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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 439

                 Mortalidade geral da 20ª Regional de Saúde do Paraná


                  AUTOR PRINCIPAL: Thaís De Menezes Ferreira|  AUTORES: Carla Rejane de Oliveira; Luana Vanessa Padilha; Manoela de Carvalho;
                  Nathalia Vasconcelos Fracasso |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE  | Cascavel - PR |  E-mail: thais.
                  menfer@hotmail.com
                   Introdução: A análise das causas de mortalidade podem proporcionar a reorganização do trabalho, com base nas necessidades de saúde
                   e atuação na lógica da vigilância em saúde e ações programáticas (SOUSA, et al.,2005). É imprescindível analisar o comportamento da
                   mortalidade em diferentes grupos populacionais, contribuindo para que equipes de saúde possam priorizar ações voltadas para a prevenção,
                   em grupos populacionais distintos. Objetivos: Analisar as principais causas de mortalidade segundo sexo na população residente em uma
                   região de saúde do oeste do Paraná. Metodologia: Os dados referentes às causas de óbitos, segundo sexo, da população residente nos
                   municípios da 20ª Regional de Saúde (Toledo), do período de 2009 a 2012, foram levantados no Sistema de Informação sobre Mortalidade
                   (SIM), DATASUS e IBGE. Foram selecionadas as três principais causas de mortalidade geral segundo os sexos. O coeficiente de mortalidade
                   (CM) foi padronizado para população de 10 mil habitantes em ambos os sexos. Resultados: Em todo o período, as principais causas de morte
                   no sexo feminino foram doenças cardiovasculares (17,21/10mil), seguidas das neoplasias (9,03/10mil), com variação positiva de 2009
                   (8,54/10mil) para 2012 (9,55/10mil) e doenças do aparelho respiratório (5,55/10mil). No sexo masculino as principais causas foram doenças
                   cardiovasculares (21,86/10mil), causas externas de morbimortalidade (16,45/10mil) seguidas das neoplasias (13,01/10mil) com variação
                   positiva de 2009 (12,13/10mil) para 2012 (13,47/10mil). As demais, não apresentaram variação significativa. Os achados se assemelham
                   a outros estudos que afirmam que com o envelhecimento progressivo da população, as doenças crônico-degenerativas constituem importante
                   causa de morbimortalidade no país (BASÍLIO; MATTOS, 2008). Conclusões: As complicações cardiovasculares constituem a primeira causa
                   de óbito em ambos os sexos, seguidas dos óbitos por causas externas (no sexo masculino), neoplasias em ambos os sexos e doenças do
                   aparelho respiratório (no sexo feminino). A maior incidência de mortalidade no sexo masculino é justificada pela maior exposição a fatores de
                   risco e dificuldades no acesso aos serviços de saúde, motivos que precisam ser elucidados. Observou-se variação positiva nos coeficientes de
                   mortalidade, bem como permanência dos valores com o passar dos anos, o que requer investigação sobre as intervenções mais adequadas
                   dos serviços de saúde na prevenção e controle dessas causas enquanto morbidade. Referências: SOUSA, L. B; SOUZA,R. K. T; SCOCHI,
                   M. J. Hipertensão Arterial e Saúde da Família: Atenção aos Portadores em Município de Pequeno Porte na Região Sul do Brasil. Londrina,
                   2005. BASÍLIO, D. V; MATTOS, I. E. Câncer em mulheres idosas da região Sul e Sudeste do Brasil: Evolução da mortalidade no período de
                   1980 – 2005. Rio de Janeiro, 2008 Palavras-chave: Mortalidade; doenças crônico-degenartivas; neoplasia; aparelho circulatório; aparelho
                   respiratório; causas externas.


                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 440

                 Fatores determinantes da Hanseníase no Brasil

                  AUTOR PRINCIPAL: Carolina Serna Guzman  |  AUTORES: Johelle De Santana Passos Soares |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual Feira
                  De Santana  | Feira De Santana - BA |  E-mail: kritosernag@gmail.com
                   Introdução Desde algumas décadas o Ministério da Saúde do Brasil tem dirigido seu interesse em atingir doenças negligenciadas como é o caso
                   das doenças infecto contagiosas ou parasitárias. A Hanseníase faz parte desse grupo de doenças como a febre amarela, a esquistossomose,
                   dengue e  outras,  que  tem  impacto  na  saúde  pública  afetando na  maioria  das  vezes,  populações que moram em conglomerados  e  em
                   condições inadequadas de saneamento, tendo maior risco de adoecer por hanseníase e outras enfermidades. Os riscos na saúde têm relação
                   com fatores ambientais, individuais e sociais, localizáveis no espaço, sendo um exemplo disto, o trabalho clássico de John Snow sobre a
                   transmissão da cólera e o papel das águas como principal fator na propagação do século XIX, ilustrado num mapa identificando a relação da
                   epidemiologia com questões ambientais. (BRAZ, 2009). Como principais sinais e sintomas da doença, a hanseníase tem manchas na pele,
                   lesões, perda da sensibilidade, câimbras e dores musculares, levando o paciente a incapacidades físicas permanentes, como limitações na
                   visão, marcha com dificuldade e encurtamento de nervos. O Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, agente álcool-ácido é resistente
                   e intracelular, foi descoberto em 1873, sendo a única espécie de microbactéria que infeta nervos periféricos e as células de Schwann. O
                   ser humano é a única fonte de infecção onde mora o bacilo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). Suas manifestações podem ser de dois tipos:
                   paucibacilar e multibacilar. Dentro do tipo multibacilar, encontra-se a forma dimorfa e virchoviana, que são as formas mais graves da doença.
                   Como tratamento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) implementou no século XX a adoção da terapia multidrogas compostas pelo
                   bactericida rifampicina e pelos bacteriostáticos clofazimina e dapsona, cujas dosagens e tipos de medicações são escolhidas conforme a
                   classificação da doença. O tratamento, além de interromper a transmissão, combate o bacilo para curar a pessoa, evitando as limitações físicas
                   e o estigma social que ainda se assimila com a doença desde tempos antigos.O Brasil é o primeiro pais da América que reporta maiores casos
                   de Hanseníase e é o segundo no mundo, depois da Índia. Indonésia ocupa o terceiro lugar, já que no ano 2011 teve um aumento significativo
                   na incidência de casos. Os três países referidos contribuíram nesse ano com 83% dos casos novos, Índia com 58% o Brasil com 16% e a
                   Indonésia com 9% (RODRIGUES; FERREIRA, 2004). Referências: BARRIGA, D. F; GARCIA, S; COORA, L. Determinantes Ambientais e Sociais
                   da Saúde. Organização Pan- Americana da Saúde. Washington, DC. 2011. BENEVIDES, S. M; IGNOTTI, E; ANTAR, M. G. Fatores associados à
                   recidiva em hanseníase em Mato Grosso. Escola Paulista de Enfermagem. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, Revista de Saúde
                   Pública; 45(4): 756-64. 2011. CÂMARA, V. M.; TAMBELINI, A.T. Considerações sobre o uso da epidemiologia em estudos em saúde ambiental.
                   Revista Brasileira de Epidemiologia, 6 (2): 95-104, 2003. COSTA, M. C. N.; TEIXEIRA, M. G. L. C. A concepção de espaço na investigação
                   epidemiológica. Cadernos de Saúde Pública, 15 (2): 271-79, abril-junio, 1999. Palavras-chave: Hanseníase, Fatores determinantes, Brasil




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