Page 97 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 489
Regras de predição clínica para o dengue
AUTOR PRINCIPAL: Ana Victória Palagi Viganó | AUTORES: Yara Hahr Marques Hökerberg, Carlos Augusto Ferreira de Andrade, Rogério
Ferrari, Guilherme Berardinelli et al | INSTITUIÇÃO: Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (INI/
Fiocruz) | Rio de Janeiro - RJ| E-mail: kauanapereira@yahoo.com.br
Introdução: Dengue é uma arbovirose comum no Brasil, com manifestações clínicas inespecíficas. A confirmação da doença baseia-se
na identificação viral ou provas sorológicas, o que requer infraestrutura nem sempre disponível. Nestas situações, regras de predição que
combinam variáveis clínicas e laboratoriais de simples execução podem servir para triar pacientes elegíveis para exames confirmatórios de
dengue ou com potencial evolução para gravidade, particularmente em países em desenvolvimento. Objetivos: Revisar os estudos sobre
regras de predição clínica para o diagnóstico de dengue/dengue grave. Métodos: Revisão sistemática das publicações no Pubmed, EMBASE,
Cochrane, Science Direct, LILACS, SCIELO, Google Scholar, SCOPUS e Web of Science até fevereiro/2015, com os seguintes termos: validation,
prediction, decision support techniques, rules, predictive value of tests e dengue. Foram incluídos estudos sobre a validade de sinais, sintomas
ou regras de predição clínica para dengue. Foram excluídas cartas ao editor e comentários. Três duplas de revisores selecionaram de forma
independente os resumos/artigos completos. Uma ficha padronizada foi elaborada para extração de dados. A análise será estratificada para
o diagnóstico de dengue/dengue grave. Resultados: Após retirar duplicatas, 1100 resumos foram lidos e 104 (9.4%) selecionados para a
leitura do artigo completo. Entre os 33 incluídos, 39.4% avaliaram dengue, 27.2%, dengue grave e 33.3%, ambos. Quatro artigos avaliaram
apenas regras de predição clínica, 14 avaliaram sinais e sintomas isolados e 10, ambos. As regras de predição clínica de melhor acurácia
para dengue e dengue grave incluíram os seguintes sinais e sintomas: anorexia, artralgia, cefaleia, derrame cavitário, diarreia, dispneia, dor
abdominal, dor retroorbitária, exantema/rash, febre, hemorragia, hipotensão, letargia, mialgia, náuseas/vômitos, sangramento de mucosas,
tosse. A regra que apresentou maior acurácia (83.2%) envolve história de sangramento, elevação da ureia sanguínea, queda de proteínas
e percentual de linfócitos, sendo uma regra de predição clínica para dengue grave. Conclusão: Estes resultados serão úteis para identificar
regras de predição para triagem de pacientes para exames confirmatórios e/ou para internação em unidades de saúde de maior complexidade,
particularmente em períodos anteriores a cocirculação de febre Chikungunya e zika vírus. Referências: Khan, Khalid S., et al. "Five steps to
conducting a systematic review." Journal of the Royal Society of Medicine 96.3 (2003): 118-121. Moher, David, et al. "Preferred reporting items
for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement." Annals of internal medicine 151.4 (2009): 264-269. Liberati, Alessandro,
et al. "The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation
and elaboration." Annals of internal medicine 151.4 (2009): W-65. Laupacis, Andreas, and Nandita Sekar. "Clinical prediction rules: a review
and suggested modifications of methodological standards." Jama 277.6 (1997): 488-494. Adams, Simon T., and Stephen H. Leveson. "Clinical
prediction rules." BMJ 344 (2012).Palavras-chave: ana.vigano@hotmail.com
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 492
Qualidade de vida de idosos participantes do hiperdia em
Guarapuava
AUTOR PRINCIPAL: Audineia Martins Xavier | AUTORES: Daiana Novello | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Centro-Oeste |
Guarapuava-PR | E-mail: audi.xavier@hotmail.com
Introdução: A qualidade de vida é conceituada como a percepção que o indivíduo possui sobre sua inserção na sociedade, no contexto
cultural e sistemas de valores nos quais ele vive, bem como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (FLECK
et al., 1999). Nessa perspectiva, a percepção sobre qualidade de vida envolve vários elementos do cotidiano do ser humano, desde a sua
expectativa em relação à vida, até questões mais determinantes como o agir frente às enfermidades que possam acometê-los (ALMEIDA et
al., 2012). Neste contexto, sujeitos convivendo com doenças crônicas, especialmente hipertensão e diabetes, podem apresentar percepção
de qualidade de vida alterada. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de idosos de Guarapuava, PR, participantes do Programa de hipertensão
arterial e diabetes mellitus da atenção básica (Hiperdia). Método: Participaram do estudo 205 indivíduos idosos cadastrados no programa
Hiperdia de 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de Guarapuava, PR. Aplicou-se o questionário WHOQOL-bref, o qual avalia
fatores relacionados aos domínios físicos, sociais, psicológicos e de meio ambiente da vida do indivíduo (THE WHOQOL GROUP, 1998). Para
comparação dos domínios foi aplicado o teste de ANOVA para medidas repetidas, seguido pelo teste de médias de Bonferroni. Resultados:
De maneira geral, a qualidade de vida apresentou escore de 65,2±10,1, classificando os indivíduos com uma boa qualidade de vida (SILVA
et al., 2014). Maiores escores foram verificados para os domínios, psicológico (70,0±14,6a) e social (69,9±16,4a), sem diferença estatística
(p>0,05) entre si, seguido pelo domínio ambiental (62,2±13,4b) e pelo domínio físico que apresentou o menor escore médio (58,6±10,2c).
Conclusão: Os domínios físico e ambiental são aqueles que mais interferem negativamente na qualidade de vida de idosos participantes
do Programa Hiperdia de Guarapuava, PR. Referências: ALMEIDA, M.A.B.; GUTIERREZ, G.L.; MARQUES, R. Qualidade de vida: definição,
conceitos e interfaces com outras áreas, de pesquisa. São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH/USP, 2012. 142p. FLECK,
M.P.A.; LEAL, O.F.; LOUZADA, S, et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS
(WHOQOL-100) Development of the Portuguese version of the OMS evaluation instrument of quality of life. Revista Brasileira de Psiquiatria,
v.21. n.1, p.19-28, 1999. SILVA, P.A.B.; SOARES, S.M.; SANTOS, J.F.G.; SILVA, L.B. Ponto de corte para o WHOQOL-bref como preditor de
qualidade de vida de idosos. Revista de Saúde Pública, v.48, n.3, p.30-397, 2014. THE WHOQOL GROUP. Development of the World Health
Organization WHOQOL-bref. Quality of Life Assesment. Psychology Medicine, v.28, n.3, p.551-558, 1998. Palavras-chave: Saúde pública,
Doenças crônicas, Atenção à saúde.
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