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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 374

                 Incidência de sífilis em gestantes e recém-nascidos entre os
                 anos de 2008 e 2013, no município de Chapecó, Santa Catarina

                 AUTOR PRINCIPAL: Brenda Hermann Bonifácio  |  AUTORES: Letícia Dal Magro, Louyse Barzotto, Clenise Liliane Schmidt  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Comunitária da Região de Chapecó  |  Chapecó-SC  |  E-mail: ?

                  Introdução: a Sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida através de relações sexuais, transfusão
                  sanguínea ou via transplacentária. Estima-se, no mundo, um milhão de casos da doença por ano entre as gestantes. Sua forma congênita pode causar
                  agravos e, inclusive, a morte do recém-nascido, que podem ser evitados com a realização correta do pré-natal. Objetivos: o presente estudo buscou
                  verificar a incidência de sífilis em gestantes e recém-nascidos no município de Chapecó, Santa Catarina, entre os anos de 2008 e 2013. Método:
                  trata-se de um estudo retrospectivo transversal realizado através da análise de dados coletados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação
                  - SINAN e disponibilizados online pelo Departamento de Informática do SUS – DATASUS. As variáveis maternas analisadas foram zona de residência,
                  escolaridade e raça. E quanto aos recém-nascidos, analisou-se a presença ou não da doença e a zona de residência. Resultado: foram notificadas 59
                  gestantes portadoras de sífilis no período de 2008 a 2013, dessas, uma não apresentou todos os dados de identificação, 54 eram da zona urbana e
                  4 da zona rural. Quanto aos recém-nascidos, foram notificados 8 casos no período de 2011 a 2013, destes, 7 eram da zona urbana e 1 da zona rural.
                  As maiores ocorrências em gestantes foram nos anos de 2008 (18), 2012 (19) e 2013 (12). A incidência de Sífilis Congênita no ano de 2011 foi de
                  3,12/10000, aumentando abruptamente em 2012 para 9,02/10000 e em 2013 para 11,19/10000. Os dados revelaram que 71,1% das mães com
                  sífilis estudaram até o ensino fundamental completo. Em relação à raça, a maior incidência foi na branca (64,4%) seguida pela parda (25,4%), as duas
                  raças predominantes no município. Conclusão: portanto, a grande quantidade de casos de Sífilis Gestacional e Sífilis Congênita notificadas no intervalo
                  de estudo na cidade de Chapecó, podem ser decorrentes de negligências em políticas de ações voltadas ao controle da doença, atenção inadequada
                  nos atendimentos de consultas do pré-natal, subnotificação de casos, ou a falta de tratamento das mães infectadas. Assim, fica evidente a necessidade
                  de revisão das ações públicas voltadas a essa área, bem como a atitude consciente da população em relação à prevenção da doença. Referências:
                  Avelleira, JCR e Botino, G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro. Mar/abril 2006. [citado 10 Out
                  2015], 81(2): 111-126. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962006000200002. Brasil, Ministério da
                  Saúde. Departamento de Informática do SUS.[citado 10 Out 2015] Disponível em: www.datasus.gov.br. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
                  Banco de  dados por estado. IBGE, 2010. [citado 17 Dez 2015]. Disponível em: www.ibge.gov.br. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Boletim
                  epidemiológico- sífilis, Brasília: Ministério da Saúde, 2015. [citado 10 Out 2015]. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis. Palavras-chave:
                  Sífilis. Sífilis congênita. Epidemiologia.


                EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde                                         TRABALHO 378

                 Situação epidemiológica da dengue no município de Chapecó,
                 região oeste de Santa Catarina

                 AUTOR PRINCIPAL: Letícia Dal Magro  |  AUTORES: Brenda Hermann Bonifácio, Clenise Liliane Schmidt, Junir Antônio Lutinski  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Comunitária da Região de Chapecó  |  Chapecó-SC  |  E-mail: leticiadalmagro@gmail.com
                  Introdução: A Dengue é provocada por quatro tipos de vírus da família Flaviviridae, DENV1-4, sendo transmitida principalmente pela picada da fêmea
                  do mosquito Aedes aegypti infectada. A doença teve início no Sul e Sudeste da Ásia, África, América Central, e Caribe. Atualmente, a incidência de
                  casos apresenta-se elevada no Brasil, sendo que alguns fatores, como a localização geográfica e o grande fluxo de cargas e pessoas contribuem para
                  a maior incidência da doença. Chapecó, situado no Oeste de Santa Catarina, tem cerca de 205.795 habitantes, constituindo-se como polo econômico
                  e referência em serviços de saúde da região. Objetivo: Verificar a incidência de casos de dengue e o número de focos do mosquito em Chapecó.
                  Método: trata-se de um estudo observacional quantitativo transversal realizado a partir da análise de dados do Programa Municipal de Controle da
                  Dengue (PMCD), abrangendo os anos de 2013 a 2016. Resultados: Em 2013, foram notificados seis casos importados e 15 autóctones da doença,
                  além de 1.089 focos do mosquito. No ano seguinte (2014) foram confirmados apenas três casos importados, embora esse tenha sido o ano com
                  maior número de focos registrado até 2015, totalizando em 2.676. Em 2015, foram notificados 13 casos importados e 34 autóctones, ainda que
                  o número de focos tenha sido inferior (846). Dados atualizados do PMCD revelaram que até o dia 26 de abril de 2016 já haviam sido confirmados
                  466 casos autóctones, 55 importados, havendo ainda 423 suspeitos, que aguardam o resultado dos exames. Quanto aos dados de 2016, não há
                  informações sobre o número de focos. Esses dados apontam um aumento de aproximadamente 25 vezes na incidência de dengue de 2013 a abril
                  de 2016, com 226 casos a cada cem mil habitantes. Conclusão: O ritmo elevado de aumento da doença no ano de 2016 é preocupante, trazendo
                  a possibilidade de uma epidemia de dengue no município, a qual é considerada a partir de 300 casos a cada cem mil habitantes. Até então, o
                  município é classificado como alvo de um surto. Diante do apresentado, é notável a importância do papel da vigilância em saúde para o controle
                  efetivo da doença, que só é possível quando concomitante com a atitude consciente da população. O treinamento adequado dos profissionais de
                  saúde é indispensável, tanto para a localização de focos quanto para evitar subnotificações. Referências: Braga IA, Valle D. Aedes aegypti: histórico do
                  controle no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. Jun 2007 [citado 29 Abr 2016]; 16( 2 ): 113-118. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.
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                  aappublications.org/content/37/4/179?sso=1&sso_redirect_count=1&nfstatus=401&nftoken=00000000-0000-0000-0000-000000000000&nfs
                  tatusdescription=ERROR%3a+No+local+token. Lutinski JA, Zanchet B, Guarda C, Constanci C, Friedrich DV, Cechin FTC el al. Infestação pelo mosquito
                  Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) na cidade de Chapecó – SC. Biotemas. Jun 2013 [citado 02 Mai 2016]; 26 (2): 143-151. Disponível em: https://
                  www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/2724.pdf Palavras-chave: Epidemiologia. Dengue. Surtos de Doenças.


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