Page 84 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 323
Tendência do nascimento prematuro no estado do Paraná,
segundo macrorregionais e regionais de saúde
AUTOR PRINCIPAL: Rosana Rosseto De Oliveira | AUTORES: Emiliana Cristina Melo, Patrícia Louise Rodrigues Varela Ferracioli,
Thais Aidar de Freitas Mathias | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá-PR | E-mail: rosanarosseto@gmail.com
Introdução: o nascimento prematuro, que ocorre antes da 37ª semana de gestação é um grave problema de saúde pública (LANTOS;
LAUDERDALE, 2011), pois está associado à morbimortalidade perinatal e infantil, bem como a possibilidades de seqüelas (JOHNSON
et al., 2009). A prevalência de nascimentos prematuros está aumentando em todo o mundo e sua etiologia é complexa, ainda não
bem conhecida e com diferenças regionais. OBJETIVO: analisar a tendência dos nascimentos prematuros no Estado do Paraná,
segundo Macrorregionais e Regionais de Saúde, entre 2000 e 2013. MÉTODO: Estudo vinculado ao projeto intitulado Nascimento
pré-termo e fatores associados no Estado do Paraná: ferramentas para predição e prevenção, financiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq - Edital Universal-14/2012. Estudo ecológico, de séries temporais, dos nascimentos
prematuros registrados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) de residentes no Paraná, no período de 2000 a 2013.
As taxas de nascimentos prematuros foram analisadas ano a ano e agrupadas em períodos, segundo idade gestacional e regional de
saúde de residência da mãe. Foram analisadas por meio do modelo de regressão polinomial. RESULTADO: a taxa de prematuridade no
Estado do Paraná aumentou 0,20% ao ano (p<0,001) (de 6,8% em 2000 para 10,5% em 2013), devido principalmente ao aumento da
prematuridade moderada (de 32 a <37 semanas de gestação) que, de 5,8% em 2000 aumentou para 9,0% em 2013. O aumento das
taxas de prematuridade ocorreu em todas as Macrorregionais de Saúde, com destaque para a Macrorregional Norte com crescimento
médio anual mais elevado, de 0,35% ao ano. Para as Regionais de Saúde também houve aumento, exceto para a 7ª Regional de Pato
Branco onde o declínio médio foi de -0,95% ao ano. CONCLUSÃO: o aumento do nascimento prematuro no Estado do Paraná indica
a necessidade de aprimorar as ações no pré-natal de acordo com as especificidades das Macrorregionais e Regionais de Saúde. São
necessários futuros estudos de associação da prematuridade com características socioeconômicas, demográficas, de atenção à saúde
e de organização de serviços de saúde, em cada Regional de Saúde de residência da mãe.Referências: LANTOS, J. D.; LAUDERDALE,
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
D. S.What is behind the rising rates of preterm birth in the United States? Rambam Maimonides Medical Journal, Haifa, v. 2, no. 4, p.
e0065, 2011. JOHNSON, S. et al. Neurodevelopmental disability through 11 years of age in children born before 26 weeks of gestation.
Pediatrics, Chicago, v. 124, no. 2, p. 2008-3743, 2009. Palavras-chave: Nascimento prematuro. Sistemas de informação em saúde.
Estudos de séries temporais. Estatísticas de saúde.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 324
Utilização de técnica de baixa temperatura em larvas
do Aedes Aegypti
AUTOR PRINCIPAL: Camila Malherbi Bortoluzzi | AUTORES: Marcieli Adelaine Pereira | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde
de Laranjeiras do Sul - Vigilância Em Saúde | Laranjeiras do Sul-PR | E-mail: camyllabortoluzzi@hotmail.com
A temperatura é um dos principais fatores ecológicos que infl ui tanto direta como indiretamente sobre os insetos, seja no seu
desenvolvimento, seja na sua alimentação (SilveiraNeto et al. 1976). Vários autores demonstraram os efeitos da temperatura sobre
o ciclo de vida dos insetos e de como 854 Beserra et al. - Biologia e Exigências Térmicas de Aedes aegypti (L.) (Diptera: Culicidae)
Provenientes... este fator ecológico pode ser utilizado para se entender a dinâmica populacional de vetores e com isto desenvolver
estratégias adequadas para o seu controle. Costa et al. (1994) estudaram a infl uência de nove temperaturas que variaram entre 5°C e
45°C, sobre o ciclo aquático de Culex quinquefasciatus Say (Diptera: Culicidae) e verifi caram que a faixa ótima para o desenvolvimento
encontra-se entre 20°C e 30°C. Ribeiro et al. (2001) constataram que a 30°C, sob condições de laboratório, Ophyra aenescens
Wiedemann (Diptera: Culicidae), apresenta 19,9 gerações por ano, com viabilidade total de 75,9%. Calado & Navarro-Silva (2002a)
relataram que a atividade hematofágica e a oviposição de Aedes albopictus Skuse, sofrem infl uência da temperatura, e que as baixas
temperaturas de 15°C e 20°C atuam como fator limitante ao crescimento populacional do inseto. Para esses autores, a eliminação
dos criadouros artifi ciais nos meses mais frios, pode ser uma forma de diminuição da população de fêmeas aptas a realizar o repasto
sangüíneo. Segundo Calado & Navarro-Silva (2002b) a manutenção de criadouros artifi ciais durante o período de temperaturas acima
do limiar de desenvolvimento de A. albopictus favorecerá o aumento de sua população, o que deve ser considerado na defi nição
das estratégias de controle. Desta maneira procurou-se submeter larvas do Aedes aegypti a temperatura de -8ºC, obtendo assim
um congelamento das mesmas, na sequência retiradas desta condição e expostas a temperatura ambiente, voltando assim a forma
original de livre natante. Referências: Calado, D.C. & M.A. Navarro-Silva. 2002a. Infl uência da temperatura sobre a longevidade,
fecundidade e atividade hematofágica de Aedes (Stegomyia) albopictus Skuse, 1894 (Diptera, Culicidae) sob condições de laboratório.
Rev. Bras. Entomol. 46: 93-98. Silveira Neto, S., O. Nakano, D. Barbin & N. Villa Nova. 1976. Manual de ecologia dos insetos. São Paulo,
Agronômica Ceres, 419p Palavras-chave: Aedes aegypti. Baixas temperaturas. Forma livre natante.
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