância Epidemiológica. Disponível em < http://www.dengue.pr.gov.br/
modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14 >. Acesso em 19 dez 2015. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 21. Série
A. Normas e Manuais Técnicos, Brasília, 2007 Palavras-chave: Integração. Atenção. Vigilância. Dengue.
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