Page 95 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 476

                 Estresse de enfermeiros de hospital com adesão ao HOSPSUS, de
                 um município da região noroeste do Paraná

                  AUTOR PRINCIPAL: Debora Cristina Martins  |  AUTORES: Gabriela Ramos Furman, Bruno Maschio Neto, Carlos Alexandre Molena
                  Fernandes, Maria Antonia Ramos Costa |  INSTITUIÇÃO: UEM - Universidade Estadual de Maringá  | Maringá-PR |  E-mail: enf.debora@
                  ig.com.br

                   INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional é um conjunto de fenômenos que se apresentam no organismo do trabalhador, podendo afetar sua
                   saúde e interferindo negativamente em sua produtividade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% da população mundial
                   é afetada pelo estresse, tomando proporções de uma epidemia global. O trabalho do enfermeiro na área hospitalar revela-se especialmente
                   suscetível ao fenômeno do estresse. OBJETIVO: Avaliar o nível de estresse do enfermeiro no desempenho de suas atividades em hospital geral,
                   em município da região noroeste do Brasil. MÉTODO: Estudo quantitativo, delineamento transversal, desenvolvido com 28 enfermeiros em
                   hospital geral da região noroeste do Paraná, com adesão ao HospSUS (Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos
                   do SUS Paraná) . Foi utilizada a Escala Bianchi de Stress, instrumento que permitiu análise do nível de estresse dos enfermeiros. Aprovação
                   no Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos/ Faculdade Integrado de Campo Mourão/ Parecer nº 638.727. RESULTADOS:
                   Dos 28 enfermeiros participantes, a maioria foi do sexo feminino 24 (85,7%), sendo 16 com faixa etária entre 20-30 anos (57,1%), 16 com
                   tempo de formado de 2-5 anos (57,1%), 26 (92,9%) com curso de pós graduação, e 24 com tempo de serviço entre 1-10 anos (88,9%).
                   Na média geral foi verificado Nível Médio de estresse. Quanto a média pontuada nos domínios, todos se encontraram em Nível Médio de
                   estresse, sobressaindo o Domínio C (Atividades relacionadas à administração de pessoal). CONCLUSÃO: Foi possível identificar a atividade
                   mais estressante no cotidiano do enfermeiro, possibilitando discussões sobre mecanismos para minimizar fatores que causam o estresse
                   no trabalho destes profissionais, visto que índices de estresse indicam riscos para manifestação de sintomas patológicos futuros e podem
                   interferir na qualidade do atendimento ao cliente. Referências: Bianchi, ERF. Escala Bianchi de Stress. Rev. Escola de Enfermagem da USP.
                   43(Esp): 1055-62, 2009. São Paulo. Hanzelmann, RS; Passos, JP. Nursing images and representations concerning stress and influence on work
                   activity. Rev. Esc. Enferm. USP. 44(3): 694-701, 2010. São Paulo. Controle e estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem: revisão
                   integrativa. Rev. bras. enferm. 66( 5 ): 779-788, 2013. Brasília. Palavras-chave: Estresse ocupacional, Trabalhador, Saúde


                 EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                        TRABALHO 477

                 A vigilância de violências e acidentes no paraná: a política de
                 saúde por uma promoção da cultura da paz

                  AUTOR PRINCIPAL: Emerson Luiz Peres  |  AUTORES: Alice Eugênia Tisserant, Cleide Aparecida de Oliveira, Júlia Valéria Ferreira
                  Cordellini, Maria Francisca Scherner. |  INSTITUIÇÃO: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - SVS/CEPI  | Curitiba-PR|  E-mail:
                  emersonperes@sesa.pr.gov.br
                   A violência é um fenômeno sócio-histórico que provoca forte impacto na saúde da população e ocorre em cada região e município de forma
                   específica, com necessidade de estudos locais e também estratégias intra e intersetoriais de enfrentamento. A epidemiologia se constitui
                   em estratégia imprescindível para a construção de políticas de controle dessa verdadeira epidemia. Esse trabalho apresenta a experiência
                   do processo de implantação da vigilância de violências e acidentes no Paraná pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e sua prática de
                   intersetorialidade. A SESA estabeleceu um Plano Estadual de Vigilância de Violências e Acidentes em 2009, capacitou as 22 Regionais de
                   Saúde (RS) para apoiar os municípios na implementação da ficha de notificação/investigação de violência interpessoal e autoprovocada
                   vinculada ao SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) no Paraná; criou o Núcleo Estadual Intersetorial de Prevenção de
                   Violências e Promoção da Saúde e da Cultura da Paz (Núcleo da Paz), através de decreto estadual, para a articulação intersetorial de políticas
                   públicas para a prevenção e enfrentamento às diversas formas de violências e promoção de uma cultura da paz, estabelecendo grupos
                   temáticos para ações específicas, e repassou recursos financeiros para municípios implantarem os Núcleos Municipais. De 2009 a abril de
                   2015, foram 80.428 notificações de violências no SINAN-Net (dados preliminares), provenientes de 374 municípios (93,7% dos municípios
                   do PR) e de 1661 unidades de saúde de notificação. A RS Metropolitana de Curitiba corresponde à 51,5% desse total e o aumento das
                   notificações (de 2.107 notificações em 2009, para 13.044 em 2012, e 20.640 em 2015) deu-se em todas os ciclos de vida com destaque
                   para adolescentes e adultos jovens; 65,3% foram sobre pessoas do sexo feminino. Quanto à natureza, a violência física foi a mais presente,
                   tanto em homens como em mulheres, mas as violências psicológica/moral, sexual e autoprovocada foram mais frequentes em mulheres, e
                   o abandono/negligência prevaleceu no sexo masculino, especificamente nas crianças. A violência sexual é mais notificada em meninas de
                   5 a 19 anos. Os desafios que se apresentam são: formação de uma cultura de vigilância e notificação desse agravo nos diferentes setores;
                   capacitação e sensibilização permanente e integrada para profissionais e gestores de diferentes políticas, e organização dos serviços para
                   o atendimento dessa demanda e para o trabalho em rede. Referências: - MINAYO, M. C. S. Violência e saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ,
                   2006 (Temas em Saúde). - MINAYO, M. C. S. A violência dramatiza causas. In: MINAYO, M. C. S.; SOUZA, E. R. Violência sob o olhar da saúde:
                   a infrapolítica da contemporaneidade brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz; 2006. - MALTA, D. C.; SILVA, M. M. A.; BARBOSA J. Violências e
                   acidentes, um desafio aos Sistema Único de Saúde. Editorial. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. 17(9)2220-2221, 2012. - MAFIOLETTI,
                   T. M; PERES, E. L; TISSERANT, A. E. A gestão da Vigilância de Violências e Acidentes e Promoção da Saúde no Paraná como uma resposta
                   para o enfrentamento da violência doméstica e sexual. Boletim do Instituto de Saúde – BIS. São Paulo. Volume 14 – Nº 3 – p. 303-311.
                   Ago. 2013. Disponível em: . Acesso em: 21 jan. 2014. - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
                   Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. VIVA: instrutivo da ficha de notificação de violência interpessoal e
                   autoprovocada. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.Palavras-chave: Vigilância em Saúde, Vigilância de Violências e Acidentes, Notificação de
                   Violência, Cultura da Paz, Intersetorialidade.

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