Page 94 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 464
Condição de saúde autorreferida por idosos residentes em
ambiente rural e urbano
AUTOR PRINCIPAL: Clenise Liliane Schmidt | AUTORES: Vanessa da Silva Corralo, Clodoaldo Antônio de Sá, Scheila Marcon |
INSTITUIÇÃO: Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó | Chapecó-SC| E-mail: clenise@unochapeco.edu.br
INTRODUÇÃO: O envelhecimento do ser humano está associado ao surgimento de doenças crônicas e degenerativas, somadas às limitações e
incapacidades provenientes das mesmas. Sabe-se que a presença de determinadas doenças, juntamente com suas complicações, o estigma da
morte e a necessidade de adaptações às incapacidades, tem afetado o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos. A capacidade de adaptação a
esta situação tem relação direta com a habilidade de resiliência de cada indivíduo, favorecendo ou prejudicando a concepção sobre as condições
de saúde. OBJETIVOS: Objetivou-se nesta pesquisa avaliar a condição de saúde autorreferida em idosos residentes em ambiente rural e urbano
de uma cidade do Oeste de Santa Catarina. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo transversal, com dados coletados a partir do questionário
adaptado de Morais (2007) durante o período de setembro a dezembro de 2013. Foram sujeitos da pesquisa, idosos (60 anos ou mais) de
ambos os sexos, residentes no município de Paraíso/SC. A condição de saúde autorreferida foi avaliada em função do local de residência, sexo
e presença de polimedicação (uso de cinco medicamentos ou mais). Para a análise dos dados utilizou-se o teste de Qui-quadrado de Pearson
ou o teste Exato de Fischer, através do pacote estatístico SPSS®, versão 20.0. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 242 idosos, destes,
94 residiam no ambiente urbano e 148 no rural. A condição de saúde não esteve associada ao local de residência (p> 0,05). Em relação ao
sexo, a maioria dos idosos autorreferiu sua saúde como boa (49,2% do sexo feminino e 43,2% do sexo masculino) ou regular (35,0% do sexo
feminino e 42,4% do sexo masculino). Dos idosos polimedicados, 46,2% consideravam sua condição de saúde regular e 36,3% boa. Já entre os
idosos não polimedicados, 50% consideravam sua saúde boa. CONCLUSÃO: Segundo os dados do estudo, o sexo e o ambiente de residência não
interferem significativamente na condição de saúde autorreferida. Entretanto, a percepção dos idosos quanto à saúde pode estar relacionada ao
uso de múltiplos medicamentos, necessários ao tratamento das doenças crônicas ou comorbidades existentes. A saúde autorreferida pode ter
interferência de diversos fatores, distintos entre os indivíduos, portanto o estudo de outras variáveis, como a capacidade funcional e cognitiva,
podem oferecer subsídios para uma melhor avaliação das reais condições de saúde destes idosos. Referências: Moraes EP. Instrumento de coleta
de dados. Envelhecimento no meio rural: condições de vida, saúde e apoio dos idosos mais velhos de Encruzilhada do Sul – RS.[Tese]: Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto; 2007. Tavares B, Auto conceito e percepção do envelhecimento: estudo exploratório entre população idosa em meio
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
urbano e em meio rural. [Dissertação] Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa, Lisboa: 2012. Souza F, Dias AM. Condição multidimensional
de saúde dos idosos inscritos na estratégia saúde da família. Arquivos de Ciências da Saúde. 2015: 22 (4). p. 73-77.Palavras-chave: Idoso.
Ambiente rural e urbano. Condições de saúde.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 469
Chupeta ortodôntica como tecnologia de cuidado e relação com o
aleitamento materno
AUTOR PRINCIPAL: Cleomara Mocelin Salla | AUTORES: Cristina Ide Fujinaga; Alcir Humberto Rodrigues | INSTITUIÇÃO: Universidade
Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO-PR | Irati,PR | E-mail: cleomarasalla@gmail.com
Introdução: O aleitamento materno é recomendado pela Organização Mundial de Saúde como exclusivo até os 6 meses. A introdução precoce
da alimentação artificial tem sido associada ao favorecimento da sucção não nutritiva e consequentemente aos hábitos orais deletérios. Com
o objetivo de promover o correto uso de bicos, chupetas, mamadeiras para que não a interfiram no aleitamento materno, a Norma Brasileira
de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), estabeleceu normas
para comercialização e rotulagem de alimentos e produtos para recém nascidos e crianças até 3 anos, tornando-se um mecanismo de controle
publicitário desses produtos. Na prática, profissionais de saúde recomendam o uso de chupetas ortodônticas, com a justificativa de que este
tipo de bico não promove alterações no aleitamento materno. Objetivo: verificar as implicações do uso da chupeta convencional e ortodôntica
para o aleitamento materno. Método: revisão integrativa da literatura. Resultados: Foram selecionados 3 artigos relevantes ao tema. O estudo
de Albuquerque et al. (2010), confirmam prevalência dos hábitos de sucção é maior quando o tempo de aleitamento materno exclusivo é
menor. No estudo de Lima et al. (2010), apontaram a mordida aberta anterior relacionada ao uso da mamadeira e chupeta; também associam
o uso da mamadeira e as crianças permanecerem de boca aberta durante o sono. Garbin et al. (2014), destacam a questão da orientação,
considerando que apenas orientar sobre o não uso da chupeta e a importância do aleitamento materno não bastam para prevenir as alterações
e recomendam a preferência pelo bico ortodôntico. A pesquisa evidenciou uma escassez de estudos que apresentem evidências suficientes que
indiquem a relação entre o uso de chupetas ortodônticas ou convencionais e suas implicações para o aleitamento materno. Ressalta-se que os
estudos não deixam claro o tipo de bico utilizado, dificultando a inferência dos desfechos dos estudos baseados nos bicos do tipo ortodônticos ou
convencionais. Nota-se as limitações dos estudos quanto ao caráter transversal e retrospectivo geralmente com amostras reduzidas. Conclusão:
Não há evidências suficientes que a chupeta ortodôntica cause menos alterações que as chupetas convencionais para o aleitamento materno.
Ressalta-se a importância de se rever as condutas realizadas pelos profissionais de saúde, em consonância com as políticas públicas instituídas.
Referências: ALBUQUERQUE, S.S.L.; DUARTE, R.C.; CAVALCANTI, A.L.; BELTRAO, E.M. A influência do padrão de aleitamento no desenvolvimento
de hábitos de sucção não nutritivos na primeira infância. Ciência e saúde coletiva, v.15, n.2, p. 371-378, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde (BR).
Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. Brasil. Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006. Regulamenta
e comercialização de alimentos para lactentes e crianças de 1ª infância e produtos de puericultura. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil 4 jan. 2006; Seção 1 GARBIN, C.A.S.; GARBIN, A.J.I.; MARTINS, R.J.; SOUZA, N.P.; MOIMAZ, S.A.S. Prevalência de hábitos de sucção não
nutritivos em pré escolares e a percepção dos pais sobre sua relação com maloclusões. Ciência saúde coletiva, v.19, n.2, p. 553-558, 2014.
LIMA, G.N.; CORDEIRO, C.M.; JUSTO, J.S.; RODRIGUES, L.C.B.L. Mordida aberta anterior e hábitos orais em crianças. Revista Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia, v.15, n.3, p.369375, 2010. Palavras-chave: Sucção, chupeta, aleitamento materno
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