Page 89 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 399
Incidência e cura da tuberclose no munícipio de
Foz do Iguaçu no período de 2001 a 2012
AUTOR PRINCIPAL: Oscar Kenji Nihei | AUTORES: Regiane Bezerra Campos; Maria Luzia Topanotti; Jhenifer de Souza;
Reinaldo Antonio Silva- Sobrinho | INSTITUIÇÃO: Centro de Educação, Letras e Saúde - Universidade Estadual do Oeste do
Paraná (UNIOESTE) - Campus de Foz do Iguaçu | Foz do Iguaçu-PR | E-mail: oknihei@gmail.com
Introdução: A tuberculose é uma doença que acomete grande parcela da população, sendo o Brasil o país com a maior taxa de incidência
das Américas. Ao se tratar do Estado do Paraná e do município de Foz do Iguaçu-PR, em 2010, o coeficiente de incidência foi de 22,9 e
41,8 casos por 100.000 habitantes, respectivamente (BRASIL, 2014). Foz do Iguaçu é um município de fronteira com Argentina e Paraguai
e, a mobilidade populacional e a imigração são fatores que dificultam a detecção e o tratamento da doença (SILVA-SOBRINHO et al, 2012).
Objetivos: Analisar o coeficiente de incidência e a proporção de casos curados entre os notificados em Foz do Iguaçu no período de 2001 a
2012. Método: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, com investigação quantitativa, no período de 2001 a 2012, em um município com
uma população de 256.088 habitantes sendo 37 equipes de saúde da família atuando no controle da tuberculose. A análise dos dados se
deu por meio da construção do indicador denominado coeficiente de incidência e indicador de proporção de casos de tuberculose curados.
Resultados: No primeiro ano da série histórica o coeficiente de incidência foi de 82,4 casos por 100.000 habitantes (o mais elevado do
período) e, a cura alcançou 69% dos casos notificados. Ao verificar o coeficiente de incidência para o ano de 2012, notou-se redução no
coeficiente, que apresentou 50,7 casos por 100.000 habitantes, e a proporção de cura permaneceu praticamente inalterada (70%). No ano
de 2009, verificou-se menor ocorrência de casos, 31,7 por 100.000 habitantes e percentual de cura de 76,7%. A série histórica mostrou-se
com curva decrescente para a incidência e estável para o percentual de cura. Conclusão: O estudo sinalizou que em Foz do Iguaçu, existem
fatores que mantém elevados os coeficientes de incidência da tuberculose e, como fator complicador o percentual de cura não tem alçado
os 85% propostos pelos organismos internacionais. De tal modo, torna-se fundamental a reorganização das políticas públicas municipais
direcionadas ao controle da TB e da promoção da saúde. Referências: BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde.
Boletim Epidemiológico. v. 44, n. 02, p. 13, 2014. SILVA-SOBRINHO, R. A. et al. Retardo no diagnóstico da tuberculose em município da tríplice
fronteira Brasil, Paraguai e Argentina. Rev Panam Salud Publica, jun. 2012, v. 31, n. 6, p.461-468. Palavras-chave: Tuberculose. Incidência.
Áreas de fronteira.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 401
Coeficiente de Incidência da Tuberculose em Indígenas e
Coinfectados por TB/HIV no estado do Paraná no período de
2000 a 2012
AUTOR PRINCIPAL: Oscar Kenji Nihei | AUTORES: Regiane Bezerra Campos, Pedro Fredemir Palha, Eduardo Putton, Reinaldo Antonio
Silva- Sobrinho | INSTITUIÇÃO: Centro de Educação, Letras e Saúde - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus
de Foz do Iguaçu | Foz do Iguaçu-PR | E-mail: oknihei@gmail.com
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença milenar, considerada um grave problema de saúde pública (BRASIL, 2014). Segundo Ministério
da Saúde (BRASIL, 2011) a incidência de TB está relacionada às condições sóciodemográficas e econômicas. Portanto, moradia precária,
desnutrição e dificuldade de acesso aos serviços públicos tornam as pessoas vulneráveis à TB, como é o caso dos indígenas e aqueles que
vivem com HIV (BRASIL, 2014). Objetivos: Analisar o comportamento do coeficiente de incidência (CI) da TB, segundo variação temporal e
espacial nos municípios do Estado do Paraná, no período de 2000 a 2012, com foco na população indígena e nos coinfectados por TB/
HIV. Método: Estudo ecológico de corte transversal e série temporal, considerando os municípios, utilizando técnicas de análise espacial,
com dados secundários referentes a todas as formas clínicas da TB. Os dados de morbimortalidade foram obtidos no Sistema de Informação
de Agravos de Notificação. Os dados de base populacional do IBGE e cobertura da Estratégia Saúde da Família foram obtidos no DATASUS.
Resultados: Houve no período de 2000 a 2012, 174 casos de TB entre indígenas, ocorrendo predomínio no sexo masculino (58,6%), domicílio
em zona rural (67,2%), idade de 31 a 40 anos (20,1%) e forma clinica pulmonar (85%). A taxa de cura foi de 72,4%. O número de novos casos
de coinfecção por HIV/TB no período foi 16.181, com média aproximada de 11,4 casos de HIV/100.000 habitantes. Dos 399 municípios/
PR, 256 expressaram uma taxa de incidência de 0 a 4,4 casos/100.000 habitantes, 92 municípios com taxa de 4,4 a 10,2 casos/100.000
habitantes, 32 cidades com taxa de 10,2 a 16,0 casos/100.000 habitantes, e 19 apresentaram uma incidência de HIV maior que 16,0
casos/100.000 habitantes. As maiores taxas se concentraram na região Metropolitana (1ª e 2ª RS), Norte Pioneiro (18ª e 19ª RS), Norte
Central (15ª e 17ª RS), Centro Ocidental (11ª RS) e Oeste (9ª e 10ª RS) do Estado. Conclusão: O comportamento do CI de TB em indígenas
e na população geral com coinfecção por HIV/TB apresentaram redução no decorrer do período de 2000 a 2012, mas no caso da população
indígena, especificamente houve predomínio de casos na zona rural quando se analisou a situação de domicílio. Referências: BRASIL.
Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil.
Brasília (DF); 2011, 186 p. BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. v. 44, n. 02, p. 13, 2014.
Palavras-chave: Tuberculose, Populações Vulneráveis, Indígenas, Imunodeficiência.
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